segunda-feira, 11 de junho de 2012

Festival Democracine abre dia 13 de junho discutindo o papel da imagem nos Processos Democráticos

A cidade de Porto Alegre se prepara para receber entre os dias 13 e 17 de junho de 2012 a primeira edição do Democracine - Festival Internacional de Cinema de Porto Alegre. Promovido pela Prefeitura de Porto Alegre e pelo Observatório Internacional de Democracia Participativa, em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, o Democracine tem o objetivo de difundir produções audiovisuais relacionadas à democracia participativa e ao aprofundamento da cidadania. O festival, que acontece na Sala P. F. Gastal e no CineBancários, tem sua programação formada por uma mostra competitiva de filmes de curta e média metragem e duas mostras paralelas (a Mostra Informativa e a Mostra Expressões da Revolução, que inclui ainda três exposições de arte na Galeria Lunara, na Galeria dos Arcos e na Galeria Iberê Camargo da Usina do Gasômetro), e pretende transformar a capital gaúcha em um centro de discussão sobre o papel da imagem no campo das lutas democráticas no mundo contemporâneo.
Em sua primeira edição, o Democracine privilegia seis eixos temáticos:
- Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
- Processos eleitorais
- Revoluções
- Democracia e trabalho
- O meio ambiente como campo de luta democrática
- Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos
A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro é a sede principal do Democracine, realizando as sessões oficiais de abertura e encerramento, além de receber a Mostra Competitiva, alternando programas das mostras paralelas e debates. Já o CineBancários recebe a programação da Mostra Informativa e da mostra paralela Expressões da Revolução, com filmes sobre a Primavera Árabe.

A cerimônia de abertura do Democracine acontece no dia 13 de junho, com coquetel a partir das 19h, e a exibição, às 21h, do documentário Tahrir, do diretor italiano Stefano Savona, que estará presente à sessão. Primeira produção de longa metragem a retratar o movimento dos rebeldes no Cairo, cujo epicentro ocorreu na praça Tahrir, o filme de Stefano Savona participou da última edição do Festival de Locarno e terá sua estreia no Brasil durante o Democracine. No sábado, dia 16 de junho, às 11h, na Sala P. F. Gastal, Savona participa do debate “Expressões da Revolução: A Primavera Árabe e o Impacto dos Movimentos Coletivos Pela Democracia”, ao lado do ativista tunisiano Lotfi Kaabi e do Prof. Paulo Visentini, da UFRGS, que na ocasião também estará lançando seu livro A Primavera Árabe: Entre a Democracia e a Geopolítica do Petróleo (Porto Alegre, Ed. Leitura XXI). Ainda no sábado, a partir das 20h, ocorre na Sala P. F. Gastal a cerimônia de premiação do festival, antecedida pela exibição do documentário grego Catastroika, produção de 2012 sobre a crise econômica na Grécia.

Toda a programação do Democracine é aberta ao público e tem entrada franca.

