quinta-feira, 30 de junho de 2011

Exibição de Morro do Céu com debate aberto ao publico

Dia 3 de julho, às 19h, na Sala P. F. Gastal, exibição de MORRO DO CÉU com debate. Presença do diretor GUSTAVO SPOLIDORO e dos personagens do filme, BRUNO STORTI e JOEL STORTI e do montador, BRUNO CARBONI. Realizado originalmente para o projeto Doc TV, o filme de Spolidoro acompanha o cotidiano do adolescente Bruno Storti e seus amigos em uma pequena cidade da serra gaúcha. A rigor, um documentário, o filme na verdade incorpora procedimentos típicos da ficção para narrar a história de seu personagem.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Casa M recebe ícone do cinema do século XX

Kenneth Anger conversa com o público sobre sua obra, em exposição na Usina do Gasômetro

A Casa M, espaço cultural da 8ª Bienal do Mercosul, recebe na próxima quinta-feira, dia 30 de junho, às 19h, o cineasta norte-americano Kenneth Anger para uma conversa com o público.

Anger vem a Porto Alegre para a abertura de sua exposição, organizada pela Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura,  que inaugura no dia 01 de julho, no mezanino da Usina do Gasômetro. A curadora da exposição, Susanne Pfeffer, também vai participar do bate-papo.

Frequente colaborador da banda Rolling Stones (sendo o inspirador do hit Sympathy for the Devil), Kenneth Anger é o mais cultuado dos cineastas norte-americanos de vanguarda. Famoso pelas delirantes imagens de seus clássicos filmes experimentais (Scorpio Rising, Fireworks, Lucifer Rising), Anger influenciou diretores como Gus Van Sant, David Lynch e Rainer Werner Fassbinder e, segundo Martin Scorsese, este “artista de extraordinária imaginação” é um dos nomes “mais assombrosos e secretos do cinema americano”.


Conversa com Kenneth Anger e Susanne Pfeffer

Dia 30 de junho, quinta-feira, às 19h.

Entrada Franca

Casa M – Rua Fernando Machado, 513


Além da Casa M, a Coordenação de Cinema, contou com valiosos apoiadores, que tornaram possível a montagem da Mostra e a vinda de Kenneth a Porto Alegre.
Nosso especial agradecimento a eles:

Hotel Embaixador
Casa Valduga
Lonas e Lonitas
MAC

Pâtissier
Suzanne Marie
Aninha Comas
Santo Antônio
Atelier de Massas
Copacabana
Moeda
Pueblo
Tartoni
Palermo
Le Bistrot
Faro
Gambrinus
Ocidente
Aquavit

Detalhes da Mostra
CLIQUE AQUI

A VINGANÇA DOS FILMES B!

Estranha, de Joel Caetano



Sobrevivendo às margens do cinema mainstream, as produções independentes de baixo orçamento, além das óbvias dificuldades financeiras de realização, sempre lutaram contra um sistema de distribuição dominado por monopólios, e por vezes com a incompreensão de um público acostumado a uma estética cinematográfica culturalmente imposta pelos grandes estúdios. Durante anos a falta de um mercado exibidor adequado ocasionou o isolamento destas produções em guetos cinéfilos, o que invés de enfraquecer, auxiliou a reforçar o seu caráter de independência, fomentando uma espécie de cinema orgânico, criativo e livre de amarras impostas pelos padrões mercadológicos, possibilitando tanto a experimentação anárquica como a reprodução antropofágica de conceitos tradicionais do cinema de gênero. Na última década a ascensão das mídias digitais possibilitou o acesso facilitado aos meios de produção e exibição, dando maior visibilidade a obras que até poucos anos atrás estariam restritas a um pequeno grupo de cinéfilos.
Esta breve mostra intenciona levar para a tela da Sala P.F. Gastal um grupo de realizadores que ainda luta bravamente por seu espaço no mercado exibidor, ou simplesmente busca encontrar o seu público. Apesar dos diferentes formatos de linguagem, proposta e produção, as obras selecionadas têm em comum, além do baixo (ou zero) orçamento, o diálogo franco e apaixonado com o cinema de gênero, seja investindo no thriller policial ou no horror, ou anarquizando com a tradição dos westerns e dos musicais, ou até mesmo captando uma simples conversa entre dois cinéfilos embriagados. A exibição na tela de um cinema é uma pequena vingança dos filmes B contra um sistema atrelado aos vícios mercadológicos e estéticos da indústria cultural, ou como diria Petter Baiestorf “um grito de guerra dos que nada tem e tudo fazem, contra os que tudo tem e nada fazem”.

