Entre os dias 24 e 27 de novembro, acontece na Sala P.
F. Gastal da Usina do Gasômetro
(3º andar) a MIRA – Mostra de Novo
Cinema Espanhol. As exibições e debates com os diretores Lois
Patiño, Elena Duque, Eloy Dominguez e Maria Cañas, apresentam novos caminhos do cinema experimental
na Espanha, que nos levarão a transitar pela não ficção, o documentário
experimental e outras derivas narrativas, alcançando o cinema de apropriação e de
found footage, a animação experimental, o Super 8 e a film performance. Entrada franca.
PROGRAMAÇÃO
24/11 (terça)
10h – Oficina de Animação Povera – Elena Duque – 120 min.
A oficina será
realizada em espanhol.
Em
colaboração com J. Luca
de Tena, Server Odnum (mundo revés) é
uma piada cinematográfica onde filmes
pretensiosos e sem conteúdo que competem em alguns festivais de cinema amador
da época são parodiados.
Para além do desenho animado e da imitação naturalista da realidade, a animação também é um veículo para a experimentação. Cores, texturas, jogos perceptivos e materiais diversos são recursos que abrem as portas para novas formas de ver o mundo. Distante dos estúdios e próximo ao trabalho solitário do autor, a oficina de animação “povera” pretende pensar o trabalho da animação a partir da “pobreza” – em termos econômicos, mas não estéticos—dos seus materiais e dos métodos de guerrilha, nos quais a idéia é privilegiada em relação à técnica, e o aproveitamento de materiais acessíveis é mais importante do que os altos custos de produção. Inscrições: salapfgastal@gmail.com
19h - Programa: “Não ficção e documentário experimental. A paisagem e sua dimensão” 1.1
- Curtas de Lois Patiño – 56 min.
Montanha na sombra (Montaña en sombra) (2012) 14 min.
Sem
diálogos.
Obra
poética que se aproxima da relação entre o homem e a imendisão da paisagem.
Vemos, de longe, a atividade de esquiadores na neve. Enquanto isso, pessoas são
vistas de longe, encarando a montanha. Existe a ideia de filmar a montanha como
um rosto. Uma montanha vista
a partir de sua altura, os esquiadores movendo-se ao longo de
seu corpo nevado.
Na vibração (Na vibración) (2012) 12 min.
Sem
diálogos.
O filme
apresenta uma viagem poética através de uma paisagem virgem onde se pode
observar os processos de formação da Terra: placas tectônicas, lava, vulcões,
cachoeiras... tudo é extremo em sua violência e tamanho. O ser humano, insignificante,
se vê oprimido e excluído deste processo.
Noite sem distância (Noite sem distancia) (2015) 23 min.
Em
português e galego.
Um
instante da memória da paisagem. O contrabando cruzou durante séculos a
fronteira entre Portugal ea Galícia. A Sierra do Gerês não conhece fronteiras e
suas rochas cruzam insolentemente a fronteira entre os países. Os
contrabandistas também desobedecem essa separação. As rochas, o rio, as
árvores, testemunhas silenciosas, ajudam a escondê-los. Só é preciso esperar a
noite para atravessar a distância que os separa.
Extratos da imagem (Estratos de la imagen) (2015) 7 min.
Sem
diálogos.
Reflexão sobre a imagem e a experiência
contemplativa de fatores do tempo, cor e movimento. Concentramos nossa atenção
na relação homem-paisagem enfrentando as duas dimensões temporais: a geológica
e a humana.
20h - Programa: “Montagem e Apropriação. A segunda vida das imagens” - Curtas de
Maria Cañas – 86 min (debate após a sessão)
Meu Pigman, Moribundia e A vingança do touro
(My Pigman, Moribundia e Toro’s revenge) (2005-2006) 6 min
Espanhol
com legendas em inglês.
Delirante
discurso que utiliza como base dois animais ancestrais, o porco e o touro,
tipicamente enraizados na idiossincrasia espanhola. De um lado My Pigman da um novo sentido para a
frase: “Da imagem contemporânea pode se aproveitar tudo, igual a carne do
porco”. Moribundia e Toro's Revenge aponta para a relação do
homem com o touro, de suas incorreções e do espírito punk. Ambos os filmes
tentam subverter os clichês e satirizar elementos da cultura popular.