PROGRAMAÇÃO

  MOSTRA INFORMATIVA

A Mostra Informativa do 1º Democracine foi concebida para abrigar aqueles filmes que não poderiam se submeter à Mostra Competitiva, restrita a obras de curta ou média metragem produzidas a partir de 2010.  Por esta razão, procurou-se privilegiar trabalhos de longa metragem – 14 títulos no total –, complementados por 12 curtas e médias, também relacionados aos seis eixos temáticos definidos nesta primeira edição do Democracine.
         Além da relevância da abordagem dos temas e de sua qualidade cinematográfica, a seleção dos longas levou em conta sobretudo o ineditismo dos mesmos nas salas de cinema brasileiras, o que torna esta programação ainda mais atraente aos olhos do público.
         A revolta popular no Egito, a crise na Grécia, os conflitos entre Israel e Palestina, a repressão contra a livre expressão sexual, a luta dos ambientalistas, o resgate da memória de episódios traumáticos da história recente, como as ditaduras portuguesa e brasileira e seus anônimos protagonistas, ou as precárias condições de vida dos imigrantes na Europa são apenas algumas das grandes questões colocadas em discussão por estas produções. Um panorama rico e multifacetado, que atesta o quanto o cinema é uma arma poderosa para a construção dos processos democráticos no mundo contemporâneo.
LONGAS 
Budrus (Budrus), de Julia Bacha (Israel/Palestina, 2009, documentário, 70 minutos)
 Vilarejo na fronteira entre a Cisjordânia e Israel, Budrus ocupou as manchetes em 2003, quando foi palco de um inusitado protesto não-violento. O motivo foi o anúncio da construção de um muro pelos israelenses que destruiria oliveiras histórica e economicamente importantes. À frente do movimento estava Ayed Morrar, cuja liderança comunitária e pacifista uniu em torno da causa facções palestinas rivais, como a Fatah e o Hamas, e judeus progressistas.
Catastroika (Catastroika), de Aris Chatzistefanou e Katerina Kitidi (Grécia, 2012, documentário, 87 minutos)
Documentário que registra as consequências dos processos de privatização pelo mundo e seus efeitos na economia de diferentes países, em particular na Grécia, atual pivô da crise econômica na Europa. Entre as personalidades entrevistadas pelos diretores, estão nomes como Ken Loach, Naomi Klein, Slavoj Zizek e Luis Sepulveda, que discorrem sobre as consequências desastrosas da privatização massiva pelo mundo. Realizado através do sistema de crowd funding, com contribuições espontâneas de cidadãos gregos e de outros países europeus para o seu financiamento.
Cinema de Guerrilha, de Evaldo Mocarzel (Brasil, 2010, documentário, 72 minutos)
Um documentário sobre jovens de periferia que fazem cinema, realizam oficinas e promovem exibições alternativas de curtas-metragens para as comunidades.




Culturas de Resistência (Cultures of Resistance), de Iara Lee (Estados Unidos, 2010, documentário, 73 minutos)
Uma investigação pelo mundo sobre a arte como instrumento possível em busca da paz: passando pelo Irã, onde o grafite e o rap tornaram-se ferramentas para lutar contra o regime; Mianmar, onde monges lutam contra a ditadura; o Brasil, onde músicos vão às favelas para ensinar crianças carentes; e os campos de refugiados de palestinos no Líbano, onde a fotografia, a música e o cinema deram uma chance a vozes esquecidas.
Entre Homens – Gays na Alemanha Oriental (Unter Männern – Schwul in der DDR), de Ringo Rösener e Markus Stein (Alemanha, 2012, documentário, 91 minutos)
Retrato sobre a vida dos homossexuais na Alemanha comunista. Seis diferentes homens falam sobre como conseguiram exercer sua sexualidade, em um contexto em que o homossexualismo era tolerado mas não permitido.
Escola Normal (Escuela Normal), de Celina Murga (Argentina, 2012, documentário, 88 minutos)
Ao acompanhar o processo de eleição do conselho estudantil de uma escola de elite no interior da Argentina, a diretora Celina Murga promove uma sutil exploração do contraste entre ideias políticas, ideologias institucionais e sua implementação na vida cotidiana.

Memória Cubana, de Alice de Andrade e Ivan Nápoles (Brasil/França/Cuba, documentário, 71 minutos)
Através dos arquivos do cinejornal cubano Noticieros ICAIC Latinoamericanos, o filme mostra os acontecimentos mais marcantes da segunda metade do século XX vistos pelas lentes dos documentaristas da ilha. Em 2009, os negativos originais dos Noticieros ICAIC Latinoamericanos foram declarados “memória do mundo” pela Unesco.
 
Osmarino Amâncio: Filho da Floresta, de Adelino Matias e Emiliano Leal (Brasil, 2011, documentário, 85 minutos)


A vida e atuação do líder seringueiro Osmarino Amâncio no movimento de defesa da Floresta Amazônica. Nascido e criado no Acre, desde cedo ele acompanhou a exploração na qual os seringueiros viviam, testemunhou o início da invasão de grandes latifundiários na Amazônia e suas consequências na floresta. Vivendo sob constantes ameaças, Osmarino é até hoje uma voz atuante em defesa de uma floresta autossustentável, preservada para as futuras gerações.