(Cristian Verardi-Curadoria)

Sala P.F. Gastal, sábado, 02 de julho, 17h. Após a sessão debate com os realizadores, Petter Baiestorf, Felipe Guerra, Joel Caetano, Filipe Ferreira e Gustavo Insekto. O debate será moderado pela Profa. Dra. Laura Cánepa (UAM).
ENTRADA FRANCA.
A Vingança dos Filmes B:


Exorcistas, de Luis Gustavo “Insekto” Vargas (RS, Brasil, 2011, 7 minutos). Com Doutor Insekto e Paulo “Blob” Teixeira.
Dois amigos em uma noite de tédio, bebem, fumam, e elaboram teorias sobre o filme “O Exorcista”, de William Friedkin.
Exorcistas

Extrema Unção, de Felipe Guerra (RS, Brasil, 2010, 19 minutos). Com Rodrigo M. Guerra, Oldina Cerutti do Monte, Leandro Facchini.
Um incauto rapaz se muda para uma casa supostamente assombrada pelo fantasma de uma velha fanática religiosa.
 (Menção Honrosa “Melhor Susto de Velhinha Fantasma”, no Cinefantasy 2010).

Extrema Unção


 Estranha, de Joel Caetano (SP, Brasil, 2011, 12 minutos). Com Mariana Zani, Kika Oliveira, Roberta Rodrigues, Tiago F. Galvão, Walderrama dos Santos.
 Duas mulheres em uma estranha e sensual trama de amor, vingança, violência e psicodelia!
Estranha


  Os Batedores, de Filipe Ferreira (RS, Brasil, 2008, 20 minutos). Com Marco Soriano Jr., João França, Jack Gerchmann, Artur José Pinto, Jefferson Rachewsky.
Raul, um habilidoso batedor de carteiras é surpreendido pelo retorno à ativa de Amadeu Deodato, um figurão que domina o submundo da cidade e com o qual o tem uma grande dívida. Em sua trajetória na busca de dinheiro para saldar a dívida, Raul se depara com outros marginais, como Odilon, seu antigo mentor, Marcião, um perigoso travesti agiota, e Tosco, um brutamonte psicótico.
(Melhor direção no I Festival de Cinema de Ribeirão Pires)
Os Batedores

Ninguém Deve Morrer, de Petter Baiestorf (SC, Brasil, 2009, 30 minutos). Com Gurcius Gewdner, Lane ABC, Daniel Villa Verde, Jorge Timm, Ljana Carrion, Coffin Souza, Insekto.
 Um western musical. Eles cantam, dançam e as vezes matam também! O pistoleiro Ninguém decide largar tudo o que sempre considerou importante: a mulher amada, o grupo de amigos cineastas-assassinos-de- aluguel, e o boi de estimação. No entanto, antes de se redimir precisará enfrentar a fúria de seus antigos comparsas.
(Melhor direção no I Guaru Fantástico)
Ninguém Deve Morrer



sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sala P F Gastal segue exibindo filme gaùcho na Sessão Vitrine

A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) segue mostrando na próxima semana o filme Morro do Céu, de Gustavo Spolidoro, quinto e último título a entrar em cartaz na SESSÃO VITRINE. A SESSÃO VITRINE, iniciada em 27 de maio, é uma iniciativa da nova distribuidora paulista Vitrine Filmes (capitaneada por Sílvia Cruz), que investe na divulgação de filmes brasileiros de produção independente. As outras cidades que fazem parte do projeto são Curitiba (Cinemateca de Curitiba), São Paulo (Espaço Unibanco), Recife (Cinema da Fundação Joaquim Nabuco), Salvador (Circuito Sala de Arte), Vitória (Cine Metrópolis) e Rio de Janeiro (Cine Jóia). Cada filme a estrear no projeto tem uma sessão diária com horário fixo, determinado pelo exibidor de cada cidade. Em Porto Alegre, a SESSÃO VITRINE acontece sempre no horário das 19h.

