quarta-feira, 27 de março de 2013

SESSÃO AURORA NA SALA P. F. GASTAL EXIBE RARO FILME SOBRE A COLÔNIA CECÍLIA


A Sessão Aurora apresenta no sábado, 30, às 18h, na Sala P. F. Gastal, o longa-metragem La Cecilia (1975), um dos raros filmes de ficção do renomado crítico de cinema francês Jean-Louis Comolli. Após a sessão, haverá um debate com os editores da revista Aurora. A entrada é franca.

La Cecilia versa sobre um grupo de italianos que migra para os confins do Brasil no século XIX com a intenção de criar uma comunidade anarquista. Distante da Europa e dos anos 1970, Comolli busca inspiração na vida do pensador libertário Giovanni Rossi para colocar em debate alguns dos tópicos mais urgentes das rupturas políticas setentistas – que ainda ecoam em nossos dias –, como a negação das hierarquias, o desejo como uma condição essencial da revolução e as relações estreitas entre amor e poder.

Para além das questões mais pontuais daqueles anos, Comolli destaca o fato de que seu filme também lança um olhar sobre a migração: “A passagem de um país a outro, de uma cultura, de uma língua, de uma sociedade a outra, mas também a passagem de um tipo de luta a outra, de um tipo de marginalidade a outra”. La Cecilia sempre foi tido como um título discreto entre as produções europeias contemporâneas, especialmente as de realizadores italianos como Francesco Rosi, Elio Petri e os Irmãos Taviani, mas a problematização dos diversos processos de transformação, do extremo íntimo ao social, faz do filme um exemplar precioso (e atual) do cinema político dos anos 1970.
Jean-Louis Comolli foi editor-chefe da revista francesa Cahiers du Cinéma entre 1966 e 1971, período que marca a transição da defesa intensa do cinema moderno, encarnado especialmente nas manifestações experimentais dos Novos Cinemas espalhados pelo mundo, para a morte da cinefilia clássica – com a absorção total das reviravoltas políticas pós-maio de 1968 em seus escritos.

La Cecilia será exibido numa cópia em DVD, com legendas em português.

La Cecilia. França/Itália, 1975, cor, 113 minutos. Direção: Jean-Louis Comolli. Com Massimo Foschi, Maria Carta, Vittorio Mezzogiorno e Mario Bussolino.

segunda-feira, 25 de março de 2013

MOSTRA NA SALA P. F. GASTAL HOMENAGEIA ODETE LARA, UMA DAS GRANDES ATRIZES DO CINEMA BRASILEIRO


A Sala P. F. Gastal dedica a partir de terça-feira, 26 de março, uma pequena mostra em homenagem a Odete Lara, uma das mais importantes atrizes do cinema brasileiro. A mostra reúne quatro títulos, que estão entre os principais momentos da filmografia da atriz: Absolutamente Certo, de Anselmo Duarte, Bonitinha, mas Ordinária, de J. P. de Carvalho, Copacabana me Engana, de Antônio Carlos da Fontoura, e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro.

Nascida em São Paulo, em 1928, Odete Lara teve uma infância e uma adolescência difíceis (tanto sua mãe quanto seu pai se suicidaram, deixando-a sozinha, pois era filha única). Desde cedo chamou a atenção por sua beleza, o que lhe valeu o convite para trabalhar como manequim. Logo começa a atuar no teatro, no elenco do célebre TBC. A passagem para o cinema se dará naturalmente. Seu primeiro filme será a comédia O Gato de Madame, de 1956, ao lado do cômico Mazzaroppi. Após atuar em várias chanchadas, que exploravam sobretudo a sua beleza, o momento de virada acontecerá com Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri, no qual comprova seu talento dramático. A partir daí, se torna uma das atrizes mais requisitadas do cinema brasileiro, atuando sob a direção de nomes como Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Antônio Carlos da Fontoura, Cacá Diegues e Bruno Barreto, entre outros. Na metade da década de 70, decide abandonar a carreira artística, e passa a se dedicar ao budismo.

A mostra dedicada a Odete Lara tem o apoio da Programadora Brasil, projeto do Ministério da Cultura destinado à difusão do cinema brasileiro, e pode ser conferida em três sessões diárias, às 15h, 17h e 19h.


PROGRAMAÇÃO

Absolutamente Certo, de Anselmo Duarte (Brasil, 1957, 93 minutos). Com Anselmo Duarte, Dercy Gonçalves, Odete Lara e Fregolente.
Para ajudar o pai paralítico e conseguir dinheiro para se casar, o linotipista Zé do Lino, que sabe toda a lista telefônica de cor, resolve entrar para um concurso milionário de perguntas e respostas na televisão. A fama e o envolvimento de um bookmaker grã-fino dificultam a realização de seus propósitos, mas tudo será resolvido graças à astúcia e às habilidades do rapaz. Um grande sucesso à época de seu lançamento, o filme marca a estreia na direção do ator Anselmo Duarte, que poucos anos depois daria ao Brasil sua única Palma de Ouro no Festival de Cannes com O Pagador de Promessas (1962).
  
