quarta-feira, 27 de junho de 2012

SALA P. F. GASTAL REALIZA SESSÃO EM HOMENAGEM A CARLOS REICHENBACH


A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) realiza na próxima sexta-feira, 29 de junho, às 20h30, uma sessão especial do projeto Raros, exibindo Filme Demência, de Carlos Reichenbach. A sessão, que presta homenagem à memória do grande cineasta brasileiro há pouco falecido, exibe justamente aquele que ele próprio considerava seu melhor filme, numa edição do já tradicional projeto da Sala P. F. Gastal – criado em maio de 2003 – de exibição de filmes raros e do qual Carlão (como costumava ser chamado por seus amigos e admiradores) era um entusiasta, tendo lhe inspirado inclusive a realização das populares Sessões do Comodoro, no Cinesesc de São Paulo. Colaborador do Raros, com o qual contribuía enviando vários filmes, Reichenbach foi o convidado especial da edição número 100 do projeto, realizada há 5 anos, em 22 de junho de 2007. Na ocasião, Reichenbach participou de uma sessão histórica, exibindo uma versão restaurada de seu clássico Lilian M – Relatório Confidencial (1975).


A trama de Filme Demência, escrita em conjunto com o crítico de cinema Inácio Araújo, acompanha a trajetória de Fausto, um industrial à beira da falência que num momento de crise rompe seus  laços familiares e munido de uma arma mergulha na noite de São Paulo em busca de um paraíso imaginário. Trata-se de uma livre adaptação do Fausto de Goethe, transposto para a realidade brasileira. O filme conquistou o prêmio de melhor direção para Reichenbach no Festival de Gramado e marcou um momento de virada em sua carreira. No ano seguinte, no mesmo Festival de Gramado, Reichenbach receberia o Kikito de melhor filme com Anjos do Arrabalde, consolidando sua reputação como um dos principais nomes do cinema de autor no país.

A sessão de Filme Demência será comentada pelo jornalista Carlos Thomaz Albornoz e pelo montador e professor de cinema Milton do Prado, dois dos maiores amigos e admiradores de Reichenbach em Porto Alegre (Albornoz chegou a atuar em Bens Confiscados, que Carlão rodou no litoral gaúcho).

Filme Demência será exibido numa cópia em DVD da Programadora Brasil, projeto de difusão de filmes brasileiros do Ministério da Cultura. A sessão tem entrada franca.

Filme Demência, de Carlos Reichenbach. Brasil, 1985. Com Ênio Gonçalves, Imara Reis, Emílio Di Biasi e Orlando Parolini. Duração: 90 minutos

terça-feira, 26 de junho de 2012

LONGA BRASILEIRO ESTREIA COM EXCLUSIVIDADE NA SALA P. F. GASTAL



A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) lança com exclusividade na próxima sexta-feira, dia 29 de junho, o longa brasileiro Mulher à Tarde, de Affonso Uchoa. Primeiro longa metragem do diretor, que é paulista mas vive em Minas Gerais, Mulher à Tarde participou da mostra competitiva do festival CineEsquemaNovo em 2011, onde teve sua primeira exibição na Sala P. F. Gastal. O filme acompanha o cotidiano de três jovens mulheres, que vivem juntas em uma grande cidade do Brasil, e atravessam momentos cruciais na vida.
  
Filmado em Belo Horizonte, com um orçamento de curta-metragem, Mulher à Tarde foi criado em um regime diferenciado da maioria das produções: equipe reduzida, formada em grande maioria por amigos e com um período de ensaios e filmagem mais alongado, sem a intensidade e ritmo industrial dos sets habituais. O filme é focado nos gestos mínimos, sua atenção é depositada na beleza das ações e fatos cotidianos. Três personagens e um espaço comum são suficientes para pensar o mundo atual através da tensão entre a existência íntima das personagens e a cidade ao seu redor. Três jovens vivendo conjuntamente em uma grande cidade do Brasil. Cada uma com seu mundo próprio. Todas tendo de se dividir entre resolver a vida e cumprir as tarefas cotidianas.
 
 
Mulher à Tarde foi exibido em diversos festivais como a 13ª Mostra de Tiradentes e o 29º Festival Internacional do Uruguai durante os anos de 2010 e 2011. Agora, chega aos cinemas, cumprindo uma etapa que poucos filmes independentes e de baixo orçamento alcançam no Brasil: ser colocado em cartaz à disposição do público de cinema. Para tanto, o diretor Affonso Uchoa preparou um esquema de distribuição independente, iniciado pelo Cinesesc de São Paulo, e que agora chega a Porto Alegre, na Sala P. F. Gastal. “É preciso romper essa barreira de obscuridade que o circuito comercial impõe à produção autoral brasileira e criar espaços para que os filmes mais arriscados possam ser vistos e apreciados como merecem, e a distribuição de Mulher à Tarde é mais uma iniciativa nesse sentido, a lutar para que o cinema brasileiro mais experimental possa chegar aos olhos e mentes das pessoas”, afirma Uchoa.
 
 
Para o crítico Fábio Andrade, da revista eletrônica Cinética, um dos apectos mais interessantes do filme é sua relação com a pintura: "Mulher à Tarde parte da ideia de instante pregnante, que é tirada não exatamente do cinema, mas da pintura e da fotografia: o recorte de uma pose dentro de uma duração de instantes quaisquer, que é o momento que, idealmente, expressa a essência do que se dá nessa duração. Entrecortado por cartelas que parafraseiam os títulos descritivos tão comuns na pintura (Mulher com o sol sobre os joelhos; mulher deitada; etc), Mulher à Tarde usa o cinema para dar acesso justamente ao que está ausente das pinturas: a maneira como a sucessão de instantes quaisquer conduz à fixação de um deles como um instante pregnante. Ao fim de cada parte, a ação das personagens desemboca naquela que intitulava sua respectiva parte, e somos conduzidos a uma nova ação. O instante pregnante vem carregado por aquilo que antecede a pose, e é reconfigurado na migração da pintura para o cinema."
 
 
Mulher à Tarde pode ser conferido em duas sessões diárias, às 15h e 19h. Na sessão das 17h, a Sala P. F. Gastal segue exibindo o documentário Danúbio, de Henrique de Freitas Lima.