Deus ri nas alturas e Thriller sagrado (Dios
se ríe en las alturas y Holy thriller) (2011) 5 min.
Espanhol
com legendas em inglês.
Díptico
celestial onde os ovnis se transformam na catedral do futuro e somos todos deuses.
Michael Jackson é homenageado em uma versão sacro pop onde o histerismo pop e
as solenes manifestações de paixões religiosas se tornam uma coisa só.
Vou dizer a Deus que te apunhale (Voy a decirle a Dios que
te apuñale) (2011) 5 min.
Espanhol
com legendas em inglês.
Quem disse
que o grande Benny Hill está morto? Aqui ele segue (pelo menos em espírito) e,
com ele, as brincadeiras de Pajares, Esteso, Walter Mathau e demais espíritos
cômicos, talentosos fantasmas que derramaram seu humor corrosivo e veneno nos
corpos e almas desses gurus delirantes.
Minha luta (Mi lucha) (2011) 5 min.
Espanhol
com legendas em inglês.
Três
deuses do olímpo pulverizam seu tédio eterno escolhendo entre a raça humana um
homem a quem atribuem um poder absoluto. Esse homem se chama Adolf Hitler e o
resto... bom, o resto é história.
O compasso da multidão (Al compás de la
marabunta) (2015) 4 min.
Espanhol
com legendas em inglês.
Al compás de la marabunta ou A Semana Santa, esse
trabalho de formiga, indaga a essência animal das pessoas e o seu fervor nas
procissões religiosas.
Meet my
Meat N.Y. (2007) 7 min.
Espanhol
com legendas em inglês.
Uma visão
do sonho americano a partir de Times Square: turistas, luzes, tráfego e lixo,
uma radiografia suscinta e pessoal do american way of life.
Se vilhana. A Sevilha do Diabo (Sé villana.
La Sevilla del Diablo)
(2013) 40 min.
Espanhol
com legendas em inglês.
Incisiva e grotesca
mistura de temas sevilhanos que refletem a profunda relação de amor e ódio da
autora com sua cidade. Uma viagem pelo essencial de Sevilha, suas tradições
mais arraigadas e suas (extravagantes) derivações, como mecanismo de pensamento
e de resistência a tudo que a cerca.
10h00 – Oficina de Animação Povera – Elena Duque – 180 min.
14h30 – Master Class: O “cine porcino” e as
“videomaquias" de María Cañas: videoguerrilla, "risastencia" e
menos grana é mais criatividade - Maria Cañas – 120 min.
Conferência será
ministrada em espanhol.
Nesta sessão
convidamos o público a participar de um passeio audiovisual preparado pela
artista onde agitaremos e questionaremos as imagens , para que assim, nos transformemos em
seres mais críticos, selvagens e criativos. Também será um momento para
conhecermos algo mais sobre o
processo criativo e para que tratemos de alguns temas
relacionados com as novas narrativas cinematográficas pós-internet.
20h - Programa: “Não ficção e documentário experimental. Diário filmado e cinema em
primeira pessoa”
No cow on the ice, de Eloy Domínguez – 83 min.
Sueco e
galego com legendas e inglês.
Um jovem cineasta
galego migra para a Suécia, onde vive fazendo trabalhos temporários. Aprender
um novo idioma e o fascínio pela paisagem sueca tornan-se suas motivações e o
ajudam enfretar as adversas condições de vida. Para aprender sobre a cultura, a
sociedade e esse novo modo de vida, terá que criar uma nova identidade. Parece
oportuno evocar a vasta obra
de Jonas Mekas para introduzir esse diário filmado, especialmente considerando
a riqueza de situações e delicadeza da abordagem. Domínguez se concentra em
como é difícil adotar uma nova linguagem que o permita desenvolver uma
relacionamento profundo entre a paisagem e uma diversificada cultura
humana.Filmado ao longo de vários anos, o diretor consegue, com uma montagem
bastante precisa, registrar esse longo processo que começa com pensamentos
solitários e evolui para uma conversa.