Bonitinha, mas Ordinária, de J. P. de Carvalho (Brasil, 1963, 101 minutos). Com Odete Lara, Jece Valadão, Fregolente e Ida Gomes.
Edgard é um rapaz simples, que vive um dilema. É apaixonado por sua vizinha, moça humilde como ele, mas recebe a proposta de ganhar um bom dinheiro para se casar com a filha de seu patrão, uma garota ousada que foi estuprada por cinco homens. Adaptação da peça de Nelson Rodrigues, que nos anos 80 ganharia uma refilmagem estrelada por Vera Fischer e Lucélia Santos.
  
Copacabana Me Engana, de Antônio Carlos da Fontoura (Brasil, 1968, 95 minutos). Com Odete Lara, Carlo Mossy, Paulo Gracindo e Cláudio Marzo.
Marquinhos tem 20 anos e vive em Copacabana com os pais de classe média e o irmão mais velho. Ele não trabalha, não estuda. Assiste à TV, joga futebol na praia de dia e sai à noite com a turma. Vive ao sabor do momento. Até encontrar Irene, uma mulher de 40 anos que vive do outro lado da rua e com quem tem um caso que vai mudar sua vida. Para muitos críticos, o filme traz a melhor atuação da carreira de Lara.
  
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha (Brasil, 1969, 99 minutos). Com Maurício do Valle, Odete Lara, Othon Bastos e Hugo Carvana.
Numa cidadezinha chamada Jardim das Piranhas, aparece um cangaceiro que se apresenta como a reencarnação de Lampião. Seu nome é Coirana. Anos depois de ter matado Corisco, Antônio das Mortes (personagem do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol) vai à cidade para ver o cangaceiro. É o encontro dos mitos, o início do duelo do dragão da maldade contra o santo guerreiro. Outros personagens vão povoar o mundo de Antônio das Mortes. Entre eles, um professor desiludido e sem esperanças; um coronel com delírios de grandeza, um delegado com ambições políticas; e uma linda mulher, que vive uma trágica solidão. Primeiro filme colorido de Glauber Rocha, foi seu maior sucesso de público. Prêmio de melhor direção no Festival de Cannes.


GRADE DE HORÁRIOS

26 de março (terça-feira)
15:00 – Absolutamente Certo
17:00 – Bonitinha, mas Ordinária
19:00 – Copacabana me Engana

27 de março (quarta-feira)
15:00 – O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro
17:00 – Absolutamente Certo
19:00 – Bonitinha, mas Ordinária

28 de março (quinta-feira)
15:00 – Copacabana me Engana
17:00 – O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro
19:00 – Absolutamente Certo

29 de março (sexta-feira)
15:00 – Bonitinha, mas Ordinária
17:00 – Copacabana me Engana
19:00 – O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro

30 de março (sábado)
15:00 – Absolutamente Certo
18:00 – Sessão Aurora (aguarde divulgação)

31 de março (domingo)
15:00 – Bonitinha, mas Ordinária
17:00 – Copacabana me Engana
19:00 – O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro

Apoio

quarta-feira, 20 de março de 2013

Retrospectiva Jonas Mekas hoje



Hoje a Retrospectiva Jonas Mekas traz os seguintes títulos:


Às 15h  tem a última exibição de Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções, com  35 minutos de duração.
Quem não assistiu ontem à noite, não pode perder hoje a última exibição hoje à tarde.

Trata-se de uma colagem de filmagens de Warhol, alternando sequências de sua intimidade e de fatos marcantes em sua carreira.  
Edie Sedgwick, Gerard Malanga, George Maciunas, Yoko Ono, John Lennon, Caroline e John Kennedy Jr., entre outros, estão presentes.
Na mesma sessão será exibido Notas para Jerome  - (45 minutos)
Essa homenagem ao artista e cineasta Jerome Hill é a primeira de uma série de retratos e elegias que Mekas irá dedicar aos amigos falecidos. O Anthology Film Archives e a coleção Essential Cinema existiram graças ao apoio financeiro de Jerome Hill. 