As sessões de Morro do Céu são divididas com Estrada Real da Cachaça (às 17h) e Um Lugar ao Sol (às 15h), filmes exibidos anteriormente na Sessão Vitrine.

Na sexta-feira, dia 1º de julho, às 19h, a Sala P. F. Gastal sedia o lançamento do projeto Revelando os Brasis Ano IV.

No sábado, 2 de julho, às 17h, o cinema da Usina do Gasômetro promove a sessão A Vingança dos Filmes B, exibindo cinco curtas brasileiros de horror, que serão debatidos por seus realizadores, Luis Gustavo “Insekto” Vargas, Felipe Guerra, Joel Caetano, Filipe Ferreira e Petter Baiestorf, com mediação de Laura Cánepa.

Morro do Céu, de Gustavo Spolidoro. Brasil, 2009, 71 minutos. Documentário.

GRADE DE HORÁRIOS
Semana de 28 de junho a 3 de julho de 2011

Terça-feira (28 de junho)
15:00 – Um Lugar ao Sol
17:00 – Estrada Real da Cachaça
19:00 – Morro do Céu

Quarta-feira (29 de junho)
15:00 – Um Lugar ao Sol
17:00 – Estrada Real da Cachaça
19:00 – Morro do Céu

Quinta-feira (30 de junho)
15:00 – Um Lugar ao Sol
17:00 – Estrada Real da Cachaça
19:00 – Morro do Céu

Sexta-feira (1º de julho)
14:00 – Usina da Educação (sessão fechada para alunos da rede municipal)
17:00 – Sessão do filme B1 - Tenório em Pequim, com áudiodescrição (sessão fechada)
19:00 – Lançamento projeto Revelando os Brasis Ano IV, com a exibição dos filmes Partituras do Tempo, Duas Cruzes, Loucos por Bocha, Memória da Terra e M’boy Guaçu (entrada franca)

Sábado (2 de julho)
15:00 – Morro do Céu

17:00 – A Vingança dos Filmes B, sessão de curtas brasileiros de horror seguida de debate com os realizadores, mediado por Laura Cánepa (entrada franca)
Exorcistas, de Luiz Gustavo “Insekto” Vargas (7 minutos)

Extrema Unção, de Felipe Guerra (19 minutos)
Estranha, de Joel Caetano (12 minutos)
Os Batedores, de Filipe Ferreira (20 minutos)
Ninguém Deve Morrer, de Petter Baiestorff (30 minutos)

Domingo (3 de julho)
15:00 – Um Lugar ao Sol
17:00 – Estrada Real da Cachaça
19:00 – Morro do Céu

quinta-feira, 23 de junho de 2011

OBRA INOVADORA DE KENNETH ANGER EM EXPOSIÇÃO NA USINA DO GASÔMETRO

Um ícone do cinema do século XX, o norte-americano Kenneth Anger vem a Porto Alegre especialmente para a abertura de uma exposição sobre sua obra, a ser inaugurada no dia 1º de julho, às 19h30, no Mezanino da Usina do Gasômetro. Uma realização da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura, com o apoio cultural do Hotel Embaixador, a exposição Kenneth Anger tem curadoria da alemã Susanne Pfeffer, do KW Instituto de Arte Contemporânea de Berlim e do MoMA PS1 NY, e chega à capital gaúcha depois de passar por Nova York, em 2009, onde obteve grande sucesso de crítica e público. Trata-se de uma instalação, realizada a partir dos principais filmes de Anger, que são projetados simultaneamente em diversas telas distribuídas em duas salas revestidas de vinil vermelho e prata, respectivamente.

Frequente colaborador da banda Rolling Stones (sendo o inspirador do hit Sympathy for the Devil), Kenneth Anger é o mais cultuado dos cineastas norte-americanos de vanguarda. Famoso pelas delirantes imagens de seus clássicos filmes experimentais (Scorpio Rising, Fireworks, Lucifer Rising), Anger influenciou diretores como Gus Van Sant, David Lynch e Rainer Werner Fassbinder e, segundo Martin Scorsese, este “artista de extraordinária imaginação” é um dos nomes “mais assombrosos e secretos do cinema americano”.