Encontro Lois Patiño e Eloy Domínguez -
“Novos caminhos da ficção”
Este encontro vai
reunir dois dos mais importantes criadores de não-ficção contemporânea na
Espanha. Ambos os diretores falarão sobre seus processos criativos e autores
que os influenciaram. Durante a sessão veremos imagens de seus trabalhos e
projetos. Por fim, realizarão uma revisão da situação atual do cinema
não-narrativo na Espanha e uma discussão com o público.
10h00 – Oficina de Animação Povera – Elena Duque – 180 min.
19h - Programa: ”Espaço Cinemateca. Arquivo e Memória do Cinema Espanhol” - Curtas
da Mostra (S8) – 60 min.
Essência dos Festivais (Esencia de Verbena) (Ernesto Giménez Caballero, 1930) 11 min.
Silencioso.
Sinfonia
da cidade de Madri em chave surrealista, hoje
considerada uma das principais expressões do cinema de vanguarda
espanhol, o filme navega entre o documental clássico e a audácia formal das
vanguardas artísticas em uma colagem visual e desinibida do que são os
festivais e, acima de tudo, a sua essência - rodas, barracas de churros,
“gigantes y cabezudos”, barracas de carnaval, touros - … numa visão lúdica e
surreal, que se relaciona diretamente com as obras de Man Ray ou Hans Richter.
O orador (El Orador) (Feliciano Vitores, 1928) 4 min.
Espanhol
com legendas em inglês.
Experiência
dadaísta filmada com o rudimentar sistema de som Phonofilm em um único plano
sequência estático onde o escritor Ramón Gómez de la Serna, prolífico escritor
e jornalista da vanguarda espanhola no início do século XX, tece um monólogo
humorístico sobre o monóculo sem lentes, os sons de curral e a importância das
mãos na arte da oratória.
Vigo receba sua Excelência o Presidente da
República (Recibimiento de Vigo
a su Excelencia el Presidente de la República) (Ramón Barreiro, 1934) 8 min.
Sem
diálogos.
O filme
sonoro preservado mais antigo da história do cinema na Galícia. Cinejornal
feito pela empresa "Folk", que inclui uma visita do Presidente da
República, Niceto Alcalá Zamora, a Vigo, em 1934.
O carro e o homem (O Carro e o Home) (Antonio Román, 1940) 12 min.
Galego sem
legendas.
Este
filme, parte fundamental da cinematografia galega, relaciona-se com as
vanguardas anteriores à Guerra Civil Espanhola, onde sua montagem rítmica e o
poder das imagens evocam os mestres soviéticos do cinema mudo. O carro
representa muito mais do que uma ferramenta de trabalho na Galícia rural. Era
parte da cultura, da paisagem e do cotidiano dos camponeses. O filme mostra o
ciclo de vida de um carro desde a sua construção até sua "morte",
juntamente com outras tarefas da vida diária em uma pequena cidade do interior
da Galicía, como a confecção de malhas e de roupas de linho, trabalhos tradicionais
já desaparecidos.
Galicia en NO-DO (1944-1972) 16 min.
Galego sem
legendas.
Seleção de
documentários e cinejornais realizados na Galícia pela NO-DO (Noticiarios y Documentales), serviço de divulgação e difusão
de notícias e reportagens de exibição obrigatória nos cinemas espanhóis durante
a ditadura de Franco. Serão exibidos os seguintes filmes: Partido Baloncesto,
Sección Femenina (1944, 1 min), Contrastes de Galicia (1952, 12 min) e Miss
Paraguas 1968 (1968, 2 min).
Cinema amador (Cine Amateur) (Jose Ernesto Díaz-Noriega – JEDN, 1965) 4
min.
Espanhol sem legendas.
Musical ao
ritmo cuplé, que descreve o passo a
passo para se tornar um bom cineasta amador.
O filme
ganharia mais de vinte prêmios em festivais de cinema amador em toda a Europa , com
destaque para a Palma de Ouro de melhor curta amador no Festival de Cannes
(França) em 1967.