Às 17h temos a exibição de:
Zefiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas. 32 minutos.
Homenagem ao amigo de longa data George Maciunas, lituano, como o diretor, e com quem partilhava o entusiasmo, a liberdade e o espírito anárquico que marcaram a arte dos anos 1960. O filme traz os mais belos registros das performances do Fluxus, grupo para o qual Maciunas foi determinante.
Esse Lado do Paraíso, 35 minutos.
Entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970, Mekas passou os verões com Jackie Kennedy, sua irmã, Lee Radziwill, e seus filhos. O período ainda era muito próximo da morte trágica de Kennedy e o convívio com o cinema foi uma das maneiras que Jackie encontrou para ajudar os filhos no luto. Mais tarde, Mekas pensou em fazer uma biografia de John Kennedy, os fragmentos inacabados dessa biografia ele reuniu neste filme.



Às 19h é a vez de  Reminiscências de uma Viagem à Lituânia, com 82 minutos.

“Este filme se divide em três partes. A primeira é composta de filmes que fiz com minha primeira Bolex quando chegamos na América, sobretudo entre os anos 1950 e 1953. São imagens da minha e da vida de Adolfas [ irmão do diretor], daquilo com que parecíamos na época.
A segunda parte foi filmada em 1971 na Lituânia. Quase tudo em Seminiskiai, meu vilarejo natal. Vemos minha antiga casa, minha mãe (nascida em 1887), todos os meus irmãos celebrando nossa volta.
A terceira começa com um parêntese em Elmshorn, onde passamos um ano num campo de trabalhos forçados durante a guerra. Após fechar o parêntese, nos encontramos em Viena com alguns dos meus melhores amigos.”

quinta-feira, 14 de março de 2013

MOSTRA JONAS MEKAS INAUGURA DIA 19 DE MARÇO


Reproduzimos, abaixo, texto de Bernardo José de Souza sobre a obra de Jonas Mekas





Instáveis, pulsantes, fugidias, as imagens de Jonas Mekas preservam a mesma transitoriedade encontrada na memória, sobrepondo-se umas às outras tal qual um palimpsesto sendo permanentemente reescrito, produzindo novos sentidos sempre que novamente acessadas. Acervo colossal das lembranças de uma longa vida, elas compõem o vasto painel político e afetivo que dimensiona a obra e a estatura de seu autor.


Amplamente debatida, a filmografia de Mekas constitui uma espécie de monolito no cenário artístico contemporâneo. Suas películas marcaram de maneira indelével a história da sétima arte, inspirando igualmente cineastas e artistas plásticos ao fazer da linguagem cinematográfica uma grande colcha de retalhos, tão caótica e aparentemente aleatória em sua formidável lógica de montagem.

Autor de filmes que romperam estética e formalmente com o cinema tradicional, Mekas logrou desenvolver uma linguagem audiovisual própria, estruturada a partir de planos curtos, obtidos com a câmera Bolex que o acompanhou por mais de 70 anos, cujos rolos de filme 16mm registraram os mais íntimos momentos de sua trajetória artística. Os diários filmados ao longo de décadas são hoje tão preciosos quanto as experiências políticas e pessoais travadas pelo artista, quer fossem nos campos de refugiados ou nos jardins da casa de Jackie O.

Bernardo José de Souza
Coordenador de Cinema, Vídeo e Fotografia
Secretaria Municipal de Cultura

quarta-feira, 13 de março de 2013

JONAS MEKAS GANHA RETROSPECTIVA NA SALA P. F. GASTAL



A Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da SMC promove durante a 54ª Semana de Porto Alegre uma retrospectiva do célebre diretor lituano Jonas Mekas, que até hoje nunca teve qualquer de seus filmes exibidos na capital gaúcha. A mostra acontece na Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro, 3º andar) entre os dias 19 e 24 de março, e chega a Porto Alegre depois de ter passado pelo Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo e do Rio de Janeiro. A programação tem entrada franca.





Nascido na Lituânia em 1922, Mekas radicou-se em Nova York em 1949, onde comprou sua primeira câmera de 16mm. Um dos principais nomes do cinema de vanguarda estadunidense da segunda metade do século XX, o cineasta colaborou com diferentes nomes da arte contemporânea, de John Lennon e Yoko Ono a Salvador Dalí e Andy Warhol. Além do seu trabalho autoral – que inclui filmes de ficção, documentários, diários e, mais recentemente, obras de videoinstalação –, Mekas criou e mantém o Anthology Film Archives, um dos mais importante arquivos de cinema de vanguarda do mundo, e a revista Film Culture, considerada a principal publicação de crítica cinematográfica dos Estados Unidos.






RELAÇÃO DE FILMES

Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (As I Was Moving Ahead, Occasionally I Saw Brief Glimpses of Beauty). Estados Unidos, 1970-1999 /2000, 288minutos.
“Meus diários em filme de 1970 a 1999. O filme cobre meu casamento, o nascimento dos meus filhos. Nós os vemos crescer. Imagens da vida cotidiana, fragmentos de felicidade e de beleza. A passagem das estações em Nova York, a vida em casa, a natureza. Nada de extraordinário, nada de especial, coisas que todos nós vivemos ao longo de nossas vidas. Este filme é também meu poema de amor dedicado a Nova York, seus verões, seus invernos, suas ruas, seus parques.”