Mulher à Tarde, de Affonso Uchoa. Brasil, 2010. Drama. Com Renata Cabral, Luísa Horta e Ana Carolina Oliveira. Duração: 82 minutos.


Ingressos: R$ 3,00 (meia) e R$ 6,00 (inteira)

Contatos do diretor Affonso Uchoa para entrevistas:

GRADE DE HORÁRIOS

Sexta-feira (29 de junho)
15:00 – Mulher à Tarde
17:00 – Danúbio
19:00 – Mulher à Tarde 
20:30 – Projeto Raros em homenagem ao cineasta Carlos Reichenbach (Filme Demência)

Sábado (30 de junho)
15:00 – Mulher à Tarde
17:00 – Danúbio
19:00 – Mulher à Tarde 


Domingo (1º de julho)
15:00 – Mulher à Tarde
17:00 – Danúbio
19:00 – Mulher à Tarde
  

quinta-feira, 21 de junho de 2012

NOVA REVISTA DE CINEMA TEM LANÇAMENTO NA SALA P. F. GASTAL

No próximo sábado, dia 23 de junho, às 17h, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) realiza o lançamento da revista eletrônica Aurora, resultado de uma pesquisa iniciada em 2011 pelo Grupo de Estudos em Cinema (www.grupodecinema.com). Nesta sua primeira edição, a revista traz entrevistas e uma série de artigos sobre a mise en scène cinematográfica, estabelecendo o diálogo fundamental com a pintura, o teatro, a literatura e a televisão. Do cinema clássico às possibilidades contemporâneas, os textos exploram a questão da mise en scène propondo abordagens de fôlego, dedicadas a  lançar novos olhares sobre o tema.
O lançamento da Aurora também marca o início da parceria do grupo que a edita com a Sala P. F. Gastal, através da realização de sessões mensais a partir do segundo semestre de 2012, com a intenção de incentivar a reflexão de temas significativos da história do cinema na cidade de Porto Alegre. Na sessão de lançamento será exibido Senhorita Oyu (Oyû-sama, Japão, 1951), uma das obras-primas de Kenji Mizoguchi, mestre do cinema japonês, sobre o qual há um texto nesta primeira edição da revista. 
Nos anos 1950, a crítica ocidental descobre Mizoguchi e encontra em sua obra a referência para poder pensar a mise en scène no cinema. Ao lado de Otto Preminger, o realizador japonês foi das poucas unanimidades entre gregos e troianos da cinefilia francesa que viam na mise en scène o sentido primeiro da arte cinematográfica. Provavelmente a mais bela história de amor já filmada, Senhorita Oyu representa o momento em que o cineasta encontra a maturidade definitiva, que permaneceria nos anos seguintes em obras célebres como Contos da Lua Vaga (1953) e O Intendente Sansho (1954). O filme será exibido em DVD, com legendas em português. A entrada é franca.
Após a exibição de Senhorita Oyu, haverá um debate com os editores da revista Aurora, Leonardo Bomfim e Pedro Henrique Gomes.
Quem levar seu pendrive, sai com o PDF da nova publicação de cinema.

Informações detalhadas:
Quando: sábado, dia 23 de junho, às 17h
Onde: Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (Av. Pres. João Goulart, 551 /3º andar)

Revista Aurora
Edição 1, outono de 2012
Especial mise en scène


O que é a mise en scène, onde está a mise en scène? Entrevista com Luiz Carlos Oliveira Jr, crítico de cinema e doutorando em Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP)

Jacques Rivette e a mise en scène dos corpos. Entrevista com Milton do Prado, montador, co-editor da revista Teorema e mestre em Estudos Cinematográficos pela Concordia University, de Montreal

O classicismo em Otto Preminger - Pedro Henrique Gomes

Mise en scène a partir de Kafka - Gabriela Wondracek Linck

Mizoguchi e o problema da mise en scène - Francis Vogner dos Reis

De Mallarmé a Tarkovski: mise en scène espiritual - Nathalia Rech

O ecletismo de Brisseau - Pedro Henrique Ferreira

Em busca de uma mise en scène pictórica - Leonardo Bomfim

Exilados, de Johnnie To: a mise en scène e o cinema de ação - Juliana Pinheiro Maués
A mise en scène do futebol televisivo - Marcio Telles

Errata Progrmação de sexta-feira

A sessão do Projeto Raros programada para esta sexta-feira, dia 22 de junho, às 20h, foi transferida para o próximo dia 29 de junho, ocasião em que será realizada uma sessão em homenagem ao cineasta Carlos Reichenbach, com a exibição de Filme Demência.


GRADE DE HORÁRIOS


Sexta-feira (22 de junho)

15:00 – Danúbio
17:00 – Premiados do 1º Democracine

19:00 – Danúbio


Sábado (23 de junho)

15:00 – Danúbio
17:00 – Lançamento da revista Aurora, seguido de exibição do filme Senhorita Oyu, de Kenji Mizoguchi, e debate com os editores da revista


Domingo (24 de junho)

15:00 – Danúbio
17:00 – Premiados do 1º Democracine
19:00 – Danúbio

segunda-feira, 18 de junho de 2012

SALA P. F. GASTAL EXIBE FILMES PREMIADOS NO FESTIVAL DEMOCRACINE

 A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) exibe durante esta semana os quatro filmes premiados na primeira edição do Democracine – Festival Internacional de Cinema de Porto Alegre, encerrado no último domingo. Serão exibidos, na sessão das 17h,  o português A Outra Guerra, de Elsa Sertório e Ansgar Schäfer (melhor filme do público e menção honrosa do júri oficial), o boliviano Justicia, de Andrea Ruffini (melhor filme do júri oficial), e os curtas Maria da Penha: Um Caso de Litígio Internacional, de Felipe Diniz, e Bailão, de Marcelo Caetano (menção honrosa pelo júri oficial). A entrada é franca. Nas demais sessões, 15h e 19h, segue em exibição o documentário Danúbio, de Henrique de Freitas Lima. 
Sinopses
JUSTICIA, de Andrea Ruffini (Bolívia, 2010, documentário, 39 minutos)
Com a Nova Constituição Política do Estado, a Bolívia reconhece a igualdade hierárquica entre a justiça ordinária e a indígena. A justiça indígena, mais conhecida como comunitária, é muitas vezes sinônimo de linchamento. Através de processos de justiça indígena na região de Potosi e reuniões de diálogo entre os representantes das duas justiças em todo o país, uma investigação sobre a situação de pluralismo jurídico na Bolívia. 
BAILÃO, de Marcelo Caetano (Brasil, 2010, documentário, 16 minutos)
A memória de uma geração visitada por seus personagens. O cenário é o centro de uma grande cidade, e o Bailão o ponto de convergência desses relatos. Um documento sobre o início dos movimentos de defesa da livre expressão sexual no Brasil, a partir da história de um dos primeiros bares destinados ao público homossexual em São Paulo.