Sever Odnum (Mundo Revés) (Jose Ernesto Díaz-Noriega – JEDN, 1964) 4
min.
Sem
diálogos.
Mosaico de canções de Andrés do Barro
(Mosaico de Canciones de Andrés do Barro). (NO-DO. Raúl Peña, 1972) 3 min.
Sem
diálogos.
Documentário
realizado pela NO-DO que inclui a
realização de um dos mais prestigiados jovens
artistas da música espanhola, Andrés do Barro, que interpreta sua canção
“Pandeirada” que fala sobre as paisagens da Galícia, com o intuito de
promovê-la como destino turístico.
20h - Programa: “Sinais do Novo
Cinema Espanhol” - Curtas da Mostra (S8) – 65min.
Debate após a
sessão com os curadores da mostra.
A descoberta de Américo – work in progress (El Descubrimiento de Américo – work in progress)
(Miguel Mariño, 2015) 29 min.
Galego com
legendas em inglês.
No final de 2012, recebi três
latas de filme de 16mm. Sozinho, me aventurei com meu projetor a caminho da
primeira exibição. Caminhei mil vezes por este mundo, mas sempre acabei no
mesmo lugar. Imagens que para mim representam ao mesmo tempo o fim e o início
de uma jornada. O filme apresentado está ainda em processo de finalização.
Grrr! nº7: e as chaminés deciciram escapar
(Grrr! nº7: y las chimeneas decidieron escapar) (Oliver Laxe, 2006) 12 min.
Sem
diálogos.
Sétima e última
obra da série Grrr!, pequenos grunhidos perante uma realidade onde a nostalgia
se impõe sobre o presente. Rodado para “explorar os pedaços do tempo”, o branco e preto filmado em 16mm impregna-se de impulsos, esmaltes, cortes e borrões.
Retrato urbano de uma cidade que poderia ser qualquer uma. Um itinerário
agitado e visceral partindo da periferia de um trajeto - árvore e brisa, até o
interior desta realidade tão esmagadora, decepcionante. Impossibilidade
natural, desenraizamento absoluto.
Ser de luz (Ser de luz) (Diana Toucedo, 2009) 6 min.
Sem
diálogos.
Trabalho
de apropriação que sobrepõe imagens de uma das obras primas do ‘found footage,’
Film Ist, de Gustav Deutsch, com o segundo filme de Segundo de Chomón –El negro
que tenía el alma blanca– e os Preludes 1-6 de Brakhage. “Imagens de movimento
e tempo selecionadas para indagar nossos medos, a pluralidade de nossos corpos
e a fraqueza comprometida de nossa luz”
Bionte
(Lucia Vilela , 2015) 6 min.
Silencioso.
Representação
fragmentada do movimento do líquen invasor. A projeção das suas formas,
texturas e cores se relaciona com a decomposição micro orgânica da emulsão
fotográfica.
Sem Deus nem Santa Maria ( Sin Dios ni
Santa María) (Helena Girón
y Samuel M. Delgado, 2015) 12 min.
Espanhol
com legendas em inglês.
Filmada em película
16mm vencida e revelada a mão, esta exploração mágico-etnográfica (que se
relacionada com os trabalhos de Uman, Strand e Rivers) vai em busca da última
bruxa viva, “Ye”, em uma aldeia de Lanzarote (Ilhas Canárias). Em algumas
gravações de sons antigos, as vozes dos pastores falam da existência mítica de
bruxas e de viagens. No cotidiano de uma mulher, a magia de seus relatos se
materializa enquanto espera-se o anoitecer. A noite é o momento em que as
viagens são possíveis.
14h30 - Atividade paralela: Conferência com projeção de curtas: “Cinema de papel e tesoura. A colagem e a
animação experimentação na Espanha” – Elena Duque - 90 min.
Conferência será
realizada em espanhol.