As Armas das Árvores (Guns of the Trees). Estados Unidos, 1962, 87 minutos.

Dois casais – um de negros e um de brancos – vivem em Nova York, onde paira, em 1960, o espectro da bomba atômica. Com interlúdios escritos e recitados por Allen Ginsberg, este filme é a única obra de ficção de Jonas Mekas.






Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções (Scenes from the Life of Andy Warhol: Friendship and Intersections). Estados Unidos, 1965-82/1990, 35minutos.
Colagem das filmagens que Mekas fez de Warhol durante o período em que conviveram. O filme alterna sequências mostrando a dimensão pública de Warhol – vê-se sua retrospectiva no Whitney Museum, o primeiro concerto do Velvet Underground –, com outras retratando momentos cotidianos e íntimos: na praia, com amigos. Vemos Edie Sedgwick, Gerard Malanga, George Maciunas, Yoko Ono, John Lennon, Caroline e John Kennedy Jr., entre outros.



Esse Lado do Paraíso – Fragmentos de uma Biografia Inacabada (This Side of Paradise: Fragments of an Unfinished Biography). Estados Unidos, 1968-73/1999, 35 minutos.
Entre o final dos anos 1960 e o início dos anos 1970, Mekas passou os verões com Jackie Kennedy, sua irmã, Lee Radziwill, e seus filhos. O período ainda era muito próximo da morte trágica de Kennedy e o convívio com o cinema foi uma das maneiras que Jackie encontrou para ajudar os filhos no luto. Mais tarde, Mekas pensou em fazer uma biografia de John Kennedy, os fragmentos inacabados dessa biografia ele reuniu neste filme.



Lost Lost Lost. Estados Unidos, 1949-63/1976, 180 minutos.
“O período que descrevo nesses seis rolos de filme foi um período de desesperança, de tentativas de me enraizar nesta terra nova, de criar novas memórias. Nesses seis dolorosos rolos, tentei descrever os sentimentos de um exilado, meus sentimentos durante aqueles anos. (…). O sexto rolo é uma transição, ele mostra quando começamos a relaxar, quando comecei a encontrar momentos de felicidade”.








Notas para Jerome (Notes for Jerome). Estados Unidos, 1966-74/1978, 45 minutos.

Essa homenagem ao artista e cineasta Jerome Hill é a primeira de uma série de retratos e elegias que Mekas irá dedicar aos amigos falecidos. O Anthology Film Archives e a coleção Essential Cinema existiram graças ao apoio financeiro de Jerome Hill.







A Prisão (The Brig). Estados Unidos, 1964, 68 minutos.

Em 1964 Jonas Mekas assistiu à última apresentação da peça The Brig pela lendária companhia teatral The Living Theatre, antes que o grupo tivesse de desocupar o teatro no qual estava ensaiando e se apresentando. Impactado, ele convence o grupo a invadir o teatro e a reencenar o espetáculo uma última vez, na noite seguinte.




Restos da Vida de um Homem Feliz (Out Takes from the Life of a Happy Man). Estados Unidos, 2012, 68 minutos.
“Em minha sala de montagem há uma estante cheia de latas de filmes que remontam aos anos 1950. É um material relacionado ao meu trabalho, de 1950 até hoje, mas que não encontrou seu lugar nos meus filmes. E todas elas estão se apagando, lentamente. Algumas já desapareceram. Quando da minha exposição na Serpentine [galeria londrina], decidi que era o momento de reunir todo esse material neste que será meu último filme em película.”


Reminiscências de uma Viagem para a Lituânia (Reminiscences of a Journey to Lithuania). Estados Unidos, 1971/1972, 82 minutos.


“Este filme se divide em três partes. A primeira é composta de filmes que fiz com minha primeira Bolex quando chegamos na América, sobretudo entre os anos 1950 e 1953. São imagens da minha e da vida de Adolfas [ irmão do diretor], daquilo com que parecíamos na época. A segunda parte foi filmada em 1971 na Lituânia. Quase tudo em Seminiskiai, meu vilarejo natal. Vemos minha antiga casa, minha mãe (nascida em 1887), todos os meus irmãos celebrando nossa volta. A terceira começa com um parêntese em Elmshorn, onde passamos um ano num campo de trabalhos forçados durante a guerra. Após fechar o parêntese, nos encontramos em Viena com alguns dos meus melhores amigos.”