Outra Europa (Altra Europa), de Rossana Schillaci (Itália, 2011, documentário, 75 minutos)
Em Turim, cidade industrial no norte da Itália, uma clínica abandonada abriga mais de 200 refugiados africanos, cujas duras condições de vida são reveladas neste documentário.


Pense Global, Aja Rural (Think Global, Act Rural – Solutions Locales pour un Désordre Global), de Coline Serreau (França, 2010, documentário, 113 minutos)
Durante três anos, a diretora Coline Serreau viajou pelo mundo para encontrar e entrevistar fazendeiros, filósofos e economistas que estão inventando e experimentando com sucesso soluções para lidar com o desgaste da terra. Entre eles, Pierre Rabhi, Claude e Lydia Bourguignon (na França), os trabalhadores sem-terra e a professora Ana Primavesi (no Brasil), e Vandana Shiva (na Índia).
 
Quem Vai à Guerra, de Marta Pessoa (Portugal, 2011, documentário, 129 minutos)
Passados 50 anos do início das guerras coloniais portuguesas, também conhecidas como Guerra da África, o conflito é ainda hoje um assunto delicado e apoiado em um discurso exclusivamente masculino – como se a guerra pertencesse e afetasse apenas seus ex-combatentes. Contado pelas mulheres que ficaram à espera, foram à África voluntariamente para acompanhar seus parceiros ou trabalharam nas frentes de batalha, o documentário apresenta um discurso feminino sobre o conflito que marcou uma geração.

Sobre o Poder (Del Poder), de Zaván (Espanha, 2011, documentário, 72 minutos)
Em 2001, o confronto entre o Estado e os movimentos sociais em Genebra desvenda uma espécie de natureza do poder. A repressão policial foi a resposta ao maior protesto realizado até então. Trezentos mil manifestantes enfrentaram o lado mais violento da democracia.  
 
Soldados a Caminho do Puteiro – Memórias de uma Guerra Quase Imaginária, de Hermes Leal (Brasil, 2011, documentário, 78 minutos)
A Guerrilha do Araguaia é vista por meio da história pessoal do diretor, que volta à cidade onde viveu até os 12 anos de idade. Naquela época, sua rua era tomada por militares. O filme refaz a guerra através do imaginário dos moradores, em busca de memórias e lembranças da época. Muitos ali não sabiam muito bem o que se passava, enquanto outros faziam parte do palco da guerra.  
Tahrir (Tahrir), de Stefano Savona (França/Itália/Egito, 2011, documentário, 90 minutos)
Os acontecimentos que eclodiram na Praça Tahir, no Cairo, registrados no calor da hora, no olho do furacão. 










CURTAS E MÉDIAS 
Babás, de Consuelo Lins (Brasil, 2010, documentário, 20 minutos)
Fotografias, filmes de família e anúncios de jornais do século XX constroem uma narrativa pessoal sobre a presença das babás no cotidiano de inúmeras famílias brasileiras. Uma situação em que o afeto é genuíno, mas não dissolve a violência, evocando em alguns aspectos nosso passado escravocrata. 



Democracia e Participação (Democracia y Participación), de Iván Zambrano (Venezuela, 2004, documentário, 13 minutos)
Através de testemunhos e opiniões diretas de líderes comunitários, um retrato sobre o Orçamento Participativo na Venezula, mostrando o quanto a ideia de democracia se aprofunda a partir da participação popular.  

