quarta-feira, 18 de março de 2009

Seminário Sobre a Crítica Cultural no Rio Grande do Sul

O ESTADO DA CRÍTICA

Seminário Sobre a Crítica Cultural no Rio Grande do Sul
24 a 28 de março de 2009 (debates)

24 de março a 5 de abril de 2009 (mostra de filmes)

Local: Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar)

A ACCIRS – Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e a Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, através da sua Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia, realizam na próxima semana o seminário O Estado da Crítica. O evento, que faz parte da programação oficial da Semana de Porto Alegre, pretende discutir a relação de quem cria e é criticado nas cinco grandes áreas da cultura e das artes no Rio Grande do Sul: Cinema, Literatura, Artes Plásticas, Artes Cênicas e Música.

O seminário buscará ir além da mera constatação da falta de espaço na imprensa, propondo questões como: O artista/realizador/escritor é receptivo à crítica negativa e positiva? O crítico consegue ser imparcial mesmo quando o criticado mora na mesma cidade (e eventualmente é seu amigo?), a crítica exercida na Internet tem mais ou menos
poder de fogo que a do jornal? O crescimento do número de espaços de crítica na Internet impacta o mercado das artes e da cultura? Somos um Estado provinciano quanto à crítica? Como a crítica recebe críticas?

Os debates irão acontecer a partir de terça-feira, dia 24 de março, na Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar). Na noite de abertura, dedicada ao cinema, será apresentado às 19 horas o documentário Crítico, de Kleber Mendonça Filho. Exibido no ano passado no Festival de Gramado, o documentário de Kleber Mendonça Filho reúne entrevistas com cineastas e críticos de cinema de várias nacionalidades, colhidas pelo diretor (que é crítico de cinema do Jornal do Comércio de Recife, além de cineasta premiado internacionalmente por curtas como Vinil Verde e Eletrodoméstica) ao longo de uma década. Após a sessão, acontece o debate, com a participação de Beto Souza, Milton do Prado, Daniel Feix e Ivonete Pinto (a mediação será de Marcus Mello). A programação tem seguimento com os debates dedicados às áreas da literatura (quarta-feira, dia 25, às 19 horas), artes plásticas (quinta-feira, dia 26, às 19 horas), artes cênicas (sexta-feira, dia 27, às 19 horas) e música (sábado, dia 28, às 17 horas).

Além dos debates, o evento O Estado da Crítica inclui uma mostra de filmes dirigidos por críticos ou ex-críticos de cinema, que se estende até o dia 5 de abril, também na Sala P. F. Gastal. Abaixo, a programação completa do evento.

PROGRAMAÇÃO

CINEMA (24 de março, terça-feira, 19 horas)


Beto Souza. Diretor dos longas Netto Perde Sua Alma, Cerro do Jarau e Dias e Noites. Também dirigiu Insônia e Enquanto a Noite Não Chega, ambos com lançamento previsto para 2009.

Milton do Prado. Montador de cinema e sócio da produtora Clube Silêncio. Leciona no Curso de Realização Audiovisual da Unisinos. Foi programador da Sala P. F. Gastal e é colaborador da revista Teorema.

Daniel Feix. Jornalista. Passou pelas redações da TVCOM e da RBS TV, foi editor da revista Aplauso e está na equipe de Cultura e Variedades do jornal Zero Hora. É editor do site da Associação de Críticos de Cinema do RS (ACCIRS).

Ivonete Pinto. Doutora em Cinema pela ECA/USP, docente nos cursos de cinema na Unisinos e na Ulbra. Curadora da mostra itinerante RodaCineRGE e uma das editoras da revista Teorema.
Mediação:
Marcus Mello, membro da ACCIRS


LITERATURA (25 de março, quarta-feira, 19 horas)


Cláudia Tajes: Publicitária e escritora, também é autora de roteiros para televisão. Tem seis livros publicados, entre eles Dez (Quase) Amores, As Pernas de Úrsula, A Vida Sexual da Mulher Feia e Louca por Homem.

Juremir Machado da Silva: Jornalista, colunista do jornal Correio do Povo, comentarista da Rádio Guaíba, escritor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da PUCRS.

Carlos André Moreira. Jornalista formado pela UFRGS, em 1996. É crítico literário no Segundo Caderno de Zero Hora. Cursa o mestrado em Literatura Portuguesa no Instituto de Letras da UFRGS.