Walden (Diários, Notas e Esboços) (Walden [Diaries, Notes & Sketches]). Estados Unidos, 1964-68/1968-69, 180 minutos.
“Desde 1950 mantenho um diário em filme. Tenho andado por aí com minha Bolex e reagido à realidade imediata. Certos dias filmo 10 fotogramas, noutros 10 segundos, noutros ainda 10 minutos. Ou não filmo nada… Walden contém materiais dos anos 1965-69, montados em ordem cronológica.”





Zéfiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas (Zefiro Torna or Scenes from the Life of George Maciunas). Estados Unidos, 1952-78/1992, 34 minutos.
Homenagem ao amigo de longa data George Maciunas, lituano, como o diretor, e com quem partilhava o entusiasmo, a liberdade e o espírito anárquico que marcaram a arte dos anos 1960. O filme traz os mais belos registros das performances do Fluxus, grupo para o qual Maciunas foi determinante.






GRADE DE HORÁRIOS




19 de março (terça-feira)
15:00 - As Armas das Árvores
17:00 – A Prisão
19:00 – Coquetel de abertura, seguido pela exibição de Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções + Notas para Jerome 

20 de março (quarta-feira)
15:00 – Cenas da Vida de Andy Warhol: Amizades e Interseções + Notas para Jerome 
17:00 – Zefiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas + Esse Lado do Paraíso
19:00 – Reminiscências de uma Viagem à Lituânia

21 de março (quinta-feira)
15:00 – Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (Parte 1)
17:00 – Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (Parte 2)
19:00 – Ao Caminhar Entrevi Lampejos de Beleza (Parte 3)

22 de março (sexta-feira)
15:00 – Reminiscências de uma Viagem à Lituânia
17:00 – Restos da Vida de um Homem Feliz
19:00 – Lost Lost Lost

23 de março (sábado)
15:00 – Zefiro Torna ou Cenas da Vida de George Maciunas + Esse Lado do Paraíso
17:00 – A Prisão
19:00 – Walden

24 de março (domingo)
15:00 – Restos da Vida de um Homem Feliz   
17:00 – As Armas das Árvores
19:00 – Reminiscências de uma Viagem à Lituânia

EM HOMENAGEM AO DIRETOR DAMIANO DAMIANI O PROJETO RAROS EXIBE O DIA DA CORUJA

Franco Nero e Claudia Cardinale em O Dia da Coruja

Nesta sexta-feira,15 de março, às 20 horas, o primeiro projeto Raros de 2013 presta homenagem ao diretor italiano Damiano Damiani com a exibição de O Dia da Coruja (Il Giorno Della Civetta, 1968). Conhecido pelo grande público principalmente por seus westerns spaghetti, como Uma Bala Para o General (El Chuncho, Quien Sabe?, 1966) e Trinity e Seus Companheiros (Um Gênio, Due Compari, Um Pollo, 1975), Damiani faleceu em Roma, no último dia 07 de março, aos 90 anos. Diretor versátil, realizou  mais de 30 filmes transitando entre diversos gêneros, de dramas intimistas, passando pelas comédias, westerns, pelo horror, e por thrillers policiais onde lançava um olhar apurado sobre as maquinações políticas e as engrenagens que movimentavam a máfia italiana.
O Dia da Coruja, baseado no romance homônimo de Leonardo Sciascia, acompanha a luta de Bellodi (Franco Nero), um jovem oficial de polícia de Milão recém chegado à Sicília, para desvendar a morte de Salvatore Colasbena, um modesto empreiteiro da construção civil. As investigações o colocam em conflito com a máfia siciliana, políticos locais, e o aproximam de Rosa (Claudia Cardinale), a viúva da vítima. Conforme se aproxima da verdade, Bellodi começa a compreender a rede de violência e corrupção que movimenta os interesses políticos da região.
Atenção: O Dia da Coruja será exibido numa cópia em DVD, com legendas em espanhol. A entrada é franca.

 O Dia da Coruja (Il Giorno Della Civetta / 1968), de Damiano Damiani. Com: Franco Nero, Claudia Cardinale, Lee. J. Cobb.

PROJETO RAROS
SALA P. F. GASTAL - USINA DO GASÔMETRO
SEXTA-FEIRA, DIA 15 DE MARÇO, 20H
ENTRADA FRANCA

sexta-feira, 8 de março de 2013

CLÁSSICOS TRANSGRESSORES DO CINEMA NACIONAL SEGUEM EM EXIBIÇÃO

A Sala P. F. Gastal segue exibindo até 17 de março a mostra Clássicos Transgressores do Cinema Nacional, que reúne filmes dos diretores Rogério Sganzerla, Andrea Tonacci, Carlos Reichenbach, André Luiz Oliveira, José Mojica Marins, Edgard Navarro, Ruy Guerra, Djalma Limongi Batista e Ivan Cardoso, e conta com o apoio da Programadora Brasil, projeto do Ministério da Cultura destinado à difusão do cinema nacional de qualidade.