MARIA DA PENHA: UM CASO DE LITÍGIO INTERNACIONAL, de Felipe Diniz (Brasil, documentário, 2011, 13 minutos)
Em 29 de maio de 1983, Maria da Penha sofreu uma tentativa de homicídio por parte de seu marido. Até 1998 não havia uma solução definitiva para o caso. Com o auxílio de grupos de defesa dos direitos humanos, Maria da Penha levou o caso para as instâncias internacionais de direitos humanos. Este documentário recupera esta história e traz à tona uma das lutas mais representativas contra a violência doméstica na América Latina.

A OUTRA GUERRA, de Elsa Sertório e Ansgar Schäfer (Portugal, documentário, 48 minutos)
Nas décadas de 60 e 70, em plena guerra colonial, os jovens portugueses tiveram de optar entre a guerra ou a pesca do bacalhau. Através de uma viagem, hoje, a bordo do último barco português da pesca do bacalhau – o Creoula –, três antigos pescadores contam as razões das suas escolhas, recordam as campanhas de seis intermináveis meses nas águas geladas dos bancos da Terra Nova e as duras condições de vida e de trabalho da sua juventude.


GRADE DE HORÁRIOS
19 a 24 de junho de 2012


Terça-feira (19 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Premiados do 1º Democracine
19:00 – Danúbio


Quarta-feira (20 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Premiados do 1º Democracine
19:00 – Danúbio


Quinta-feira (21 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Premiados do 1º Democracine
19:00 – Danúbio


Sexta-feira (22 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Premiados do 1º Democracine
19:00 – Danúbio
20:00 – Projeto Raros (aguarde divulgação)


Sábado (23 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Lançamento da revista Aurora, seguido de exibição do filme Senhorita Oyu, de Kenji Mizoguchi, e debate com os editores da revista


Domingo (24 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Premiados do 1º Democracine
19:00 – Danúbio

DOCUMENTÁRIO DANÚBIO E DESTAQUES DO FESTIVAL DEMOCRACINE EM CARTAZ NA SALA P. F. GASTAL

A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) recoloca em cartaz a partir de terça-feira, 19 de junho, o documentário Danúbio, de Henrique de Freitas Lima, sobre o artista plástico Danúbio Gonçalves, que divide sessões com uma programação que apresenta títulos que se destacaram na programação do I Democracine – Festival Internacional de Cinema de Porto Alegre (a ser fechada no domingo, após a divulgação da premiação). No sábado, dia 23, às 17h, o cinema da Usina do Gasômetro também sedia o lançamento da revista de crítica de cinema Aurora, promovendo a exibição do filme Senhorita Oyu, de Kenji Mizoguchi.


Parceria entre o mestre Danúbio Gonçalves e o diretor de cinema Henrique de Freitas Lima (Lua de Outubro - 1997, Concerto Campestre - 2004, Contos Gauchescos – 2012), o primeiro episódio da Série Grandes Mestres, Danúbio, está chegando às telas. O projeto a quatro mãos tomou forma e o desejo do artista de ver sua trajetória documentada na linguagem do cinema está concretizado.

As primeiras tomadas ocorreram em Torres, espécie de segundo lar de Danúbio, acompanhando sua relação com a cidade e os festivais de balonismo que geraram duas séries de pinturas. Foram seguidas por períodos alternados no atelier do artista no bairro de Petrópolis, em Porto Alegre, e Bagé.

A grande atração do filme, entretanto, é a realização de um sonho antigo: o encontro com uma das maiores influências de sua carreira, o México e seus artistas. Integrante da geração que chegou à idade adulta na quarta década do século XX, Danúbio, como seus contemporâneos Carlos Scliar, Vasco Prado, Glênio Bianchetti e Glauco Rodrigues, foi influenciado pelos artistas engajados mexicanos, gente da estirpe de Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Siqueiros. Mais do que estes, conhecidos por suas pinturas e murais, quem realmente tocou os gaúchos foi o grupo reunido no Taller de Arte Grafica Popular sob a liderança do gravador Leopoldo Mendez. A arte engajada de Mendez e seu grupo, com quem Carlos Scliar conviveu na Europa durante o Congresso dos Artistas e Intelectuais pela Paz de Varsóvia, em 1948, forneceu a matéria prima para iniciativas coletivas como o legendário Clube de Bagé . No momento em que o grupo buscava uma arte figurativa que pudesse se contrapor ao modelo que se impunha a partir do abstrativismo e das Bienais de São Paulo, o exemplo dos mexicanos serviu como uma luva. 

