sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Classicos do Cinema Politico Brasileiro


Após um pequeno recesso de férias, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) retoma sua programação com uma mostra reunindo uma série de títulos clássicos do cinema brasileiro.
Entre longas de diretores como Glauber Rocha, Arnaldo Jabor e Denoy de Oliveira, a mostra Clássicos do Cinema Político Brasileiro também inclui um programa de curtas que marcaram época, como Aruanda, de Linduarte Noronha, Arraial do Cabo, de Paulo César Saraceni, Bla Bla Bla..., de Andrea Tonacci, e Ilha das Flores, de Jorge Furtado.
A programação é uma das atividades paralelas do Fórum Social Mundial, que acontece a partir do dia 25 de janeiro na Usina do Gasômetro. A presente mostra tem o apoio do Ministério da Cultura, através do projeto Programadora Brasil, destinado a promover a difusão de filmes brasileiros.

PROGRAMAÇÃO

Conterrâneos Velhos de Guerra, de Vladimir Carvalho (Brasil, 1990, 168 minutos)
Documentário sobre os operários envolvidos na construção de Brasília, dirigido por um dos mais importantes diretores dedicados ao gênero no país, Vladimir Carvalho. Carvalho levou 20 anos para concluir seu filme, devido a problemas com a censura. Lançado durante os anos Collor, o filme teve circulação restrita na época, mas hoje já é visto como um clássico do gênero. Exibição em DVD.

Tudo Bem, de Arnaldo Jabor (Brasil, 1978, 110 minutos)
Família de classe média realiza reforma em seu apartamento. A convivência com os operários envolvidos na obra dá origem a conflitos de diferente natureza, em filme que serve como metáfora do Brasil durante os anos da ditadura militar. No elenco, Fernanda Montenegro, Paulo Gracindo, Regina Casé, Zezé Motta, Stênio Garcia e Paulo César Pereio. Exibição em DVD.


O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, de Glauber Rocha (Brasil, 1969, 99 minutos)
O matador de cangaceiros Antônio das Mortes, personagem do filme mais conhecido de Glauber Rocha, Deus e o Diabo na Terra do Sol, arrepende-se de seu passado de sangue a serviço dos poderosos e enfrenta um coronel (Joffre Soares) para libertar os habitantes de um lugarejo miserável no interior do Nordeste. Primeira produção a cores dirigida por Glauber, foi o filme que lhe assegurou o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes.
Com Maurício do Valle, Othon Bastos, Joffre Soares, Hugo Carvana e Odete Lara. Exibição em DVD.

Coronel Delmiro Gouveia, de Geraldo Sarno (Brasil, 1977, 90 minutos)
Elogiada cinebiografia que recupera a história do empresário Delmiro Gouveia, que no início do século 20 enfrentou o poder dos coronéis e da indústria internacional. Perseguido por suas idéias avançadas, Gouveia seria assassinado em 1917, graças a um complô envolvendo políticos e empresários ingleses. Com Rubens de Falco, Isabel Ribeiro, José Dumont e Sura Berditchevski. Exibição em DVD.

O Baiano Fantasma, de Denoy de Oliveira (Brasil, 1984, 100 minutos)
O paraibano Lambusca chega a São Paulo à procura do conterrâneo Antenor e logo entra em contato com o submundo e as misérias da grande metrópole. Um dos mais elogiados e menos conhecidos filmes da história do cinema brasileiro. Prêmio de melhor filme, melhor diretor e melhor ator para José Dumont no Festival de Gramado. Exibição em DVD.

Jango, de Sílvio Tendler (Brasil, 1984, 115 minutos)
Clássico do documentário brasileiro que traça um perfil abrangente do presidente João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964. Exibição em DVD.

Alma Corsária, de Carlos Reichenbach (Brasil, 1993, 111 minutos)
Através da amizade de dois poetas, o diretor Carlos Reichenbach faz um inventário de três décadas da história recente do Brasil. Um filme de resistência, realizado durante a maior crise do cinema brasileiro, após o período Collor. Exibição em DVD.