A programação inclui 11 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, e é uma oportunidade rara para o público conhecer títulos muito comentados mas pouco vistos, como o cultuado Superoutro, de Edgard Navarro, e Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, de Djalma Limongi Batista (considerado como o primeiro filme a abordar abertamente a questão da homessexualidade no cinema brasileiro), além de rever na tela grande obras que marcaram época no cinema brasileiro, como Os Cafajestes, O Bandido da Luz Vermelha e Filme Demência.


PROGRAMAÇÃO

LONGAS

O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla (Brasil, 1968, 92 minutos)
Marginal paulista coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer os crimes mais requintados. Conhece a provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo, por quem se apaixona.
Acompanha o curta Brasil (1981), de Rogério Sganzerla.

Bang Bang, de Andrea Tonacci (Brasil, 1970, 85 minutos)
O ator de um filme em realização vive sem distinção a sua realidade pessoal e a ficção de seu personagem. Busca um sentido e uma saída daquela situação enquanto é perseguido por bandidos, um mágico, uma fantasia amorosa, um bêbado, sua auto-imagem.... A comicidade, os motivos da perseguição, as situações, os personagens, a cenografia, os diálogos e a trilha sonora, que utiliza temas conhecidos de outros filmes, remetem a símbolos, metáforas e à recusa da possível lógica narrativa, permitindo ao espectador uma sensação análoga à do personagem central.

Os Cafajestes, de Ruy Guerra (Brasil, 1962, 90 minutos)
Jandir, um rapaz de origem pobre, e Vavá, seu amigo playboy, vivem no submundo de drogas e sexo de Copacabana. Desesperado diante da perspectiva de perder sua mesada, já que seu pai banqueiro está falido, Vavá propõe a Jandir um plano para chantagear o tio, que tem uma amante. Filme que provocou escândalo à época de seu lançamento por trazer o primeiro nu frontal do cinema brasileiro, protagonizado pela atriz Norma Bengell.

Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver, de José Mojica Marins (Brasil, 107 minutos, 1967)
O funerário Jozefel Zanatas (Zé do Caixão) procura pela “Mulher Superior”, com a qual espera gerar o “Filho Perfeito”, ser que esteja acima dos seres humanos normais e que perpetue seu sangue. Em sua procura, tortura e mata as mulheres que julga inferiores, bem como qualquer um que se interponha em seu caminho. Acompanha o curta O Universo de Mojica Marins, de Ivan Cardoso.

Filme Demência, de Carlos Reichenbach (Brasil, 1985, 90 minutos)
Após assistir impotentemente à falência de sua pequena indústria de cigarros, Fausto mergulha no interior de si mesmo. Rompe com Doris, a esposa infiel, rouba o revólver do zelador do prédio em que mora, e sai pela noite de São Paulo em busca de Mira-Celi, seu paraíso imaginário. Uma original releitura do mito de Fausto pelo cineasta Carlos Reichenbach, em filme que é considerado sua obra-prima. Prêmio de melhor direção no Festival de Gramado.

Meteorango Kid – Herói Intergalático, de André Luiz de Oliveira (Brasil, 1969, 80 minutos)
O filme narra, de maneira anárquica e irreverente, as aventuras de Lula, um estudante universitário, no dia do seu aniversário. De forma absolutamente despojada, mostra, sem rodeios, o perfil de um jovem desesperado, representante de uma geração oprimida pela ditadura militar e pela moral retrógrada de uma sociedade passiva e hipócrita. O anti-herói intergalático atravessa este labirinto cotidiano através das suas fantasias e delírios libertários, deixando atrás de si um rastro de inconformismo e um convite à rebelião em todos os níveis.

MÉDIAS E CURTAS

Brasil, de Rogério Sganzerla (Brasil, 1981, 13 minutos)
Captado durante a gravação do décimo disco de João Gilberto, intitulado Brasil,  gravado no cinquentenário de seu nascimento, que contou com a participação de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia. A execução do disco em diferentes fases e distâncias, registradas em contraponto com flashes de personalidades da vida nacional, representa uma situação limite e indaga: O que é o Brasil? O que é o brasileiro?

Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, de Djalma Limongi Batista (Brasil, 1968, 29 minutos).
Antônio perambula por São Paulo. À noite, encontra um parceiro na Galeria Metrópole, Isaías, para se relacionar sexualmente. Apesar da intensa relação que acontece entre os dois, Isaías pede que Antônio o mate.

Superoutro, de Edgard Navarro (Brasil, 1989, 48 minutos)
Um louco na rua tenta libertar-se da miséria que o assedia e acaba por subverter a própria lei da gravidade.