Em 30 de junho, um dia antes da abertura da exposição, às 19h, Anger participa de uma conversa aberta ao público na Casa M, ao lado da curadora Susanne Pfeffer.

No período de 12 a 24 de julho, ainda, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro exibe uma programação especial paralela à exposição. Além de mostrar alguns dos filmes de Anger na tela grande, também serão programados diversos títulos que dialogam com sua obra.

Sinopses dos filmes de Kenneth Anger que integram a exposição

Fireworks (Estados Unidos, 1947, 20 minutos)

Fantasia onírica sobre o desejo masculino, inspirada nos conflitos entre marinheiros e mexicanos ocorridos em Los Angeles, em 1944. Anger tinha apenas 20 anos quando dirigiu o filme, inteiramente rodado na casa dos pais, com uma câmera 16mm, e é também seu ator principal. Fireworks ganhou a admiração de Tennessee Williams e de Jean Cocteau, que o selecionou para o Festival do Filme Maldito, em 1949, onde foi premiado.

Puce Moment (Estados Unidos, 1949, 6 minutos)

Neste curta de apenas 6 minutos, Anger usa como figurinos os vestidos herdados de sua avó, que trabalhara como costureira para as atrizes de Hollywood. As roupas foram a base para a criação dessa abstração colorida, que homenageia o cinema mudo.

Eaux D’Artifice (Estados Unidos, 1953, 13 minutos)

Filmado em locações na Itália, na época em que Anger realizou uma viagem pela Europa em companhia da cineasta experimental Marie Menken. A partir do elaborado complexo de fontes da Villa d’Este, construção do século XVI em Tivoli, o diretor faz um celebração musical do excesso barroco. Na trilha sonora, As Quatro Estações, de Vivaldi.

Inauguration of the Pleasure Dome (Estados Unidos, 1954-66, 38 minutos)

Uma constelação de deuses imaginados e coreografados por Anger, criada a partir de uma das legendárias festas a fantasia realizadas pelo decadente astro do cinema mudo Samson De Brier, em sua mansão em Hollywood. Entre as personalidades que participam do filme, estão a escritora Anaïs Nin, o cineasta Curtis Harrington e o próprio De Brier. Uma mistura delirante de imagens, reunindo desenhos de Aleister Crowley, e símbolos cabalísticos, ao som da Missa Eslavônica, do músico Leoš Janáček

Scorpio Rising (Estados Unidos, 1963, 29 minutos)

Depois de voltar da França, Anger começou a documentar a vida da comunidade masculina dos motociclistas do Hell’s Angels da área do Brooklyn. Uma reflexão sobre velocidade, morte, masculinidade, fascismo, religião, revelando as sombrias correntes presentes na cultura popular americana do pós-guerra.

Kustom Kar Kommandos (Estados Unidos, 1964-65, 3 minutos)

Um homem vestindo jeans apertados pole seu carro ao som de Dream Lover. Fragmento de um longa jamais realizado, centrado na cultura dos colecionadores de carros antigos do Sul da Califórnia.

Invocation of My Demon Brother (Estados Unidos, 1969, 12 minutos)

Curta experimental que combina cenas de Haight-Ashbury (centro difusor em São Francisco do movimento hippie e da contracultura na década de 1960), um ritual satânico protagonizado pelo próprio Anger, sequências de reportagens sobre o Vietnã, imagística homoerótica e cenas de apresentações da banda Rolling Stones. A trilha sonora foi composta em teclado eletrônico por Mick Jagger.