Em Nome do Filho, de Eduardo Canto Machado e Tanira Lebedeff (Estados Unidos/Brasil, 2005, documentário, 23 minutos)
Documentário que mostra o movimento pacifista e de oposição às guerras no Iraque e no Afeganistão, liderado por organizações não-governamentais e por cidadãos comuns que foram tragicamente afetados pelos conflitos.
Mais do que um Teto (More Than a Roof), de Rachel Falcone, Michael Premo e Phil Wider (Estados Unidos, 2011, documentário, 38 minutos)
Documentário que retrata os movimentos de direito à moradia, conduzido pela atuação da urbanista brasileira Raquel Rolnik, uma das maiores autoridades mundiais sobre o tema.
 
Marcovaldo, de Cíntia Langie e Rafael Andreazza (Brasil, 2010, ficção, 14 minutos)
Um dia na vida do gari Marcovaldo, um trabalhador brasileiro comum, buscando mostrar uma realidade que, apesar de cotidiana, nem todos percebem. 


OP Belô, de João Ramos de Almeida (Brasil, 2010, documentário, 56 minutos) 
Documentário sobre o Orçamento Participativo de Belo Horizonte, que reflete sobre as variadas contradições desse processo e os conflitos que se geram até a decisão final da escolha das obras a serem contempladas.
Povo Marcado, de Werinton Kermes e Luciana Lopez (Brasil, 2008, documentário, 30 minutos) 
Documentário sobre programa de rádio feito por presidiárias em São Paulo. O resultado faz emergir nos meios de comunicação um universo de vozes caladas, que desejam ser ouvidas, por mais incômodas que possam ser as mensagens que elas veiculam.
Programa Especial “Na Boa em Poa”



Seleção de curtas realizados em comunidades das regiões de Porto Alegre.
Direito no Cárcere, de Carmela Grune (Brasil, 2012, documentário, 10 minutos)
Documentário que aborda as plataformas de expressão dos detentos em tratamento de dependência química no Presídio Central de Porto Alegre, refletindo sobre a necessidade de quebrar as algemas mentais da sociedade que transfere a pena para a família, excluindo muitas vezes o detento da possibilidade de reinserção social.
Diga Paz, direção coletiva (Brasil, 2011, documentário,  4 minutos)
Realização coletiva, assinada por alunos de uma escola da rede municipal de Porto Alegre, que adapta para a linguagem audiovisual o livro Diga Paz. 
A Múmia, direção coletiva (Brasil, 2007, ficção, 6 minutos)
Depois de um acidente em posto de revenda de gás, rapaz fica em com. Um dia, sem que qualquer pessoa o veja, ele acorda e sai caminhando pelo bairro Restinga. Curta de ficção realizado por alunos de escola da rede municipal de Porto Alegre.
Qual Cinema?, de Augusto Cezar Santos (Brasil, 2004,ficção, 8 minutos)
A vida da menina Eliane e seu desejo em conhecer uma sala de cinema, sonho compartilhado por grande parte da população da Restinga, bairro de grande população de Porto Alegre, e sem uma sala de cinema. 
Quem Somos Nós, direção coletiva (Brasil, 2012, documentário)
Os alunos adolescentes de uma escola especial da rede municipal de ensino falam sobre seus sonhos, objetivos e dificuldades.
MOSTRA COMPETITIVA
ACERCADACANA, de Felipe Peres Calheiros (Brasil, documentário, 2010, 20 minutos)
A luta de Maria Francisca, uma pequena agricultora que vive no interior de Pernambuco, para permanecer em suas terras, enfrentando os desmandos de uma grande empresa multinacional. Com o auxílio da Ordem dos Advogados do Brasil, e sem medo de colocar em risco a sua vida, ela resiste. A história de uma heroína anônima, que não se curva diante dos poderosos para garantir seus direitos.Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos/O meio ambiente como campo de luta democrática 
ALÉM DO ATEU E DO ATEÍSMO, de Carine Immig e Fábio Goulart (Brasil, 2011, documentário, 20 minutos)
Ateus não são pessoas más, e o ateísmo não é ruim para a sociedade. Seis pessoas, ateus ou não, falam sobre ateísmo, preconceito, moral, família e como lidar com o assunto. Uma discussão sobre um tema polêmico, que defende o direito ao livre pensamento e à escolha.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia

BAILÃO, de Marcelo Caetano (Brasil, 2010, documentário, 16 minutos)
A memória de uma geração visitada por seus personagens. O cenário é o centro de uma grande cidade, e o Bailão o ponto de convergência desses relatos. Um documento sobre o início dos movimentos de defesa da livre expressão sexual no Brasil, a partir da história de um dos primeiros bares destinados ao público homossexual em São Paulo.
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos
O CIDADÃO CARYUKA, de Hélio Rodrigues (Brasil, 2011, documentário, 10 minutos)
Marcelo Fontes do Nascimento ficou paraplégico em 2000 durante um assalto no bairro da Tijuca no Rio de Janeiro, sendo alvejado por 9 tiros de fuzil. Um retrato do músico, letrista e ativista cultural, ideólogo das bandas O Rappa e F.U.R.T.O., Marcelo Yuka. Um bravo homem da cultura brasileira que expõe suas ideias pela liberdade de expressão com informação e engajamento artístico.
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos/Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
CIO DA TERRA, de Cacá Nazário (Brasil, 2010, documentário, 42 minutos)
Um documentário que investiga a utopia social dos anos 70 e 80, tendo como referência um evento cultural que reuniu 15 mil jovens em Caxias do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, em 1982. A partir de depoimentos de participantes, organizadores e artistas e de imagens de um filme super-8 realizado durante o evento, discute-se política, literatura, música, cinema, teatro, dança e os movimentos sociais que estavam surgindo no início dos anos 80: ecologia, feminismo, homossexualismo.    
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos/Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
DAS 9 ÀS 5, de Rodrigo Lacerda e Rita Alcaire (Portugal, 2011, documentário, 50 minutos)Em Portugal existem centenas de trabalhadores a quem não é reconhecida proteção da lei a nível laboral e civil: os profissionais do sexo. Esta situação não se deve a questões de foro legal mas sim culturais, sociais e morais. Embora exista um grande número de clientes a recorrer aos seus serviços, a sua profissão ou o negócio em que esta está inserida ainda são considerados ilegais.Eixo temático: Democracia e trabalho
O FIM DO RECREIO, de Nélio Spréa e Vinicius Mazzon (Brasil, 2012, ficção, 17 minutos)
No Congresso Nacional, um projeto de lei pretende acabar com o recreio escolar. Ao mesmo tempo, em uma escola municipal de Curitiba, um grupo de crianças pode mudar toda essa história. Recheado de vibrantes brincadeiras infantis, O Fim do Recreio é um curta-metragem para todos os públicos, que celebra a mobilização coletiva como o melhor caminho para a sociedade assegurar seus direitos.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
A FLORESTA VIRADA EM PÓ, de André de Oliveira (Brasil, 2011, documentário, 35 minutos)
Violação aos direitos humanos e degradação da natureza andam juntos quando o tema é territórios ocupados pelas corporações de mineração e produção de alumínio. Uma reportagem cinematográfica que vai até as comunidades de ribeirinhos para avaliar os impactos sociais e ambientais que a indústria do alumínio provoca desde a década de 80 no Brasil, revelando casos de ameaças aos povos tradicionais e aos trabalhadores da indústria e dando voz aos afetados.
Eixo temático: O meio ambiente como campo de luta democrática
INSIDE THE CITY OF THE DEAD, de Barbara Urbano (Itália, 2011, documentário, 35 minutos)
O destino dos moradores de um bairro popular do Cairo, no Egito, habitado por quase 1 milhão de pessoas, é ameaçado por reformas motivadas pela especulação imobiliária. Para garantir os direitos dos moradores, um grupo de arquitetos e urbanistas trabalha para assegurar seus direitos e lhes garantir melhores condições de vida.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia/O meio ambiente como campo de luta democrática
JANELA MOLHADA, de Marcos Enrique Lopes (Brasil, 2010, documentário, 22 minutos)
A história do início da formação da cinematografia nacional brasileira e os esforços de preservação desses acervos, que revelam o quanto a imagem cinematográfica sempre foi usada como importante ferramenta de legitimação dos poderes oligárquicos. As pessoas que trabalham anonimamente para assegurar a sobrevivência dessas imagens são heróis que zelam pela memória cultural do país.
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos
JUSTICIA, de Andrea Ruffini (Bolívia, 2010, documentário, 20 minutos)
Com a Nova Constituição Política do Estado, a Bolívia reconhece a igualdade hierárquica entre a justiça ordinária e a indígena. A justiça indígena, mais conhecida como comunitária, é muitas vezes sinônimo de linchamento. Através de processos de justiça indígena na região de Potosi e reuniões de diálogo entre os representantes das duas justiças em todo o país, uma investigação sobre a situação de pluralismo jurídico na Bolívia.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia

KILOMBOS, de Paulo Nuno Vicente (Portugal, 2012, documentário, 48 minutos)
Através de entrevistas realizadas em diferentes países, um painel sobre a herança cultural negra e sua resistência em núcleos quilombolas. Uma tentativa de cartografia antropológica que revela ao espectador os antagonismos do Brasil contemporâneo.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia
 
MARIA DA PENHA: UM CASO DE LITÍGIO INTERNACIONAL, de Felipe Diniz (Brasil, documentário, 2011, 13 minutos)
Em 29 de maio de 1983, Maria da Penha sofreu uma tentativa de homicídio por parte de seu marido. Até 1998 não havia uma solução definitiva para o caso. Com o auxílio de grupos de defesa dos direitos humanos, Maria da Penha levou o caso para as instâncias internacionais de direitos humanos. Este documentário recupera esta história e traz à tona uma das lutas mais representativas contra a violência doméstica na América Latina.
Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos



MEDIA TRAINING, de Rodrigo Silveira e Eloar Guazzelli Filho (Brasil, 2011, animação, 12 minutos)

Um aspirador de pó, grande lançamento mundial de uma multinacional, é usado em uma sessão de tortura em Abu Grahib e a foto do torturado cai na internet. A diretora de comunicação da empresa deve, no dia de Natal, reverter a situação. Um contundente e irônico manifesto contra a política intervencionista dos Estados Unidos.


Eixo temático: Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos

MEMORIAM – UM FILME SOBRE UMA CIDADE INVENTADA, de Johil Carvalho e Sérgio Lacerda (Brasil, 2011, documentário, 10 minutos)
Uma viagem sensorial a uma cidade inventada, por meio de sons, imagens, depoimentos e a música do maestro Jorge Antunes. Um ensaio visual sobre a capital do Brasil, Brasília, em seu aniversário de 50 anos.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia


NON CONVENTIONNEL, de Pierre Stoeber (França, 2012, documentário, 18 minutos)Documentário sobre militante ecológico que viaja pelo interior da França para alertar sobre as consequências da exploração de recursos energéticos no mundo contemporâneo. Um tema sério, tratado com bom humor e de modo pouco convencional.Eixo temático: O meio ambiente como campo de luta democrática

A OUTRA GUERRA, de Elsa Sertório e Ansgar Schäfer (Portugal, documentário, 48 minutos)
Nas décadas de 60 e 70, em plena guerra colonial, os jovens portugueses tiveram de optar entre a guerra ou a pesca do bacalhau. Através de uma viagem, hoje, a bordo do último barco português da pesca do bacalhau – o Creoula –, três antigos pescadores contam as razões das suas escolhas, recordam as campanhas de seis intermináveis meses nas águas geladas dos bancos da Terra Nova e as duras condições de vida e de trabalho da sua juventude.
Eixo temático: Democracia e trabalho/Memórias de lutas, grandes lutadores e heróis desconhecidos
RESPEITO, de Carolina da Costa (Brasil, 2012, documentário, 16 minutos)
Incluindo ou excluindo? Respeito mostra ao mundo dificuldades que, ainda hoje, o surdo encontra para ter o que lhe é de direito: uma educação digna. Em meio a relatos da vivência e de experiências, o tema da inclusão de deficientes auditivos na perspectiva de quem mais a conhece, o surdo e suas famílias.
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia/Democracia e trabalho

