sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Sessão comentada de "Transexual no Irã"
A programação da mostra O Melhor do Input 2009 realiza no sábado, 10 de outubro, uma sessão comentada do filme Transexual no Irã, de Tanaz Eshaghian.
A exibição acontece às 17h, na Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar), e será seguida de debate com a participação do jornalista Alexandre Böer, coordenador de projetos do Somos, que apoia a iniciativa, e de Cristyane Oliveira, coordenadora do Núcleo de Transexuais do Grupo Igualdade.
Exibição em DVD, com legendas em português. A entrada é franca.
A mostra O Melhor do Input 2009 é uma realização conjunta do Instituto Goethe e da Prefeitura de Porto Alegre, através da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura, e conta com o apoio da RBS TV, da TV Com e do CineBancários. Transexual no Irã (Transexuel en Iran)
de Tanaz Eshaghian França
2008, documentário, 73 minutos
No Irã, o homossexualismo é ilegal e a punição é a morte, mas as operações de mudança de sexo são autorizadas. Atualmente, existem mais de 150 mil transexuais no país. Através da câmera asséptica e realista da diretora Tanaz Eshaghian, somos apresentados a pessoas que anseiam fazer essa operação.
A mudança de sexo é possível no Irã graças a uma fatwa (decreto religioso) emitido vinte anos atrás pelo aiatolá Khomeini, que permitia a cirurgia a pessoas "diagnosticadas transexuais". A maior parte dos candidatos se dirige ao cirurgião mais famoso desta área, Bahram Mir Jalali, de Teerã, que em um ano realiza mais intervenções deste tipo "do que se fazem na França em dez anos".
A diretora, nascida no Irã mas criada em Nova York, acompanha um grupo de jovens que decidem mudar de sexo e conta as suas histórias. Entre os personagens estão Vida, de 24 anos, que depois que virou mulher atua como consultora aos candidatos à cirurgia; Anoosh, de 20 anos, que junto ao seu namorado, Ali, vive a operação como a ocasião para se libertar das acusações e agressões dos guardiões da moral iraniana; e Ali Askar, que relembra os abusos sofridos na pequena cidade rural onde cresceu. "Quis contar estas histórias porque representam um mundo dentro do Irã do qual nunca tinha ouvido falar e que não podia nem imaginar que existisse", explica a cineasta.
"Queria ver como a cultura iraniana, que é muito conservadora, se relaciona com as pessoas que não se encaixam nas definições culturais tradicionais", continuou.
A diretora também contou que não teve problemas para filmar no Irã. "Me permitiram tratar este tema porque as operações para mudança de sexo são apoiadas pelo Estado.
Acredito que pensaram que desta vez seria divulgada uma imagem do Irã mais moderno, diferente dos frequentes retratos anti-iranianos que mostram a cultura deles como arcaica e contra o Ocidente", afirmou.
Para Tanaz Eshaghian, o fato de ser uma iraniana crescida em Nova York também a ajudou a estabelecer uma relação de mais confiança com os meninos que aparecem no filme. "De um lado me viam como uma norte-americana, e isto os intrigava. Mas por outro lado, como vinha de fora, eram mais abertos comigo. O meu status de ocidental lhes fazia sentir que aquilo que me contavam não seria dirigido contra eles", conta a diretora.
www.twitter.com/salapfgastal
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ola..... como faço para obter uma copia desse documentario ou filme?
ResponderExcluirgrato
eliseu riscaroli
eriscarolli@uft.edu.br