GRADE DE HORÁRIOS
19 a 24 de junho de 2012

Terça-feira (19 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio

Quarta-feira (20 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio

Quinta-feira (21 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio

Sexta-feira (22 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio
20:00 – Projeto Raros (aguarde divulgação)

Sábado (23 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Lançamento da revista Aurora, seguido de exibição do filme Senhorita Oyu, de Kenji Mizoguchi, e debate com os editores da revista

Domingo (24 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Festival Democracine abre dia 13 de junho discutindo o papel da imagem nos Processos Democráticos

A cidade de Porto Alegre se prepara para receber entre os dias 13 e 17 de junho de 2012 a primeira edição do Democracine - Festival Internacional de Cinema de Porto Alegre. Promovido pela Prefeitura de Porto Alegre e pelo Observatório Internacional de Democracia Participativa, em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, o Democracine tem o objetivo de difundir produções audiovisuais relacionadas à democracia participativa e ao aprofundamento da cidadania. O festival, que acontece na Sala P. F. Gastal e no CineBancários, tem sua programação formada por uma mostra competitiva de filmes de curta e média metragem e duas mostras paralelas (a Mostra Informativa e a Mostra Expressões da Revolução, que inclui ainda três exposições de arte na Galeria Lunara, na Galeria dos Arcos e na Galeria Iberê Camargo da Usina do Gasômetro), e pretende transformar a capital gaúcha em um centro de discussão sobre o papel da imagem no campo das lutas democráticas no mundo contemporâneo.
Em sua primeira edição, o Democracine privilegia seis eixos temáticos:
- Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
- Processos eleitorais
- Revoluções
- Democracia e trabalho
- O meio ambiente como campo de luta democrática
- Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos
A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro é a sede principal do Democracine, realizando as sessões oficiais de abertura e encerramento, além de receber a Mostra Competitiva, alternando programas das mostras paralelas e debates. Já o CineBancários recebe a programação da Mostra Informativa e da mostra paralela Expressões da Revolução, com filmes sobre a Primavera Árabe.

A cerimônia de abertura do Democracine acontece no dia 13 de junho, com coquetel a partir das 19h, e a exibição, às 21h, do documentário Tahrir, do diretor italiano Stefano Savona, que estará presente à sessão. Primeira produção de longa metragem a retratar o movimento dos rebeldes no Cairo, cujo epicentro ocorreu na praça Tahrir, o filme de Stefano Savona participou da última edição do Festival de Locarno e terá sua estreia no Brasil durante o Democracine. No sábado, dia 16 de junho, às 11h, na Sala P. F. Gastal, Savona participa do debate “Expressões da Revolução: A Primavera Árabe e o Impacto dos Movimentos Coletivos Pela Democracia”, ao lado do ativista tunisiano Lotfi Kaabi e do Prof. Paulo Visentini, da UFRGS, que na ocasião também estará lançando seu livro A Primavera Árabe: Entre a Democracia e a Geopolítica do Petróleo (Porto Alegre, Ed. Leitura XXI). Ainda no sábado, a partir das 20h, ocorre na Sala P. F. Gastal a cerimônia de premiação do festival, antecedida pela exibição do documentário grego Catastroika, produção de 2012 sobre a crise econômica na Grécia.

Toda a programação do Democracine é aberta ao público e tem entrada franca.

PROGRAMAÇÃO

  MOSTRA INFORMATIVA

A Mostra Informativa do 1º Democracine foi concebida para abrigar aqueles filmes que não poderiam se submeter à Mostra Competitiva, restrita a obras de curta ou média metragem produzidas a partir de 2010.  Por esta razão, procurou-se privilegiar trabalhos de longa metragem – 14 títulos no total –, complementados por 12 curtas e médias, também relacionados aos seis eixos temáticos definidos nesta primeira edição do Democracine.
         Além da relevância da abordagem dos temas e de sua qualidade cinematográfica, a seleção dos longas levou em conta sobretudo o ineditismo dos mesmos nas salas de cinema brasileiras, o que torna esta programação ainda mais atraente aos olhos do público.
         A revolta popular no Egito, a crise na Grécia, os conflitos entre Israel e Palestina, a repressão contra a livre expressão sexual, a luta dos ambientalistas, o resgate da memória de episódios traumáticos da história recente, como as ditaduras portuguesa e brasileira e seus anônimos protagonistas, ou as precárias condições de vida dos imigrantes na Europa são apenas algumas das grandes questões colocadas em discussão por estas produções. Um panorama rico e multifacetado, que atesta o quanto o cinema é uma arma poderosa para a construção dos processos democráticos no mundo contemporâneo.
LONGAS 
Budrus (Budrus), de Julia Bacha (Israel/Palestina, 2009, documentário, 70 minutos)
 Vilarejo na fronteira entre a Cisjordânia e Israel, Budrus ocupou as manchetes em 2003, quando foi palco de um inusitado protesto não-violento. O motivo foi o anúncio da construção de um muro pelos israelenses que destruiria oliveiras histórica e economicamente importantes. À frente do movimento estava Ayed Morrar, cuja liderança comunitária e pacifista uniu em torno da causa facções palestinas rivais, como a Fatah e o Hamas, e judeus progressistas.
Catastroika (Catastroika), de Aris Chatzistefanou e Katerina Kitidi (Grécia, 2012, documentário, 87 minutos)
Documentário que registra as consequências dos processos de privatização pelo mundo e seus efeitos na economia de diferentes países, em particular na Grécia, atual pivô da crise econômica na Europa. Entre as personalidades entrevistadas pelos diretores, estão nomes como Ken Loach, Naomi Klein, Slavoj Zizek e Luis Sepulveda, que discorrem sobre as consequências desastrosas da privatização massiva pelo mundo. Realizado através do sistema de crowd funding, com contribuições espontâneas de cidadãos gregos e de outros países europeus para o seu financiamento.
Cinema de Guerrilha, de Evaldo Mocarzel (Brasil, 2010, documentário, 72 minutos)
Um documentário sobre jovens de periferia que fazem cinema, realizam oficinas e promovem exibições alternativas de curtas-metragens para as comunidades.




Culturas de Resistência (Cultures of Resistance), de Iara Lee (Estados Unidos, 2010, documentário, 73 minutos)
Uma investigação pelo mundo sobre a arte como instrumento possível em busca da paz: passando pelo Irã, onde o grafite e o rap tornaram-se ferramentas para lutar contra o regime; Mianmar, onde monges lutam contra a ditadura; o Brasil, onde músicos vão às favelas para ensinar crianças carentes; e os campos de refugiados de palestinos no Líbano, onde a fotografia, a música e o cinema deram uma chance a vozes esquecidas.
Entre Homens – Gays na Alemanha Oriental (Unter Männern – Schwul in der DDR), de Ringo Rösener e Markus Stein (Alemanha, 2012, documentário, 91 minutos)
Retrato sobre a vida dos homossexuais na Alemanha comunista. Seis diferentes homens falam sobre como conseguiram exercer sua sexualidade, em um contexto em que o homossexualismo era tolerado mas não permitido.
Escola Normal (Escuela Normal), de Celina Murga (Argentina, 2012, documentário, 88 minutos)
Ao acompanhar o processo de eleição do conselho estudantil de uma escola de elite no interior da Argentina, a diretora Celina Murga promove uma sutil exploração do contraste entre ideias políticas, ideologias institucionais e sua implementação na vida cotidiana.