RODA MUNDO, de Antônio Francisco (Brasil, 2010, documentário, 17 minutos)
A percepção urbana de Brasília e seus caminhos vistos pelos olhos de uma cozinheira moradora de Samambaia e usuária de ônibus, de um encarregado de obras da Ceilândia que tem o carro como meio de transporte e de um catador de latinhas morador de rua, usuário da bicicleta como locomoção e ferramenta de trabalho.  
Eixo temático: Cidadanias insurgentes e ação coletiva na prática cotidiana da democracia/O meio ambiente como campo de luta democrática
O VOO DA PAPOILA, de Nuno Portugal (Portugal, 2011, ficção, 15 minutos)
Uma simples fotografia e uma canção unem para sempre três personagens:
o fotógrafo Sebastião, o soldado Joaquim e o menino Rui, que se tornam, através de uma foto, ícones da esperança da Revolução de Abril.
O que é feito dessa esperança 30 anos depois?
O curta é inspirado na popular canção Somos Livres, de Ermelinda Duarte, que foi um dos símbolos da Revolução de Abril.
Eixo temático: Revoluções

grade de programação

Programação Sala P. F. Gastal
(Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar – Usina do Gasômetro)

13 de junho (quarta-feira)

21:00 – Tahrir (sessão de abertura, com a presença do diretor Stefano Savona

14 de junho (quinta-feira)

14:00 – Roda de Conversa “Com Qual Direitos Peço Licenças?”

17:00 – Mostra Expressões da Revolução (1/2 Revolution + The Princess + A Letter to a Lover + Kekh + The Rebels of Libya + The Gun Markets of Pakistan)

19:00 – Mostra Competitiva 1 (O Cidadão Caryuka + Janela Molhada + Media Training + Roda Mundo + Além do Ateu e do Ateísmo)

21:00 – Mostra Competitiva 2 (Maria da Penha – Um Caso de Litígio Internacional + Dentro da Cidade dos Mortos + A Outra Guerra)
 

15 de junho (sexta-feira)

15:00 – Mostra Informativa (Mais do que um Teto + Outra Europa)

17:00 – Mostra Expressões da Revolução (Teenage Riot: May Day in Eskilstuna + Teenage Riot: Athens + Don’t Resign + Pakistan After Bin Laden)

19:00 – Mostra Competitiva 3 (O Vôo da Papoila + Justiça + Das 9 às 5)

21:00 – Mostra Competitiva 4 (Acercadacana + Não Convencional + A Floresta Virada em Pó + Kilombos)

16 de junho (sábado)

11:00 – Debate “Expressões da Revolução: A Primavera Árabe e o Impacto dos Movimentos Coletivos Pela Democracia”, com Sefano Savona, Lotfi Kaabi e Paulo Visentini

15:00 – Mostra Informativa (Programa Na Boa em POA)

17:00 – Mostra Competitiva 5 (Respeito + Cio da Terra + Memoriam – Um Filme Sobre uma Cidade Inventada + O Fim do Recreio + Bailão)

20:00 – Filme de encerramento (Catastroika) e cerimônia de premiação

17 de junho (domingo)

15:00 – Mostra Informativa (Budrus)

17:00 – Mostra Expressões da Revolução (Next Music Station: Morroco + Volume + More or Less)

19:00 – Mostra Informativa (Sobre o Poder)


Programação CineBancários(Rua General Câmara, 424)

14 de junho (quinta-feira)15:00 – Mostra Informativa (Pense Global, Aja Rural)
17:00 – Mostra Expressões da Revolução (Next Music Station: Libano + Teenage Riot: Spain's Neo-Revolutionaries)
19:00 – Mostra Informativa (Quem Vai à Guerra)


