terça-feira, 28 de abril de 2015

Obra-prima da Nouvelle Vague Japonesa no Projeto Raros




Nesta sexta-feira, 08 de maio, às 20h, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) promove uma edição especial do Projeto Raros com o filme Desejo Profano (1964, 150 minutos), de Shohei Imamura. Com projeção em 16mm e entrada franca, a sessão é uma realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia, da Fundação Japão e do Escritório Consular do Japão em Porto Alegre

SINOPSE: Na ausência do marido, uma dona de casa entediada é violentada. No dia seguinte, não consegue contar ao marido e ainda sente uma estranha ânsia pelo retorno do agressor.

Desejo Profano é um dos filmes chave da chamada Nouvelle Vague Japonesa, momento de ruptura do cinema nipônico que teve em Shohei Imamura um dos principais nomes. Contratado da grande produtora Nikkatsu, Imamura já buscava a independência na década de 1950, realizando filmes com uma pegada documental, em locações distantes dos tradicionais estúdios. Nos anos 1960, radicalizou sua estética e criou obras-primas calcadas no plano-sequência e em enquadramentos primorosos.  Dedicou parte da sua obra aos dramas das mulheres japonesas, amarradas às condições impostas pela sociedade patriarcal. Poucos realizadores filmaram a insatisfação e a revolta feminina com tanto vigor como fez Imamura em obras como A Mulher Inseto (1963) e Desejo Profano (1964). Por lidar frontalmente com a libertação da mulher, o diretor é considerado o principal sucessor de Kenji Mizoguchi dentro da Nouvelle Vague Japonesa. Shohei Imamura foi um dos poucos diretores a conquistar a Palma de Ouro em Cannes duas vezes, pelos filmes A Balada de Narayama (1983) e A Enguia (1997).


 


PROJETO RAROS
08/05/2015
DESEJO PROFANO
Dirigido por Shohei Imamura
(Akai Satsui, Japão, 1964, 150 minutos)
Elenco: Masumi Harukawa, Ko Nishimura, Shigeru Tsuyuguchi, Yûko Kusunoki e Ranko Akagi
Projeção em 16mm

Entrada franca
















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