Neste sábado, 1º de novembro, às 19h, a Sessão Aurora exibe na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) uma cópia em 35mm de French Cancan, clássico de 1954 do cineasta francês Jean Renoir. Após a projeção, acontece um debate com os editores do Zinematógrafo. Com entrada franca, a sessão tem apoio da Embaixada da França, da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e do Institut Français.
A sessão de French Cancan marca o lançamento da décima primeira edição do Zinematógrafo, fanzine impresso com críticas e ensaios sobre cinema.
Em 1890, o Cancan ainda está na moda, mas nem os shows da dançarina Lola ajudam o Café Le Paravent Chinois a sair da decadência. Henri, amante de Lola e dono do Café, tem a ideia de popularizar a dança no bairro boêmio de Montmarte. Ele conhece Nina, uma lavadeira com o dom natural da dança. Os problemas começam quando Lola fica enciumada com a presença de Nina.
Inspirado no desenho de Toulouse-Lautrec, com uma riqueza pictórica raramente vista no cinema, French CanCan é a primeira produção francesa de Jean Renoir após o retorno à Europa, depois de exílio forçado no estouro da Segunda Guerra Mundial, em 1939.
O ano de 2014 marca as comemorações de 120 anos do nascimento de Jean Renoir. Iniciando no período silencioso, o diretor toma um caminho singular já na década de 1930, realizando alguns filmes, como A Cadela (1931) e Boudou Salvo das Águas (1932), que remetem à poesia singela das primeiras bobinas dos Lumière e, ao mesmo tempo, antecipam a abertura ao esboço do cinema italiano do pós-guerra e da Nouvelle Vague. Ainda nessa década, cria algumas de suas obras mais célebres como A Grande Ilusão (1937) e A Regra do Jogo (1939), o último antes do exílio. Subestimada, a fase norte-americana de Renoir revela grandes filmes como Diário de uma Camareira (1946), refilmado por Luis Buñuel, e o noir praiano Mulher Desejada (1947). Nos anos 1950, realiza o influente Rio Sagrado (1951), todo filmado na Índia, iniciando um trabalho impressionante com a cor que se intensificará nas obras seguintes, A Carruagem de Ouro (1952) e Franch Cancan (1954). Eternizado com o apelido de “patrão”, dado por Jacques Rivette, um de suas crias mais inspiradas da Nouvelle Vague, Renoir morreu em 1979, já aclamado como o principal nome da história do cinema francês.
SESSÃO AURORA
01/11
19:00
01/11
19:00
FRENCH CANCAN
Direção: Jean Renoir
1954
102 minutos
Cor
35mm
Elenco:
Jean Gabin, Françoise Arnoul, María Félix, Anna Amendola, Jean-Roger Caussimon
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