Lucifer Rising (Estados Unidos, 1970-1980, 29 minutos)

Uma das mais elaboradas produções de Anger começou a ser rodada por volta de 1966 e foi abandonada em 1967, com a denúncia de que as latas teriam sido furtadas pelo jovem Bobby BeauSoleil, contratado para atuar e compor a trilha musical. Anos mais tarde, as filmagens foram retomadas com a cantora inglesa Marianne Faithfull e o diretor escocês Donald Cammel no elenco. Participação especial do guitarrista Jimmy Page, do Led Zeppelin, numa cena em que ele admira um retrato do ocultista Aleister Crowley. Filmado em grande parte no Egito, o filme ficou pronto em 1972, mas só conseguiu distribuição em 1980.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Tem Filme Gaúcho no Sessão Vitrine


 A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) segue mostrando no início da próxima semana o filme Estrada Real da Cachaça, de Pedro Urano, quarto título a entrar em cartaz na SESSÃO VITRINE. A SESSÃO VITRINE, iniciada em 27 de maio último, é uma iniciativa da nova distribuidora paulista Vitrine Filmes (capitaneada por Sílvia Cruz), que investe na divulgação de filmes brasileiros de produção independente. As outras cidades que fazem parte do projeto são Curitiba (Cinemateca de Curitiba), São Paulo (Espaço Unibanco), Recife (Cinema da Fundação Joaquim Nabuco), Salvador (Circuito Sala de Arte), Vitória (Cine Metrópolis) e Rio de Janeiro (Cine Jóia). Cada filme do projeto terá uma sessão diária com horário fixo, determinado pelo exibidor de cada cidade. Em Porto Alegre, a SESSÃO VITRINE acontece no horário das 19h.

A partir de 24 de junho (sexta-feira), o cinema da Usina do Gasômetro lança o quinto e último título do projeto, Morro do Céu, de Gustavo Spolidoro. Realizado originalmente para o projeto Doc TV, o filme de Spolidoro acompanha o cotidiano do adolescente Bruno Storti e seus amigos em uma pequena cidade da serra gaúcha. A rigor, um documentário, o filme na verdade incorpora procedimentos típicos da ficção para narrar a história de seu personagem As sessões de Morro do Céu serão divididas com Estrada Real da Cachaça e Chantal Akerman, De Cá.

Morro do Céu, de Gustavo Spolidoro. Brasil, 2009, 71 minutos. Documentário.

GRADE DE HORÁRIOS

Semana de 21 a 26 de junho de 2011

Terça-feira (21 de junho)


15:00 – Um Lugar ao Sol
17:00 – Chantal Akerman, De Cá
19:00 – Estrada Real da Cachaça

Quarta-feira (22 de junho)

15:00 – Um Lugar ao Sol
17:00 – Chantal Akerman, De Cá
19:00 – Estrada Real da Cachaça

Quinta-feira (23 de junho)

15:00 – Um Lugar ao Sol
17:00 – Chantal Akerman, De Cá
19:00 – Estrada Real da Cachaça

Sexta-feira (24 de junho)

14:00 – Usina da Educação (sessão fechada para alunos da rede municipal)
17:00 – Estrada Real da Cachaça
19:00 – Morro do Céu

Sábado (25 de junho)

15:00 – Chantal Akerman, De Cá
17:00 – Estrada Real da Cachaça
19:00 – Morro do Céu

Domingo (26 de junho)

15:00 – Chantal Akerman, De Cá
17:00 – Estrada Real da Cachaça
19:00 – Morro do Céu

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Seguem em exibição:Chantal Akerman, De Cá; Um Lugar ao Sol e estreia Estrada Real da Cachaça

A Sala P. F. Gastal  segue mostrando na próxima semana o filme Chantal Akerman, De Cá, de Gustavo Beck e Leonardo Luiz Ferreira, terceiro título a entrar em cartaz na SESSÃO VITRINE (em exibição desde o dia 10 de maio, na sessão das 19h). A SESSÃO VITRINE é uma iniciativa da nova distribuidora paulista Vitrine Filmes (capitaneada por Sílvia Cruz), que investe na divulgação de filmes brasileiros de produção independente. As outras cidades que fazem parte do projeto são Curitiba (Cinemateca de Curitiba), São Paulo (Espaço Unibanco), Recife (Cinema da Fundação Joaquim Nabuco), Salvador (Circuito Sala de Arte), Vitória (Cine Metrópolis) e Rio de Janeiro (Cine Jóia). Cada filme do projeto terá uma sessão diária com horário fixo, determinado pelo exibidor de cada cidade. Em Porto Alegre, a SESSÃO VITRINE acontece no horário das 19h.