Uma das primeiras
formas de cinema de vanguarda foi a animação. Hans Richter e Viking Eggeling,
pintores, sentiram as possibilidades artísticas da animação e começaram a
explorá-las. Era apenas o começo de uma longa história da animação
experimental, em que o desejo de imitar a realidade foi substituído pela
exploração de novos caminhos estéticos. De McLaren a Fischinger e Len Lye,
Robert Breer ou Larry Jordan até os dias de hoje: alguns dos cineastas mais
importantes da história foram animadores. Esta conferência trará uma breve
história do cinema experimental de animação e suas manifestações dentro do
cinema espanhol. Serão exibidos fragmentos das seguintes obras:
·
Joaquim Puigvert – Exp. Nº3 (1960)
·
Fermí
Marimon – Ballet burlón (1961)
·
Ton
Sirera - Pintura 62 i 63 (1962-63)
·
Gabriel
Blanco – La edad de piedra (1964)
·
Rafael Ruiz Balerdi - Homenaje a tarzan (1970)
·
Iván
Zulueta - A MAL
GAM A (1976)
·
Gerardo
Armesto - Concierto para una escalera (1984)
·
Nicéforo
Ortiz - No sé (1986)
· Isabel
Herguera – Spain Loves You (1988)
·
José Antonio Sistiaga - Impresiones en la alta atmósfera (1989)
·
Emilio
Casanova / Isabel Biscarri – Sauragramas (1991) fragmento de un documental
·
Mercedes
Gaspar Salvo – El sueño de Adán (1994) fragmento
·
Raúl
Arroyo – Cada día paso por aquí (2004)
·
David
Bestué y Marc Vives – Estado de Cambio (2010)
· Pere
Ginard - I... Dreaming Alice /Lazarus
·
Laboratorium
– Leviatán / Soy Sauce Laura Ginés – Tengo miedo (2015)
·
Lucía
Vilela – Bionte
E algunas obras de
Elena Duque: La mar salada, Ñam, Recuerdo de A Coruña, cortinillas para “Tutti
Frutti”, Cómo hacer un fanzine, cabecera (S8) 2015, Sandwich mixto, e
fragmentos animados variados.
19h – Programa: “Animação. A cultura pop no
cinema experimental de animação” - Curtas de David Domingo – 50 min.
(Projeção em digital)
Súper 8 (1996) 8 min.
Sem
diálogos.
Ode ao
super 8 em uma trepidante torrente de imagens cortadas, montadas e manipuladas.
Café da manhã e merendas (Desayunos y
meriendas) (2002) 7 min.
Sem
diálogos.
Fantasia
visual onde a materialidade, a textura do cinema, se manifestam com crueza numa
mistura de cenas roubadas de filmes
clássicos e sequências absurdas interpretadas por atores fetiche; cinema
abstrato, da anti-narrativa e da alucinação visual.
Sound of
the Sun (2011) 3 min.
Sem
diálogos.
Alguém
envia ao Robocop um cartão postal do Robocop pedindo ajuda. A partir desse
momento, tudo pode acontecer, uma fita cassete, a espuma protetora de um
computador, um presente de uma amiga... Diário filmado de pequenas coisas
filmadas e reveladas em casa.
Filme suado (Película Sudorosa) (2009) 18 min.
Sem
diálogos.
A grande
epopéia do Super 8. Como em “A Movie” de Bruce Conner ou em “Fireworks” de
Kenneth Anger, soa como "Pini di Roma" de Respighi e se apresenta
como a experiência
mais extraordinária que você já teve com um filme de Super 8.
20h - Programa: “Não ficção e documentário experimental. A paisagem e sua dimensão” 1.2
Costa da Morte, de Lois Patiño – 83 min.
Galego com
legendas em português.
A Costa da Morte é
uma região da Galícia que, durante o imperio romano, foi considerada o fim do
mundo. Seu nome, dramático, vem dos muitos naufrágios que ocorreram ao longo da
história nesta área rochosa, de nevoeiros e tempestades. Atravessamos esta
terra observando as pessoas que ali vivem: pescadores, lenhadores...
testemunhamos o trabalho que realizam, o que os leva a manter, ao mesmo tempo
uma relação íntima e uma batalha com a imensidão da natureza. O vento, o mar, a
pedra, o fogo, são personagens deste filme, e através deles, nos aproximamos do
mistério da paisagem, entendida como parte do homem, a história e o mito.