15 de junho (sexta-feira)15:00 – Mostra Informativa (Osmarino Amâncio: Filho da Floresta)
17:00 – Mostra Expressões da Revolução (The Trip + Ahmed Sherif Documentary + Tahrir)
19:00 – Mostra Informativa (Soldados a Caminho do Puteiro – Memórias de uma Guerra Quase Imaginária)


16 de junho (sábado)15:00 – Mostra Informativa (Entre Homens – Gays na Alemanha Oriental)
17:00 – Mostra Informativa (Babás + Culturas de Resistência)
19:00 – Mostra Informativa (Memória Cubana)


17 de junho (domingo)15:00 – Mostra Informativa (Escola Normal)
17:00 – Mostra Informativa (Em Nome do Filho + Cinema de Guerrilha)
19:00 – Mostra Informativa (Babás + Culturas de Resistência)

Programação Democracine nas Comunidades
Às vésperas de seu lançamento, o Democracine circulou pelas comunidades populares de Porto Alegre, aquecendo a cidade para receber o festival. Já durante os dias do evento, num roteiro que atinge diferentes bairros e regiões de Porto Alegre, o programa Na Boa em POA exibe vídeos produzidos por jovens que foram enviados ao festival com vistas à divulgação dos trabalhos. Também acontece, durante a programação oficial do festival, um debate sobre direitos autorais, copyright, licenças livres, creative commons e democratização da informação.

14 de junho (quinta-feira)10:00 – Democracia e Participação + OP Belô
Local: CESMAR (Estrada Antônio Severino, 1493 – Bairro Mário Quintana)
14:00 – Roda de conversa “Com Qual Direitos Peço Licenças?”, com a participação de Giba Assis Brasil, Gustavo Turck, Jeanette Mary Reinhardt, Lucas Alberto Souza Santos, Luiz Alberto Cassol, Srecko Horvat e Vitor Ortiz (mediação de Ben Berardi)
Local: Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar)


15 de junho (sexta-feira)10:00 – Marcovaldo + Babás + Povo Marcado
Local: ETE (Avenida AJ Renner, 495 – Bairro Humaitá)


16 de junho (sábado)

10:00 – Babás + Direito no Cárcere + Povo Marcado
Local: Centro Infanto Juvenil Zona Sul (Rua Capivari, 2020 – Bairro Cruzeiro)
15:00 – Programa de Curtas Na Boa em POA (Direito no Cárcere + A Múmia + Qual Cinema? + Quem Somos Nós + Diga Paz)
Local: Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar)

Debates+ Lançamento de Livro

13 de junho (quarta-feira)15:00 – Debate “À Procura de Democracias de Alta Intensidade, a Partir das Contribuições das Artes Visuais”, com Carol Roy, Deisimer Gorczevski, Giovanni Allegretti, Jeanette Mary Reinhardt, Marianne Khalili Roméo e Srecko Horvat
Local: Centro Municipal de Cultura (Avenida Erico Verissimo, 307)

14 de junho (quinta-feira)14:00 – Roda de conversa “Com Qual Direitos Peço Licenças?”, com a participação de Giba Assis Brasil, Gustavo Turck, Jeanette Mary Reinhardt, Lucas Alberto Souza Santos, Luiz Alberto Cassol, Srecko Horvat e Vitor Ortiz (mediação de Ben Berardi)
Local: Sala P. F. Gastal (Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar – Usina do Gasômetro)

16 de junho (sábado)11:00 – Debate “Expressões da Revolução: A Primavera Árabe e o Impacto dos Movimentos Coletivos Pela Democracia”, com Stefano Savona, Lotfi Kaabi e Paulo Visentini, seguido de lançamento do livro A Primavera Árabe: Entre a Democracia e a Geopolítica do Petróleo, de Paulo Visentini (Porto Alegre, Ed. Leitura XXI)
Local: Sala P. F. Gastal (Avenida Presidente João Goulart, 551/3º andar – Usina do Gasômetro)


Um comentário :

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