Eduardo Wolf: Professor de Literatura no Colégio Leonardo da Vinci e no curso Unificado. Colaborador de diversas publicações, entre elas o Caderno Cultura de Zero Hora e as revistas Ponto & Vírgula, Arquipélago e Norte.

Mediação: Fatimarlei Lunardelli, jornalista e sócia da ACCIRS


ARTES PLÁSTICAS (26 de março, quinta-feira, 19 horas)


Paula Ramos. Jornalista e crítica de arte. É doutora em Artes Visuais pela UFRGS (ênfase em história e teoria), crítica de arte e professora de História da Arte e História do Design junto à Uniritter e à UFRGS.

Leandro Selister. Bacharel em Fotografia pelo Instituto de Artes da UFRGS do Sul. Editor do site Artewebbrasil, no ar desde 2000. Curador da Micro Galeria de Arte Acessível do Studio Clio juntamente com Blanca Brites.

Eduardo Veras: Jornalista, pesquisador e doutorando em Artes Visuais pela UFRGS. É professor no curso de Comunicação da Unisinos. Trabalha, desde 1994, como repórter, editor e crítico de arte no Segundo Caderno do jornal Zero Hora.

Elaine Tedesco. Artista plástica e professora de fotografia, vídeo e instalação nos cursos de Artes no Centro Universitário Feevale. Em 2007, representou o Brasil na Bienal de Veneza.

Mediação: Roger Lerina, jornalista e vice-presidente da ACCIRS


ARTES CÊNICAS (27 de março, sexta-feira, 19 horas)


Antonio Hohlfeldt. Jornalista, crítico de teatro do Jornal do Comércio, professor do Programa de Pós-Graduação da FAMECOS/PUCRS, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação e pesquisador do CNPq.

Luiz Paulo Vasconcellos. Ator, diretor e dramaturgo. Foi diretor do Instituto de Artes da UFRGS e coordenador de Artes Cênicas da Secretaria da Cultura de Porto Alegre. Desde 2002 assina a coluna de teatro da revista Aplauso.
Julio Conte. Psicanalista, diretor de teatro, dramaturgo e professor. É autor de um dos maiores sucessos do teatro gaúcho, Bailei na Curva, que ganha montagens há mais de duas décadas.

Renato Mendonça. Editor de Teatro de Zero Hora. Recebeu o Prêmio Ari de melhor reportagem cultural em jornalismo gráfico com Ilha das Flores. É músico e cursou oficinas de dramaturgia com a atriz e diretora Graça Nunes.
Mediador: Mônica Kanitz, jornalista e sócia da ACCIRS


MÚSICA (28 de março, sábado, 17 horas)


Daniel Soares. Jornalista da editoria de Cultura do Correio do Povo. Escreve as colunas sobre música no jornal cultural Fala Brasil e na revista Carta Capilé, de São Leopoldo.

Juarez Fonseca. Jornalista, foi crítico de música e editor de Cultura do jornal Zero Hora de 1973 a 1996. É pesquisador de música brasileira, produtor de discos e autor de livros.Tem colunas de música no jornal ABC Domingo e na revista Aplauso.

Arthur de Faria. É líder da Arthur de Faria & Seu Conjunto, que já lançou quatro discos. Produziu cerca de 25 discos e assina a trilha sonora de filmes e especiais de TV. Tem várias publicações sobre a história da música do RS.

Marcelo Ferla. Jornalista, foi editor de música do jornal Zero Hora e escreve para as revistas Criativa e Rolling Stone. É gerente geral da rádio Ipanema FM.

Mediador: Paulo Moreira, jornalista e membro da ACCIRS

PROGRAMAÇÃO


Crítico, de Kleber Mendonça Filho (Brasil, 2008, 75 minutos)

Documentário que reúne entrevistas com cineastas e críticos de cinema de várias nacionalidades, colhidas pelo diretor ao longo de uma década. Ainda inédito nos cinemas. Única exibição.




Quem Sabe?, de Jacques Rivette (França, 2001, 147 minutos)

Companhia de teatro italiana chega a Paris para apresentar uma peça de Pirandello. Ex-crítico da Cahiers du Cinéma, Rivette é um dos mais importantes diretores da Nouvelle Vague, embora sua obra seja pouco conhecida no Brasil.



A Inglesa e o Duque, de Eric Rohmer (França, 2001, 125 minutos)

Polêmica releitura da Revolução Francesa pelo francês Rohmer, que, antes de lançar-se à direção, teve atuação significativa como crítico de cinema na França.