ATIVIDADES PARALELAS
Elena Duque
Oficina de Animação “Povera”*
*Arte Povera: Movimento artístico surgido na Itália, no final da
década de 1960, que se caracterizou pela utilização de materiais
considerados “pobres” e mais acessíveis em um claro esforço de fugir da
comercialização do objeto artístico.
Para além do desenho animado e da imitação naturalista da
realidade, a animação também é um veículo para a experimentação. Cores,
texturas, jogos perceptivos e materiais diversos são recursos que abrem
as portas para novas formas de ver o mundo. Distante dos estúdios e próximo ao
trabalho solitário do autor, a oficina de animação “povera” pretende pensar o
trabalho da animação a partir da “pobreza” – em termos econômicos, mas não
estéticos—dos seus materiais e dos métodos de guerrilha, nos quais a idéia é
privilegiada em relação à técnica, e o aproveitamento de materiais acessíveis é
mais importante do que os altos custos de produção.
Duração: 24, 25 e 26 de Novembro
Horário: 10 – 13h.
Nº de participantes: 12 (máximo)
Dia 1 (2 horas)
Introdução a animação experimental com projeção de
fragmentos de filmes.
Descrição de diversas técnicas de animação com exemplos
práticos.
Organização do trabalho da oficina, propostas dos alunos,
busca de materiais e definição do trabalho em equipe.
Dia 2 (3 horas)
Realização dos exercícios, parte 1: colagem, pintura,
rotoscopia, cut-outs, pintura, stop-motion.
Dia 3 (3 horas)
Realização dos exercícios, parte 2: montagem e projeção dos
trabalhos realizados.
Elena Duque é cineasta e programadora. Realizou diversos
curtas-metragens de animação experimentais entre eles “Como fazer um fanzine”e
“O mar salada” exibidos em diversos festivais internacionais. Trabalhou nos
festivais de cinema de Gijón, Rotterdam e Bafici, no qual editou o livro “Val
del Omar. Más allá de la órbita terrestre”, além de ter sido responsável pelas
publicações e atuado como assessora de programação do (S8) Mostra de Cinema
Periférico. Colaborou para publicações como Caimán Cuadernos de Cine e Lumière.
GRADE DE HORÁRIOS
24/11 (terça)
10h30 – Oficina de Animação Povera – Elena Duque – 120 min.
19h - Programa: “Não ficção e documentário experimental. A
paisagem e sua dimensão” Curtas de Lois Patiño – 56 min.
20h - Programa: “Montagem e Apropriação. A segunda vida das imagens”
Curtas de Maria Cañas – 86 min. (debate após a sessão)
25/11 (quarta)
10h30 – Oficina de Animação Povera – Elena Duque – 180 min.
14h30 – Master Class: O “cine porcino” e as
“videomaquias" de María Cañas: videoguerrilla, "risastencia" e
menos grana é mais criatividade. Maria Cañas – 120 min.
20h - Programa: “Não ficção e documentário experimental.
Diário filmado e cinema em primeira pessoa” No cow on the ice, de Eloy
Domínguez – 83 min Depois da exibição: Encontro Lois Patiño e Eloy Domínguez
– “Novos caminhos da ficção”
26/11 (quinta)
10h30 – Oficina de Animação Povera – Elena Duque – 180 min.
19h - Programa: ”Espaço Cinemateca. Arquivo e Memória do
Cinema Espanhol” Curtas da Mostra (S8) – 60 min
20h - Programa: “Sinais do Novo Cinema Espanhol” Curtas
da Mostra (S8) – 65min
27/11 (sexta)
14h30 - Atividade paralela: Conferência com projeção de
curtas : “Cinema de papel e tesoura. A colagem e a animação experimentação na
Espanha” – 90 min.
19h – Programa: “Animação. A cultura pop no cinema
experimental de animação” Curtas de David Domingo – 50 min
20h - Programa: “Não ficção e documentário experimental. A
paisagem e sua dimensão” Costa da Morte, de Lois Patiño – 83 min
Muito obrigado!
ResponderExcluirObrigado. Manda enlace
ResponderExcluir