Memória Cubana, de Alice de Andrade e Ivan Nápoles (Brasil/França/Cuba, documentário, 71 minutos)
Através dos arquivos do cinejornal cubano Noticieros ICAIC Latinoamericanos, o filme mostra os acontecimentos mais marcantes da segunda metade do século XX vistos pelas lentes dos documentaristas da ilha. Em 2009, os negativos originais dos Noticieros ICAIC Latinoamericanos foram declarados “memória do mundo” pela Unesco.
 
Osmarino Amâncio: Filho da Floresta, de Adelino Matias e Emiliano Leal (Brasil, 2011, documentário, 85 minutos)


A vida e atuação do líder seringueiro Osmarino Amâncio no movimento de defesa da Floresta Amazônica. Nascido e criado no Acre, desde cedo ele acompanhou a exploração na qual os seringueiros viviam, testemunhou o início da invasão de grandes latifundiários na Amazônia e suas consequências na floresta. Vivendo sob constantes ameaças, Osmarino é até hoje uma voz atuante em defesa de uma floresta autossustentável, preservada para as futuras gerações.

Outra Europa (Altra Europa), de Rossana Schillaci (Itália, 2011, documentário, 75 minutos)
Em Turim, cidade industrial no norte da Itália, uma clínica abandonada abriga mais de 200 refugiados africanos, cujas duras condições de vida são reveladas neste documentário.


Pense Global, Aja Rural (Think Global, Act Rural – Solutions Locales pour un Désordre Global), de Coline Serreau (França, 2010, documentário, 113 minutos)
Durante três anos, a diretora Coline Serreau viajou pelo mundo para encontrar e entrevistar fazendeiros, filósofos e economistas que estão inventando e experimentando com sucesso soluções para lidar com o desgaste da terra. Entre eles, Pierre Rabhi, Claude e Lydia Bourguignon (na França), os trabalhadores sem-terra e a professora Ana Primavesi (no Brasil), e Vandana Shiva (na Índia).
 
Quem Vai à Guerra, de Marta Pessoa (Portugal, 2011, documentário, 129 minutos)
Passados 50 anos do início das guerras coloniais portuguesas, também conhecidas como Guerra da África, o conflito é ainda hoje um assunto delicado e apoiado em um discurso exclusivamente masculino – como se a guerra pertencesse e afetasse apenas seus ex-combatentes. Contado pelas mulheres que ficaram à espera, foram à África voluntariamente para acompanhar seus parceiros ou trabalharam nas frentes de batalha, o documentário apresenta um discurso feminino sobre o conflito que marcou uma geração.

Sobre o Poder (Del Poder), de Zaván (Espanha, 2011, documentário, 72 minutos)
Em 2001, o confronto entre o Estado e os movimentos sociais em Genebra desvenda uma espécie de natureza do poder. A repressão policial foi a resposta ao maior protesto realizado até então. Trezentos mil manifestantes enfrentaram o lado mais violento da democracia.  
 
Soldados a Caminho do Puteiro – Memórias de uma Guerra Quase Imaginária, de Hermes Leal (Brasil, 2011, documentário, 78 minutos)
A Guerrilha do Araguaia é vista por meio da história pessoal do diretor, que volta à cidade onde viveu até os 12 anos de idade. Naquela época, sua rua era tomada por militares. O filme refaz a guerra através do imaginário dos moradores, em busca de memórias e lembranças da época. Muitos ali não sabiam muito bem o que se passava, enquanto outros faziam parte do palco da guerra.  
Tahrir (Tahrir), de Stefano Savona (França/Itália/Egito, 2011, documentário, 90 minutos)
Os acontecimentos que eclodiram na Praça Tahir, no Cairo, registrados no calor da hora, no olho do furacão. 










CURTAS E MÉDIAS 
Babás, de Consuelo Lins (Brasil, 2010, documentário, 20 minutos)
Fotografias, filmes de família e anúncios de jornais do século XX constroem uma narrativa pessoal sobre a presença das babás no cotidiano de inúmeras famílias brasileiras. Uma situação em que o afeto é genuíno, mas não dissolve a violência, evocando em alguns aspectos nosso passado escravocrata. 



Democracia e Participação (Democracia y Participación), de Iván Zambrano (Venezuela, 2004, documentário, 13 minutos)
Através de testemunhos e opiniões diretas de líderes comunitários, um retrato sobre o Orçamento Participativo na Venezula, mostrando o quanto a ideia de democracia se aprofunda a partir da participação popular.  

Em Nome do Filho, de Eduardo Canto Machado e Tanira Lebedeff (Estados Unidos/Brasil, 2005, documentário, 23 minutos)
Documentário que mostra o movimento pacifista e de oposição às guerras no Iraque e no Afeganistão, liderado por organizações não-governamentais e por cidadãos comuns que foram tragicamente afetados pelos conflitos.
Mais do que um Teto (More Than a Roof), de Rachel Falcone, Michael Premo e Phil Wider (Estados Unidos, 2011, documentário, 38 minutos)
Documentário que retrata os movimentos de direito à moradia, conduzido pela atuação da urbanista brasileira Raquel Rolnik, uma das maiores autoridades mundiais sobre o tema.
 
Marcovaldo, de Cíntia Langie e Rafael Andreazza (Brasil, 2010, ficção, 14 minutos)
Um dia na vida do gari Marcovaldo, um trabalhador brasileiro comum, buscando mostrar uma realidade que, apesar de cotidiana, nem todos percebem. 