Chantal Akerman, De Cá é uma longa entrevista com a cineasta belga Chantal Akerman, realizada durante a passagem da diretora pelo Brasil, por ocasião de uma retrospectiva de sua obra no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Exibido no Festival de Gramado de 2010 e no último CineEsquemaNovo, o filme de Gustavo Beck e Leonardo Luiz Ferreira também tem cumprido uma extensa agenda de importantes festivais internacionais, sempre recebendo críticas elogiosas. Trata-se de um documentário de notável rigor formal, que emula os procedimentos do cinema de sua entrevistada, conhecida por filmes como Jeanne Dilman, 23 Quai du Commerce, 1080, Bruxelas.

As demais sessões da Sala P. F. Gastal serão divididas com Estrada para Ythaca, filme que inaugurou a SESSÃO VITRINE em 27 de maio, e Um Lugar ao Sol, de Gabriel Mascaro. A partir de sexta-feira, 17 de junho, o cinema da Usina do Gasômetro lança o quarto título do projeto, Estrada Real da Cachaça, de Pedro Urano.

Chantal Akerman, De Cá, de Gustavo Beck e Leonardo Luiz Ferreira. Brasil, 2010, 61 minutos. Documentário.


GRADE DE HORÁRIOS
Semana de 14 a 19 de junho de 2011

Terça-feira (14 de junho)

15:00 – Estrada para Ythaca
17:00 – Um Lugar ao Sol
19:00 – Chantal Akerman, De Cá

Quarta-feira (15 de junho)
15:00 – Estrada para Ythaca
17:00 – Um Lugar ao Sol
19:00 – Chantal Akerman, De Cá

Quinta-feira (16 de junho)
15:00 – Estrada para Ythaca
17:00 – Um Lugar ao Sol
19:00 – Chantal Akerman, De Cá

Sexta-feira (17 de junho)
14:00 – Usina da Educação (sessão fechada para alunos da rede municipal)
17:00 – Chantal Akerman, De Cá
19:00 – Estrada Real da Cachaça

Sábado (18 de junho)
15:00 – Um Lugar ao Sol
17:00 – Chantal Akerman, De Cá
19:00 – Estrada Real da Cachaça
Domingo (19 de junho)
15:00 – Um Lugar ao Sol
17:00 – Chantal Akerman, De Cá
19:00 – Estrada Real da Cachaça

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sessão Vitrine é destaque em Zero Hora

Matéria de hoje em Zero Hora destaca a programação do Sessão Vitrine, que está sendo exibido pela Sala P. F. Gastal.

Confira os textos:


Novidades na vitrina
Projeto traz ao circuito novos filmes nacionais
Quase cem longas são finalizados anualmente no Brasil. Grande parte deles não chega ao circuito, ou porque se enquadra na classificação “difícil demais” para o público, ou porque é feito num sistema de produção alternativo àquele privilegiado pelos distribuidores.

São os casos do cearense Estrada para Ythaca e do pernambucano Um Lugar ao Sol. Ambos deram início, há 10 dias, ao projeto Vitrine, voltado à exibição de alguns desses filmes em espaços determinados de algumas das principais capitais brasileiras – no caso de Porto Alegre, a Sala P.F. Gastal da Usina do Gasômetro.

Cada longa seria exibido inicialmente apenas às 19h, mas Ythaca já ganhou dois horários extras – sinal da pertinência da programação, que, vale ressaltar, apesar de incluir produções excluídas das salas comerciais, chama a atenção para um novíssimo cinema nacional que cada vez mais vem se firmando no país.

Leia, ao lado, os comentários de Estrada para Ythaca e Um Lugar ao Sol e acompanhe a programação do projeto semanalmente no roteiro de cinema da Agenda Guia da Semana.

Odisseia pós-industrial
Estrada para Ythaca é um marco do novíssimo cinema brasileiro, este que vem sendo chamado de pós-industrial. Não que seja uma obra-prima, mas o filme escrito, dirigido, produzido e interpretado pelos irmãos Luiz e Ricardo Pretti e pelos primos Guto Parente e Pedro Diógenes – do coletivo cearense Alumbramento – contém em si uma espécie de carta de princípios, ou intenções.