O Universo de Mojica Marins, de Ivan Cardoso (Brasil, 1978, 26 minutos)
A vida e a obra do ator, diretor e produtor paulista José Mojica Marins, penetrando em seu estúdio e mostrando seu mundo.

GRADE DE HORÁRIOS

Segunda Semana
(12 a 17 de março)

12 de março (terça-feira)
15:00 – O Bandido da Luz Vermelha + Brasil
17:00 – Filme Demência
19:00 – Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver + O Universo de Mojica Marins

13 de março (quarta-feira)
15:00 – Meteorango Kid – Herói Intergalático
17:00 – Bang Bang
19:00 – Os Cafajestes

14 de março (quinta-feira)
15:00 – Superoutro
17:00 – O Bandido da Luz Vermelha + Brasil
20:00 – Lançamento Curtas Tokyo Filmes

15 de março (sexta-feira)
15:00 – Bang Bang
17:00 – Meteorango Kid – Herói Intergalático
20:00 – Projeto Raros (aguarde divulgação)

16 de março (sábado)
15:00 – Filme Demência
17:00 – Superoutro
19:00 – Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver O Universo de Mojica Marins

17 de março (domingo)
15:00 – O Bandido da Luz Vermelha + Brasil
17:00 – Evento INOVAPOA


Apoio

sexta-feira, 1 de março de 2013

SALA P. F. GASTAL RETOMA PROGRAMAÇÃO COM CLÁSSICOS TRANSGRESSORES DO CINEMA NACIONAL

Superoutro, de Edgard Navarro
A Sala P. F. Gastal retoma sua programação a partir de terça-feira, 5 de março, com uma mostra de filmes brasileiros que têm em comum a irreverência, a originalidade e a inventividade formal de seus realizadores. Intitulada Clássicos Transgressores do Cinema Nacional, a mostra reúne filmes dos diretores Rogério Sganzerla, Andrea Tonacci, Ozualdo Candeias, Carlos Reichenbach, André Luiz Oliveira, José Mojica Marins, Edgard Navarro, Ruy Guerra, Djalma Limongi Batista e Ivan Cardoso, e conta com o apoio da Programadora Brasil, projeto do Ministério da Cultura destinado à difusão do cinema nacional de qualidade.

A programação inclui 12 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, e é uma oportunidade rara para o público conhecer títulos muito comentados mas pouco vistos, como o cultuado Superoutro, de Edgard Navarro, e Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, de Djalma Limongi Batista (considerado o primeiro filme a abordar abertamente a questão da homessexualidade no cinema brasileiro), além de rever na tela grande obras marcantes da história do cinema brasileiro, como Os Cafajestes, O Bandido da Luz Vermelha e Filme Demência.


PROGRAMAÇÃO

LONGAS




O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla (Brasil, 1968, 92 minutos)
Marginal paulista coloca a população em polvorosa e desafia a polícia ao cometer os crimes mais requintados. Conhece a provocante Janete Jane, famosa em toda a Boca do Lixo, por quem se apaixona.
Acompanha o curta Brasil (1981), de Rogério Sganzerla.  


Bang Bang, de Andrea Tonacci (Brasil, 1970, 85 minutos)
O ator de um filme em realização vive sem distinção a sua realidade pessoal e a ficção de seu personagem. Busca um sentido e uma saída daquela situação enquanto é perseguido por bandidos, um mágico, uma fantasia amorosa, um bêbado, sua auto-imagem.... A comicidade, os motivos da perseguição, as situações, os personagens, a cenografia, os diálogos e a trilha sonora, que utiliza temas conhecidos de outros filmes, remetem a símbolos, metáforas e à recusa da possível lógica narrativa, permitindo ao espectador uma sensação análoga à do personagem central.


Os Cafajestes, de Ruy Guerra (Brasil, 1962, 90 minutos)
Jandir, um rapaz de origem pobre, e Vavá, seu amigo playboy, vivem no submundo de drogas e sexo de Copacabana. Desesperado diante da perspectiva de perder sua mesada, já que seu pai banqueiro está falido, Vavá propõe a Jandir um plano para chantagear o tio, que tem uma amante. Filme que provocou escândalo à época de seu lançamento por trazer o primeiro nu frontal do cinema brasileiro, protagonizado pela atriz Norma Bengell.



Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver, de José Mojica Marins (Brasil, 1967, 107 minutos)
O funerário Jozefel Zanatas (Zé do Caixão) procura pela “Mulher Superior”, com a qual espera gerar o “Filho Perfeito”, ser que esteja acima dos seres humanos normais e que perpetue seu sangue. Em sua procura, tortura e mata as mulheres que julga inferiores, bem como qualquer um que se interponha em seu caminho. Acompanha o curta O Universo de Mojica Marins, de Ivan Cardoso.