OP Belô, de João Ramos de Almeida (Brasil, 2010, documentário, 56 minutos) 
Documentário sobre o Orçamento Participativo de Belo Horizonte, que reflete sobre as variadas contradições desse processo e os conflitos que se geram até a decisão final da escolha das obras a serem contempladas.
Povo Marcado, de Werinton Kermes e Luciana Lopez (Brasil, 2008, documentário, 30 minutos) 
Documentário sobre programa de rádio feito por presidiárias em São Paulo. O resultado faz emergir nos meios de comunicação um universo de vozes caladas, que desejam ser ouvidas, por mais incômodas que possam ser as mensagens que elas veiculam.
Programa Especial “Na Boa em Poa”



Seleção de curtas realizados em comunidades das regiões de Porto Alegre.
Direito no Cárcere, de Carmela Grune (Brasil, 2012, documentário, 10 minutos)
Documentário que aborda as plataformas de expressão dos detentos em tratamento de dependência química no Presídio Central de Porto Alegre, refletindo sobre a necessidade de quebrar as algemas mentais da sociedade que transfere a pena para a família, excluindo muitas vezes o detento da possibilidade de reinserção social.
Diga Paz, direção coletiva (Brasil, 2011, documentário,  4 minutos)
Realização coletiva, assinada por alunos de uma escola da rede municipal de Porto Alegre, que adapta para a linguagem audiovisual o livro Diga Paz. 
A Múmia, direção coletiva (Brasil, 2007, ficção, 6 minutos)
Depois de um acidente em posto de revenda de gás, rapaz fica em com. Um dia, sem que qualquer pessoa o veja, ele acorda e sai caminhando pelo bairro Restinga. Curta de ficção realizado por alunos de escola da rede municipal de Porto Alegre.
Qual Cinema?, de Augusto Cezar Santos (Brasil, 2004,ficção, 8 minutos)
A vida da menina Eliane e seu desejo em conhecer uma sala de cinema, sonho compartilhado por grande parte da população da Restinga, bairro de grande população de Porto Alegre, e sem uma sala de cinema. 
Quem Somos Nós, direção coletiva (Brasil, 2012, documentário)
Os alunos adolescentes de uma escola especial da rede municipal de ensino falam sobre seus sonhos, objetivos e dificuldades.
MOSTRA COMPETITIVA
ACERCADACANA, de Felipe Peres Calheiros (Brasil, documentário, 2010, 20 minutos)
A luta de Maria Francisca, uma pequena agricultora que vive no interior de Pernambuco, para permanecer em suas terras, enfrentando os desmandos de uma grande empresa multinacional. Com o auxílio da Ordem dos Advogados do Brasil, e sem medo de colocar em risco a sua vida, ela resiste. A história de uma heroína anônima, que não se curva diante dos poderosos para garantir seus direitos.Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos/O meio ambiente como campo de luta democrática 
ALÉM DO ATEU E DO ATEÍSMO, de Carine Immig e Fábio Goulart (Brasil, 2011, documentário, 20 minutos)
Ateus não são pessoas más, e o ateísmo não é ruim para a sociedade. Seis pessoas, ateus ou não, falam sobre ateísmo, preconceito, moral, família e como lidar com o assunto. Uma discussão sobre um tema polêmico, que defende o direito ao livre pensamento e à escolha.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia

BAILÃO, de Marcelo Caetano (Brasil, 2010, documentário, 16 minutos)
A memória de uma geração visitada por seus personagens. O cenário é o centro de uma grande cidade, e o Bailão o ponto de convergência desses relatos. Um documento sobre o início dos movimentos de defesa da livre expressão sexual no Brasil, a partir da história de um dos primeiros bares destinados ao público homossexual em São Paulo.
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos
O CIDADÃO CARYUKA, de Hélio Rodrigues (Brasil, 2011, documentário, 10 minutos)
Marcelo Fontes do Nascimento ficou paraplégico em 2000 durante um assalto no bairro da Tijuca no Rio de Janeiro, sendo alvejado por 9 tiros de fuzil. Um retrato do músico, letrista e ativista cultural, ideólogo das bandas O Rappa e F.U.R.T.O., Marcelo Yuka. Um bravo homem da cultura brasileira que expõe suas ideias pela liberdade de expressão com informação e engajamento artístico.
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos/Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
CIO DA TERRA, de Cacá Nazário (Brasil, 2010, documentário, 42 minutos)
Um documentário que investiga a utopia social dos anos 70 e 80, tendo como referência um evento cultural que reuniu 15 mil jovens em Caxias do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, em 1982. A partir de depoimentos de participantes, organizadores e artistas e de imagens de um filme super-8 realizado durante o evento, discute-se política, literatura, música, cinema, teatro, dança e os movimentos sociais que estavam surgindo no início dos anos 80: ecologia, feminismo, homossexualismo.    
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos/Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
DAS 9 ÀS 5, de Rodrigo Lacerda e Rita Alcaire (Portugal, 2011, documentário, 50 minutos)Em Portugal existem centenas de trabalhadores a quem não é reconhecida proteção da lei a nível laboral e civil: os profissionais do sexo. Esta situação não se deve a questões de foro legal mas sim culturais, sociais e morais. Embora exista um grande número de clientes a recorrer aos seus serviços, a sua profissão ou o negócio em que esta está inserida ainda são considerados ilegais.Eixo temático: Democracia e trabalho
O FIM DO RECREIO, de Nélio Spréa e Vinicius Mazzon (Brasil, 2012, ficção, 17 minutos)
No Congresso Nacional, um projeto de lei pretende acabar com o recreio escolar. Ao mesmo tempo, em uma escola municipal de Curitiba, um grupo de crianças pode mudar toda essa história. Recheado de vibrantes brincadeiras infantis, O Fim do Recreio é um curta-metragem para todos os públicos, que celebra a mobilização coletiva como o melhor caminho para a sociedade assegurar seus direitos.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
A FLORESTA VIRADA EM PÓ, de André de Oliveira (Brasil, 2011, documentário, 35 minutos)
Violação aos direitos humanos e degradação da natureza andam juntos quando o tema é territórios ocupados pelas corporações de mineração e produção de alumínio. Uma reportagem cinematográfica que vai até as comunidades de ribeirinhos para avaliar os impactos sociais e ambientais que a indústria do alumínio provoca desde a década de 80 no Brasil, revelando casos de ameaças aos povos tradicionais e aos trabalhadores da indústria e dando voz aos afetados.
Eixo temático: O meio ambiente como campo de luta democrática
INSIDE THE CITY OF THE DEAD, de Barbara Urbano (Itália, 2011, documentário, 35 minutos)
O destino dos moradores de um bairro popular do Cairo, no Egito, habitado por quase 1 milhão de pessoas, é ameaçado por reformas motivadas pela especulação imobiliária. Para garantir os direitos dos moradores, um grupo de arquitetos e urbanistas trabalha para assegurar seus direitos e lhes garantir melhores condições de vida.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia/O meio ambiente como campo de luta democrática
JANELA MOLHADA, de Marcos Enrique Lopes (Brasil, 2010, documentário, 22 minutos)
A história do início da formação da cinematografia nacional brasileira e os esforços de preservação desses acervos, que revelam o quanto a imagem cinematográfica sempre foi usada como importante ferramenta de legitimação dos poderes oligárquicos. As pessoas que trabalham anonimamente para assegurar a sobrevivência dessas imagens são heróis que zelam pela memória cultural do país.
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos
JUSTICIA, de Andrea Ruffini (Bolívia, 2010, documentário, 20 minutos)
Com a Nova Constituição Política do Estado, a Bolívia reconhece a igualdade hierárquica entre a justiça ordinária e a indígena. A justiça indígena, mais conhecida como comunitária, é muitas vezes sinônimo de linchamento. Através de processos de justiça indígena na região de Potosi e reuniões de diálogo entre os representantes das duas justiças em todo o país, uma investigação sobre a situação de pluralismo jurídico na Bolívia.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia

KILOMBOS, de Paulo Nuno Vicente (Portugal, 2012, documentário, 48 minutos)
Através de entrevistas realizadas em diferentes países, um painel sobre a herança cultural negra e sua resistência em núcleos quilombolas. Uma tentativa de cartografia antropológica que revela ao espectador os antagonismos do Brasil contemporâneo.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
 
MARIA DA PENHA: UM CASO DE LITÍGIO INTERNACIONAL, de Felipe Diniz (Brasil, documentário, 2011, 13 minutos)
Em 29 de maio de 1983, Maria da Penha sofreu uma tentativa de homicídio por parte de seu marido. Até 1998 não havia uma solução definitiva para o caso. Com o auxílio de grupos de defesa dos direitos humanos, Maria da Penha levou o caso para as instâncias internacionais de direitos humanos. Este documentário recupera esta história e traz à tona uma das lutas mais representativas contra a violência doméstica na América Latina.
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos



MEDIA TRAINING, de Rodrigo Silveira e Eloar Guazzelli Filho (Brasil, 2011, animação, 12 minutos)

Um aspirador de pó, grande lançamento mundial de uma multinacional, é usado em uma sessão de tortura em Abu Grahib e a foto do torturado cai na internet. A diretora de comunicação da empresa deve, no dia de Natal, reverter a situação. Um contundente e irônico manifesto contra a política intervencionista dos Estados Unidos.


Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos

MEMORIAM – UM FILME SOBRE UMA CIDADE INVENTADA, de Johil Carvalho e Sérgio Lacerda (Brasil, 2011, documentário, 10 minutos)
Uma viagem sensorial a uma cidade inventada, por meio de sons, imagens, depoimentos e a música do maestro Jorge Antunes. Um ensaio visual sobre a capital do Brasil, Brasília, em seu aniversário de 50 anos.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia


NON CONVENTIONNEL, de Pierre Stoeber (França, 2012, documentário, 18 minutos)Documentário sobre militante ecológico que viaja pelo interior da França para alertar sobre as consequências da exploração de recursos energéticos no mundo contemporâneo. Um tema sério, tratado com bom humor e de modo pouco convencional.Eixo temático: O meio ambiente como campo de luta democrática

A OUTRA GUERRA, de Elsa Sertório e Ansgar Schäfer (Portugal, documentário, 48 minutos)
Nas décadas de 60 e 70, em plena guerra colonial, os jovens portugueses tiveram de optar entre a guerra ou a pesca do bacalhau. Através de uma viagem, hoje, a bordo do último barco português da pesca do bacalhau – o Creoula –, três antigos pescadores contam as razões das suas escolhas, recordam as campanhas de seis intermináveis meses nas águas geladas dos bancos da Terra Nova e as duras condições de vida e de trabalho da sua juventude.
Eixo temático: Democracia e trabalho/Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos
RESPEITO, de Carolina da Costa (Brasil, 2012, documentário, 16 minutos)
Incluindo ou excluindo? Respeito mostra ao mundo dificuldades que, ainda hoje, o surdo encontra para ter o que lhe é de direito: uma educação digna. Em meio a relatos da vivência e de experiências, o tema da inclusão de deficientes auditivos na perspectiva de quem mais a conhece, o surdo e suas famílias.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia/Democracia e trabalho

RODA MUNDO, de Antônio Francisco (Brasil, 2010, documentário, 17 minutos)
A percepção urbana de Brasília e seus caminhos vistos pelos olhos de uma cozinheira moradora de Samambaia e usuária de ônibus, de um encarregado de obras da Ceilândia que tem o carro como meio de transporte e de um catador de latinhas morador de rua, usuário da bicicleta como locomoção e ferramenta de trabalho.  
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia/O meio ambiente como campo de luta democrática
O VOO DA PAPOILA, de Nuno Portugal (Portugal, 2011, ficção, 15 minutos)
Uma simples fotografia e uma canção unem para sempre três personagens:
o fotógrafo Sebastião, o soldado Joaquim e o menino Rui, que se tornam, através de uma foto, ícones da esperança da Revolução de Abril.
O que é feito dessa esperança 30 anos depois?
O curta é inspirado na popular canção Somos Livres, de Ermelinda Duarte, que foi um dos símbolos da Revolução de Abril.
Eixo temático: Revoluções

grade de programação

Programação Sala P. F. Gastal
(Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar – Usina do Gasômetro)

13 de junho (quarta-feira)

21:00 – Tahrir (sessão de abertura, com a presença do diretor Stefano Savona

14 de junho (quinta-feira)

14:00 – Roda de Conversa “Com Qual Direitos Peço Licenças?”