Trata-se de um road movie brejeiro que acompanha o quarteto numa viagem rumo a Ythaca. Homero e Kaváfis são referências eruditas e também espirituosas: eles estão de porre quando resolvem partir, em homenagem a um amigo que perderam e que por isso não pode compartilhar daquela celebração, mas o que importa, no fundo, não é o objetivo final, e sim o que a experiência de percorrer aquele caminho vai proporcionar.

Estrada para Ythaca se constrói sobre o inesperado, mas firma sua base dramatúrgica sobre citações. A melhor vem da fala de Glauber Rocha no longa de Godard Vento do Leste. Diante de uma bifurcação, que simboliza a escolha ou pelos filmes “de aventura”, ou pelo cinema de Terceiro Mundo, “perigoso, divino e maravilhoso”, como disse Caetano, os autores tomam a direção desta última.

Não é só por isso que Ythaca tem jeito de manifesto: celebração da amizade e da criação coletiva, o filme faz a noção de autoria se diluir à mesma medida que convida o espectador a compartilhar as angústias dos realizadores. Não seria o cinema uma arte menor porque envolve uma complexidade de produção que afasta o público do imaginário do artista? De seu jeito, Estrada para Ythaca prova que as coisas não precisam ser assim. Numa cinematografia que repete à exaustão um sistema de produção velho e nem sempre eficaz porque emula a indústria de Hollywood sem conseguir repeti-la, trata-se de algo bem pertinente.

daniel.feix@zerohora.com.br

DANIEL FEIX

A vida como ela deveria ser
Obras relevantes do documentário nacional radiografam o abismo social do país pelo ponto de vista dos que sofrem com a fome, a miséria, a violência e as carências extremas de saúde e educação. O raro é ver nessa abordagem recorrente o ponto de vista de quem literalmente enxerga o abismo do alto de uma cobertura com vista para o mar.

Em Um Lugar ao Sol, o diretor pernambucano Gabriel Mascaro mostra os que os muito ricos têm a dizer, também em temas que afligem os muito pobres. Ele procurou mais de cem milionários donos de coberturas catalogados em uma publicação. Apenas nove, moradores de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, toparam se expor.

Aos moldes de um Edifício Master do jet set, Mascaro segue a cartilha de Eduardo Coutinho, o grande mestre do documentário nacional, e se põe a perguntar e a ouvir. Encontrou depoimentos que, se não rendem histórias espetaculares – uma vez que o objeto de interesse do diretor parece ser menos a intimidade dessas pessoas e mais a percepção que elas têm da vida ao redor, ou abaixo delas –, trazem uma peculiar diversidade: entre outros, um casal gay, uma francesa radicada no Brasil, um casal e o filho adolescente, um empresário, um jovem estudante, uma senhora que vive com seu filho adulto.

Encontra-se, como em qualquer classe social, gente boçal e pobre de espírito. Mas prevalece o tom respeitoso sobre aqueles que têm noção da condição privilegiada e que não veem razão para se sentir “culpados”. Entre eles o empresário que espana o “coitadismo” com que se costuma encarar a diferença de classes no Brasil de forma simples e direta: “Todo mundo merece um prato de comida, todo mudo merece dirigir um Jaguar”. Mascaro deixa que o espectador julgue o quanto essa afirmativa faz sentido ou é acintosa.

marcelo.perrone@zerohora.com.br

MARCELO PERRONE

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sessão Vitrine - Um Lugar ao Sol