A sessão do dia 8 de março será comentada pelo jornalista Thomaz Albornoz.
  


Filme Demência, de Carlos Reichenbach (Brasil, 1985, 90 minutos)
Após assistir impotentemente à falência de sua pequena indústria de cigarros, Fausto mergulha no interior de si mesmo. Rompe com Doris, a esposa infiel, rouba o revólver do zelador do prédio em que mora, e sai pela noite de São Paulo em busca de Mira-Celi, seu paraíso imaginário. Uma original releitura do mito de Fausto pelo cineasta Carlos Reichenbach, em filme que é considerado sua obra-prima. Prêmio de melhor direção no Festival de Gramado.
  


A Margem, de Ozualdo Candeias (Brasil, 1967, 91 minutos)
Inspirado em acontecimentos reais publicados em jornais populares, o filme aborda o dia a dia da população pobre que vive às margens do rio Tietê, sob o ponto de vista de quatro personagens. Eles observam uma mítica mulher que desce o rio em uma canoa. Acompanha o curta Uma Rua Chamada Triumpho 969/70, de Ozualdo Candeias.





Meteorango Kid – Herói Intergalático, de André Luiz Oliveira (Brasil, 1969, 80 minutos)
O filme narra, de maneira anárquica e irreverente, as aventuras de Lula, um estudante universitário, no dia do seu aniversário. De forma absolutamente despojada, mostra, sem rodeios, o perfil de um jovem desesperado, representante de uma geração oprimida pela ditadura militar e pela moral retrógrada de uma sociedade passiva e hipócrita. O anti-herói intergalático atravessa este labirinto cotidiano através das suas fantasias e delírios libertários, deixando atrás de si um rastro de inconformismo e um convite à rebelião em todos os níveis.



MÉDIAS E CURTAS

Brasil, de Rogério Sganzerla (Brasil, 1981, 13 minutos)
Captado durante a gravação do décimo disco de João Gilberto, intitulado Brasil,  gravado no cinquentenário de seu nascimento, que contou com a participação de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia. A execução do disco em diferentes fases e distâncias, registradas em contraponto com flashes de personalidades da vida nacional, representa uma situação limite e indaga: O que é o Brasil? O que é o brasileiro?
Brasil, de Rogério Sganzerla
Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, de Djalma Limongi Batista (Brasil, 1968, 29 minutos)
Antônio perambula por São Paulo. À noite, encontra um parceiro na Galeria Metrópole, Isaías, para se relacionar sexualmente. Apesar da intensa relação que acontece entre os dois, Isaías pede que Antônio o mate.
Djalma Limongi Batista
Uma Rua Chamada Triumpho 969/70, de Ozualdo Candeias (Brasil, 1971, 11 minutos)
A região da Boca do Lixo paulistana e as pessoas do meio cinematográfico que por ali circulavam são registradas em fotografias de autoria do diretor Ozualdo Candeias.
Uma Rua Chamada Triumpho 969/70, de Ozualdo Candeias
Superoutro, de Edgard Navarro (Brasil, 1989, 48 minutos)
Um louco na rua tenta libertar-se da miséria que o assedia e acaba por subverter a própria lei da gravidade. Acompanha o curta Um Clássico, Dois em Casa, Nenhum Jogo Fora, de Djalma Limongi Batista.
Superoutro, de Edgard Navarro
O Universo de Mojica Marins, de Ivan Cardoso (Brasil, 1978, 26 minutos)
A vida e a obra do ator, diretor e produtor paulista José Mojica Marins, penetrando em seu estúdio e mostrando seu mundo.

O Universo de Mojica Marins, de Ivan Cardoso

GRADE DE HORÁRIOS
Primeira Semana
(5 a 10 de março)

5 de março (terça-feira)
15:00 – Meteorango Kid – Herói Intergalático
17:00 – O Bandido da Luz Vermelha + Brasil
19:00 – Filme Demência

6 de março (quarta-feira)
15:00 – Bang Bang
17:00 – Os Cafajestes
19:00 – A Margem + Uma Rua Chamada Triumpho 969/70

7 de março (quinta-feira)
15:00 – O Bandido da Luz Vermelha + Brasil
17:00 – Meteorango Kid – Herói Intergalático
19:00 – Os Cafajestes

8 de março (sexta-feira)
15:00 – Filme Demência
17:00 – Bang Bang
19:00 – Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver + O Universo de Mojica Marins (sessão comentada por Thomaz Albornoz)

9 de março (sábado)
15:00 – Meteorango Kid – Herói Intergalático
17:00 – O Bandido da Luz Vermelha + Brasil
19:00 – Filme Demência

10 de março (domingo)
15:00 – Os Cafajestes
17:00 – Superoutro
19:00 – A Margem + Uma Rua Chamada Triumpho 969/70


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