O Coração dos Homens, de Marc Esposito (França, 2002, 100 minutos)

Grupo de amigos de meia-idade promovem um balanço de suas vidas e de suas relações com as mulheres. Antes de dedicar-se ao cinema, Marc Esposito trabalhou como crítico de cinema, estando à frente das revistas Première e Studio.


Acossado, de Jean-Luc Godard (França, 1959)

Filme que marcou a estréia na direção de Jean-Luc Godard, um dos mais brilhantes críticos revelados pela revista Cahiers du Cinéma.



Lua de Papel, de Peter Bogdanovich (1973, 102 minutos)

Crítico de notável atuação nos Estados Unidos, Peter Bogdanovich passou a dedicar-se ao cinema no final dos anos 60, assinando uma série de filmes brilhantes. Durante a Depressão, na década de 30, vigarista (Ryan O´Neal) viaja pelo interior dos EUA na companhia da filha (Tatum O´Neal, em papel que lhe valeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante).



Aleluia, Gretchen, de Sylvio Back (Brasil, 1976, 118 minutos)

Antes de partir para a direção, o catarinense Sylvio Back teve importante atuação como crítico de cinema na imprensa. Família de imigrantes alemães, fugindo do nazismo, refugia-se no Sul do Brasil.








O Vampiro da Cinemateca, de Jairo Ferreira (1975-77, 64 minutos)

Filme-ensaio realizado pelo crítico Jairo Ferreira na década de 70, este longa em Super-8 é um clássico do cinema experimental brasileiro.




Programa de Curtas (85 minutos)

Vinil Verde, de Kleber Mendonça Filho (PE, 2004, 13 minutos)
Ao ignorar recomendações de sua mãe, menina provoca acontecimentos terríveis.




Ocidente, de Leonardo Sette (PE, 2008, 6 minutos)
Um casal em viagem. Me
lhor filme do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro em 2008.



Almas Passantes, de Cléber Eduardo e Ilana Feldman (SP, 2008, 15 minutos)

O encontro dos escritores Charles Baudelaire e João do Rio.



Sketches, de Fabiano de Souza (RS, 2006, 16 minutos)

Dois presos numa cela.



Meu Nome é Paulo Leminski, de Cezar Migliorin (RJ, 2004, 5 minutos)
Embate entre pai e filho em torno da poesia de Paulo Leminski.






A Composição do Vazio, de Marcos Enrique Lopes (PE, 2000, 30 minutos)
Documentário sobre o filósofo e crítico de cinema pernambucano Evaldo Coutinho.






GRADE DE HORÁRIOS

Primeira Semana

Terça-feira (24 de março)

15:00 – Lua de Papel
17:00 – Aleluia, Gretchen
19:00 – Crítico, seguido da mesa Crítica de Cinema

Quarta-feira (25 de março)

15:00 – Acossado
17:00 – Lua de Papel
19:00 – Mesa Crítica de Literatura

Quinta-feira (26 de março)

15:00 – Aleluia, Gretchen
17:00 – Acossado
19:00 – Mesa Crítica de Artes Plásticas

Sexta-feira (27 de março)

15:00 – Acossado
17:00 – Lua de Papel
19:00 – Mesa Crítica de Teatro

Sábado (28 de março)

15:00 – Aleluia, Gretchen
17:00 – Mesa Crítica de Música
19:00 – O Vampiro da
Cinemateca

Domingo (29 de março)

15:00 – Lua de Papel
19:00 – O Vampiro da
Cinemateca

Segunda Semana

Terça-feira (31 de março)

15:00 – Programa de Curtas
17:00 – O Coração dos Homens
19:00 – A Inglesa e o Duque

Quarta-feira (1º de abril)

15:00 – Lua de Papel
17:00 – Programa de Curtas
19:00 – Quem Sabe?

Quinta-feira (2 de abril)

15:00 – O Coração dos Homens
17:00 – Acossado
19:00 – A Inglesa e o Duque

Sexta-feira (3 de abril)

15:00 – Programa de Curtas
17:00 – O Coração dos Homens
19:00 – Quem Sabe?

Sábado (4 de abril)

15:00 – O Coração dos Homens
17:00 – O Vampiro da
Cinemateca
19:00 – A Inglesa e o Duque

Domingo (5 de abril)

15:00 – O Vampiro da Cinemateca
17:00 – Programa de Curtas
19:00 – Quem Sabe?


Um comentário :

  1. olá!
    muitíssimo interessante o evento!

    só não localizei uma informação:
    é preciso inscrever-se previamente?

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