17:00 – Mostra Expressões da Revolução (1/2 Revolution + The Princess + A Letter to a Lover + Kekh + The Rebels of Libya + The Gun Markets of Pakistan)

19:00 – Mostra Competitiva 1 (O Cidadão Caryuka + Janela Molhada + Media Training + Roda Mundo + Além do Ateu e do Ateísmo)

21:00 – Mostra Competitiva 2 (Maria da Penha – Um Caso de Litígio Internacional + Dentro da Cidade dos Mortos + A Outra Guerra)
 

15 de junho (sexta-feira)

15:00 – Mostra Informativa (Mais do que um Teto + Outra Europa)

17:00 – Mostra Expressões da Revolução (Teenage Riot: May Day in Eskilstuna + Teenage Riot: Athens + Don’t Resign + Pakistan After Bin Laden)

19:00 – Mostra Competitiva 3 (O Vôo da Papoila + Justiça + Das 9 às 5)

21:00 – Mostra Competitiva 4 (Acercadacana + Não Convencional + A Floresta Virada em Pó + Kilombos)

16 de junho (sábado)

11:00 – Debate “Expressões da Revolução: A Primavera Árabe e o Impacto dos Movimentos Coletivos Pela Democracia”, com Sefano Savona, Lotfi Kaabi e Paulo Visentini

15:00 – Mostra Informativa (Programa Na Boa em POA)

17:00 – Mostra Competitiva 5 (Respeito + Cio da Terra + Memoriam – Um Filme Sobre uma Cidade Inventada + O Fim do Recreio + Bailão)

20:00 – Filme de encerramento (Catastroika) e cerimônia de premiação

17 de junho (domingo)

15:00 – Mostra Informativa (Budrus)

17:00 – Mostra Expressões da Revolução (Next Music Station: Morroco + Volume + More or Less)

19:00 – Mostra Informativa (Sobre o Poder)


Programação CineBancários(Rua General Câmara, 424)

14 de junho (quinta-feira)15:00 – Mostra Informativa (Pense Global, Aja Rural)
17:00 – Mostra Expressões da Revolução (Next Music Station: Libano + Teenage Riot: Spain's Neo-Revolutionaries)
19:00 – Mostra Informativa (Quem Vai à Guerra)


15 de junho (sexta-feira)15:00 – Mostra Informativa (Osmarino Amâncio: Filho da Floresta)
17:00 – Mostra Expressões da Revolução (The Trip + Ahmed Sherif Documentary + Tahrir)
19:00 – Mostra Informativa (Soldados a Caminho do Puteiro – Memórias de uma Guerra Quase Imaginária)


16 de junho (sábado)15:00 – Mostra Informativa (Entre Homens – Gays na Alemanha Oriental)
17:00 – Mostra Informativa (Babás + Culturas de Resistência)
19:00 – Mostra Informativa (Memória Cubana)


17 de junho (domingo)15:00 – Mostra Informativa (Escola Normal)
17:00 – Mostra Informativa (Em Nome do Filho + Cinema de Guerrilha)
19:00 – Mostra Informativa (Babás + Culturas de Resistência)

Programação Democracine nas Comunidades
Às vésperas de seu lançamento, o Democracine circulou pelas comunidades populares de Porto Alegre, aquecendo a cidade para receber o festival. Já durante os dias do evento, num roteiro que atinge diferentes bairros e regiões de Porto Alegre, o programa Na Boa em POA exibe vídeos produzidos por jovens que foram enviados ao festival com vistas à divulgação dos trabalhos. Também acontece, durante a programação oficial do festival, um debate sobre direitos autorais, copyright, licenças livres, creative commons e democratização da informação.

14 de junho (quinta-feira)10:00 – Democracia e Participação + OP Belô
Local: CESMAR (Estrada Antônio Severino, 1493 – Bairro Mário Quintana)
14:00 – Roda de conversa “Com Qual Direitos Peço Licenças?”, com a participação de Giba Assis Brasil, Gustavo Turck, Jeanette Mary Reinhardt, Lucas Alberto Souza Santos, Luiz Alberto Cassol, Srecko Horvat e Vitor Ortiz (mediação de Ben Berardi)
Local: Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar)


15 de junho (sexta-feira)10:00 – Marcovaldo + Babás + Povo Marcado
Local: ETE (Avenida AJ Renner, 495 – Bairro Humaitá)


16 de junho (sábado)

10:00 – Babás + Direito no Cárcere + Povo Marcado
Local: Centro Infanto Juvenil Zona Sul (Rua Capivari, 2020 – Bairro Cruzeiro)
15:00 – Programa de Curtas Na Boa em POA (Direito no Cárcere + A Múmia + Qual Cinema? + Quem Somos Nós + Diga Paz)
Local: Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar)

Debates+ Lançamento de Livro

13 de junho (quarta-feira)15:00 – Debate “À Procura de Democracias de Alta Intensidade, a Partir das Contribuições das Artes Visuais”, com Carol Roy, Deisimer Gorczevski, Giovanni Allegretti, Jeanette Mary Reinhardt, Marianne Khalili Roméo e Srecko Horvat
Local: Centro Municipal de Cultura (Avenida Erico Verissimo, 307)

14 de junho (quinta-feira)14:00 – Roda de conversa “Com Qual Direitos Peço Licenças?”, com a participação de Giba Assis Brasil, Gustavo Turck, Jeanette Mary Reinhardt, Lucas Alberto Souza Santos, Luiz Alberto Cassol, Srecko Horvat e Vitor Ortiz (mediação de Ben Berardi)
Local: Sala P. F. Gastal (Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar – Usina do Gasômetro)

16 de junho (sábado)11:00 – Debate “Expressões da Revolução: A Primavera Árabe e o Impacto dos Movimentos Coletivos Pela Democracia”, com Stefano Savona, Lotfi Kaabi e Paulo Visentini, seguido de lançamento do livro A Primavera Árabe: Entre a Democracia e a Geopolítica do Petróleo, de Paulo Visentini (Porto Alegre, Ed. Leitura XXI)
Local: Sala P. F. Gastal (Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar – Usina do Gasômetro)