A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) recoloca em cartaz a partir de terça-feira, 19 de junho, o documentário Danúbio, de Henrique de Freitas Lima, sobre o artista plástico Danúbio Gonçalves, que divide sessões com uma programação que apresenta títulos que se destacaram na programação do I Democracine – Festival Internacional de Cinema de Porto Alegre (a ser fechada no domingo, após a divulgação da premiação). No sábado, dia 23, às 17h, o cinema da Usina do Gasômetro também sedia o lançamento da revista de crítica de cinema Aurora, promovendo a exibição do filme Senhorita Oyu, de Kenji Mizoguchi.
Parceria entre o mestre Danúbio Gonçalves e o diretor de cinema Henrique de Freitas Lima (Lua de Outubro - 1997, Concerto Campestre - 2004, Contos Gauchescos – 2012), o primeiro episódio da Série Grandes Mestres, Danúbio, está chegando às telas. O projeto a quatro mãos tomou forma e o desejo do artista de ver sua trajetória documentada na linguagem do cinema está concretizado.
As primeiras tomadas ocorreram em Torres, espécie de segundo lar de Danúbio, acompanhando sua relação com a cidade e os festivais de balonismo que geraram duas séries de pinturas. Foram seguidas por períodos alternados no atelier do artista no bairro de Petrópolis, em Porto Alegre, e Bagé.
A grande atração do filme, entretanto, é a realização de um sonho antigo: o encontro com uma das maiores influências de sua carreira, o México e seus artistas. Integrante da geração que chegou à idade adulta na quarta década do século XX, Danúbio, como seus contemporâneos Carlos Scliar, Vasco Prado, Glênio Bianchetti e Glauco Rodrigues, foi influenciado pelos artistas engajados mexicanos, gente da estirpe de Diego Rivera, José Clemente Orozco e David Siqueiros. Mais do que estes, conhecidos por suas pinturas e murais, quem realmente tocou os gaúchos foi o grupo reunido no Taller de Arte Grafica Popular sob a liderança do gravador Leopoldo Mendez. A arte engajada de Mendez e seu grupo, com quem Carlos Scliar conviveu na Europa durante o Congresso dos Artistas e Intelectuais pela Paz de Varsóvia, em 1948, forneceu a matéria prima para iniciativas coletivas como o legendário Clube de Bagé . No momento em que o grupo buscava uma arte figurativa que pudesse se contrapor ao modelo que se impunha a partir do abstrativismo e das Bienais de São Paulo, o exemplo dos mexicanos serviu como uma luva.
GRADE DE HORÁRIOS
19 a 24 de junho de 2012
19 a 24 de junho de 2012
Terça-feira (19 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio
Quarta-feira (20 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio
Quinta-feira (21 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio
Sexta-feira (22 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio
20:00 – Projeto Raros (aguarde divulgação)
Sábado (23 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Lançamento da revista Aurora, seguido de exibição do filme Senhorita Oyu, de Kenji Mizoguchi, e debate com os editores da revista
Domingo (24 de junho)
15:00 – Danúbio
17:00 – Destaques do 1º Democracine
19:00 – Danúbio
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