Programa de Curtas (115 minutos)

Um programa reunindo seis curtas-metragens que marcaram época, realizados entre 1960 e 1989. Exibição em DVD.
Aruanda, de Linduarte Noronha (Brasil, 1960, 22 minutos)
No sertão da Paraíba, os descendentes de um antigo quilombo formado em meados do século XIX vivem em condições precárias. Um dos precursores do Cinema Novo.

Arraial do Cabo, de Paulo César Saraceni e Mário Carneiro (1959, 17 minutos)
A vida e as condições de trabalho de um grupo de pescadores são alteradas pela chegada de uma fábrica no local. O fotógrafo Mário Carneiro inspirou-se nas gravuras de Oswaldo Goeldi para criar a bela fotografia em preto e branco do filme.

Bla Bla Bla…, de Andrea Tonacci (Brasil, 1968, 26 minutos)
Num momento de crise, um ditador (Paulo Gracindo), faz um longo pronunciamento na televisão.

Brasília, Contradições de uma Cidade Nova, de Joaquim Pedro de Andrade (Brasil, 1967, 23 minutos)
Filme-ensaio realizado em Brasília no sexto ano após a sua inauguração. O diretor Joaquim Pedro de Andrade tenta descobrir até que ponto uma cidade planejada, símbolo do progresso e dos anseios democráticos de um país emergente, é capaz de reproduzir as desigualdades sociais existentes em outras regiões do Brasil.
Couro de Gato, de Joaquim Pedro de Andrade (Brasil, 1960, 15 minutos)
Na favela carioca, meninos caçam gatos para vender seu couro para fabricantes de tamborins. Um dos episódios do longa Cinco Vezes Favela, filme coletivo que lançou as bases do Cinema Novo.
Ilha das Flores, de Jorge Furtado (Brasil, 1989, 12 minutos)
A trajetória de um tomate serve de pretexto para o diretor Jorge Furtado criar um impactante ensaio sobre as contradições sociais do país. Premiado no Festival de Berlim, foi o filme que revelou para o mundo o talento de Furtado.

GRADE DE HORÁRIOS

26 de janeiro (terça-feira)
Sala reservada para evento fechado do Ministério da Cultura

27 de janeiro (quarta-feira)
15:00 – Jango
17:00 – O Baiano Fantasma
19:00 – Tudo Bem

28 de janeiro (quinta-feira)
15:00 – Coronel Delmiro Gouveia
17:00 – Programa de Curtas
19:00 – Sessão Especial Jornal Boca de Rua, seguida de debate

29 de janeiro (sexta-feira)
15:00 – Alma Corsária
17:00 – O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro
19:00 – Exibição do média-metragem Diversa Cidade, de Renata Heinz, seguida de debate

30 de janeiro (sábado)
15:00 – O Baiano Fantasma
17:00 – Tudo Bem
19:00 – Coronel Delmiro Gouveia

31 de janeiro (domingo)
15:00 – Programa de Curtas
17:00 – Alma Corsária
19:00 – Conterrâneos Velhos de Guerra

3 de fevereiro (quarta-feira)
15:00 – Jango
17:00 – O Baiano Fantasma
19:00 – Tudo Bem

4 de fevereiro (quinta-feira)
15:00 – Coronel Delmiro Gouveia
17:00 – Programa de Curtas
19:00 – Jango

5 de fevereiro (sexta-feira)
15:00 – Alma Corsária
17:00 – O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro
19:00 – Projeto Raros (Ser ou Não Ser, de Ernst Lubitsch)

6 de fevereiro (sábado)
15:00 – O Baiano Fantasma
17:00 – Programa de Curtas
19:00 – Coronel Delmiro Gouveia

7 de fevereiro (domingo)
15:00 – Programa de Curtas
17:00 – Tudo Bem
19:00 – Conterrâneos Velhos de Guerra

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