CORTINAS FECHADAS
(Pardé)
de Jafar Panahi, Kambozia Partovi
com Kambozia Partovi, Maryam Moghadam, Jafar Panahi
Irã – 2013 – 106min
Uma casa à beira-mar. As cortinas estão fechadas, as janelas cobertas de preto. Dentro dela, um homem está escondido com seu cachorro. Ele escreve um roteiro de cinema. De repente, uma jovem misteriosa aparece. Ela se recusa a ir embora, o que irrita o escritor. Mas, ao raiar do dia, outra chegada mudará a perspectiva de todos.
Jafar Panahi é um dos mais importantes realizadores iranianos, dono de obras-primas como O Balão Branco (1995), roteirizado por Abbas Kiarostami e vencedor da Câmera de Ouro no Festival de Cannes, O Espelho (1997), vencedor do Leopardo de Ouro no Festival de Locarno, e O Círculo (2000), vencedor do Urso de Ouro em Berlim. Desde 2010 Panahi vive em prisão domiciliar no Irã, acusado de apoiar um opositor do então governo. Seus dois últimos filmes, Isto não é um Filme e Cortinas Fechadas, realizados clandestinamente com a ajuda de diretores locais, refletem com rara poesia esse período delicado de sua vida e a atual situação política do país.
UMA FAMÍLIA EM TÓQUIO
(Tokyo Kazoku)
de Yoji Yamada
com Isao Hashizume, Kazuko Yoshiyuki, Masahiko Nishimura
Japão – 2013 – 146min
Shukichi e Tomiko, um casal de idosos, decidem deixar a vida quieta do interior para visitarem os filhos e netos em Tóquio. Quando chegam lá, descobrem que nem o filho mais velho, o médico Koichi, nem a filha mais velha, Shigeko, dona de um salão de beleza, tem tempo para eles. Até o filho caçula seguiu seu próprio caminho. Os dois idosos sentem-se sozinhos e atordoados na acelerada metrópole.
Um dos mais populares cineastas japoneses, em atividade desde os anos 1960, Yoji Yamada homenageia em seu novo filme o clássico Era Uma Vez em Tóquio (1953), de Yasujiro Ozu, relendo a narrativa original em uma Tóquio contemporânea.
ERA UMA VEZ EM TÓQUIO
(Tokyo Monogatari)
de Yasujiro Ozu
com Chishû Ryû, Chieko Higashiyama, Setsuko Hara
Japão – 1953 – 136min
Shukishi e Tomi Hirayama moram em uma pequena vila beirando o mar interior. Um casal idoso, ambos decidem visitar seus filhos, já adultos, que moram na cidade de Tóquio. Quando chegam lá, eles notam que os filhos estão muito ocupados com suas rotinas diárias para prestar atenção nos pais, tratando a companhia como obrigação.
Yasujiro Ozu inspirou-se no filme americano A Cruz dos Anos (1937) para criar seu estudo de conflitos geracionais em um Japão pós-guerra. Era uma Vez em Tóquio foi eleito o melhor filme de todos os tempos na última enquete da revista britânica Sight & Sound, compilada a partir das listas de 350 cineastas do mundo inteiro. Na lista dos críticos, com 850 nomes de 73 países, o filme de Ozu aparece em terceiro lugar, atrás apenas de Um Corpo que Cai (1958) e Cidadão Kane (1941).
Trata-se de versão inédita, que teve sua remasterização supervisionada pelo 1º assistente de fotografia do filme, Takashi Kawamata, para que fosse preservada ao máximo a atmosfera criada por Ozu à época.
GRADE DE HORÁRIOS
7 a 12 de outubro de 2014
7 de outubro (terça)
14:30 – Uma Família em Tóquio
17:00 – Cortinas Fechadas
20:30 – Sessão Plataforma (De Quinta a Domingo, de Dominga Sotomayor)
8 de outubro (quarta)
14:30 – Uma Família em Tóquio
17:00 – Cortinas Fechadas
19:00 – Era Uma Vez em Tóquio
9 de outubro (quinta)
14:30 – Uma Família em Tóquio
17:00 – Cortinas Fechadas
19:30 – Mostra de pilotos de comédia Verte Filmes
10 de outubro (sexta)
14:30 – Uma Família em Tóquio
17:00 – Cortinas Fechadas
19:00 – Era Uma Vez em Tóquio
11 de outubro (sábado)
14:30 – Uma Família em Tóquio
17:00 – Cortinas Fechadas
19:00 – Sessão Plataforma (reprise)
12 de outubro (domingo)
14:30 – Uma Família em Tóquio
17:00 – Cortinas Fechadas
19:00 – Era Uma Vez em Tóquio
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