A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) segue exibindo na próxima semana o filme Um Lugar ao Sol, de Gabriel Mascaro, na SESSÃO VITRINE. A SESSÃO VITRINE é uma iniciativa da nova distribuidora paulista Vitrine Filmes (capitaneada por Sílvia Cruz), que investe na divulgação de filmes brasileiros de produção independente. As outras cidades que fazem parte do projeto são Curitiba (Cinemateca de Curitiba), São Paulo (Espaço Unibanco), Recife (Cinema da Fundação Joaquim Nabuco), Salvador (Circuito Sala de Arte), Vitória (Cine Metrópolis) e Rio de Janeiro (Cine Jóia). Cada filme do projeto terá uma sessão diária com horário fixo, determinado pelo exibidor de cada cidade. Em Porto Alegre, a SESSÃO VITRINE acontece no horário das 19h.
Um Lugar ao Sol documenta o universo dos moradores de coberturas de prédios de luxo de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. O diretor obteve acesso a esses moradores através de um curioso livro que mapeia a elite e pessoas influentes da sociedade brasileira. No livro são catalogados 125 donos de coberturas. Destes, apenas 9 concordaram em conceder entrevistas ao filme. Através dos depoimentos dos moradores dessas luxuosas coberturas, Um Lugar ao Sol levanta um complexo debate sobre desejo, visibilidade, status, segurança e poder. O filme participou de mais de 30 festivais no Brasil e no exterior, recebendo resenhas elogiosas de publicações de prestígio como a francesa Cahiers du Cinema e a norte-americana Variety.
As demais sessões da Sala P. F. Gastal serão divididas com Estrada para Ythaca, filme que inaugurou a SESSÃO VITRINE em 27 de maio, e, a partir de sexta-feira, 10 de junho, o cinema da Usina do Gasômetro lança o terceiro filme do projeto, Chantal Akerman, De Cá, de Gustavo Beck e Leonardo Luiz Ferreira.


GRADE DE HORÁRIOS
Semana de 7 a 12 de junho de 2011

Terça-feira (7 de junho)
15:00 – Estrada para Ythaca
17:00 – Estrada para Ythaca
19:00 – Um Lugar ao Sol
20:15 – Lançamento nova série RBS TV (sessão fechada)

Quarta-feira (8 de junho)
15:00 – Estrada para Ythaca
17:00 – Estrada para Ythaca
19:00 – Um Lugar ao Sol

Quinta-feira (9 de junho)
15:00 – Estrada para Ythaca
17:00 – Estrada para Ythaca
19:00 – Um Lugar ao Sol

Sexta-feira (10 de junho)
14:00 – Usina da Educação (sessão fechada para alunos da rede municipal)
17:00 – Um Lugar ao Sol
19:00 – Chantal Akerman, De Cá

Sábado (11 de junho)
15:00 – Estrada para Ythaca
17:00 – Um Lugar ao Sol
19:00 – Chantal Akerman, De Cá

Domingo (12 de junho)
15:00 – Estrada para Ythaca
17:00 – Um Lugar ao Sol
19:00 – Chantal Akerman, De Cá

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Sala P. F. Gastal Realiza Mostra Sobre Ciclismo

A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3° andar) exibe até domingo, dia 05 de junho, uma pequena mostra realizada a partir de iniciativa do coletivo Massa Crítica, em torno do tema do ciclismo e dos problemas de trânsito nas grandes cidades. A mostra visa conscientizar a população sobre os benefícios da utilização da bicicleta como meio de transporte e engrossa um debate iniciado após o lamentável episódio do atropelamento de um grupo de ciclistas, ocorrido na capital gaúcha em fevereiro deste ano.
A programação inclui diversos documentários inéditos sobre o tema.
Segundo a organização da mostra, “é preciso mudar a cultura, a mentalidade de todos que atuam no trânsito, para que tenhamos um trânsito igualitário, onde quem anda de automóvel não seja e nem se sinta mais importante que o pedestre, que o ciclista, mas que saiba que é responsável pela segurança deles, pelo fato de estar com um veículo maior”.
A mostra se estende até 5 de junho e todas as sessões têm entrada franca.


PROGRAMAÇÃO

Return of the Scorcher, de Ted White (EUA, 27 minutos)
Este filme documenta a cultura da bicicleta e os estilos de vida a ela associados em diversos países do mundo, com cenas inspiradoras do uso da bicicleta na China, Holanda, Dinamarca e Estados Unidos.
Nós Somos o Trânsito (We Are Traffic), de Ted White (EUA, 45 minutos) Documentário de média-metragem que segue os passos da Massa Crítica, movimento espontâneo e sem líderes desde as suas origens em San Francisco, na Califórnia, até a sua disseminação por todo o mundo.

Bogotá Change, de Andreas Møl Dalsgaard (Dinamarca, 2009, 58 minutos).
 

Documentário sobre dois carismáticos prefeitos que modificaram radicalmente a cara de uma das maiores cidades da América do Sul, que implantaram medidas como uma vacina contra a violência, artistas de rua para levar conscientização para o trânsito, uma das maiores redes de ciclovia (se não A maior) dos países em desenvolvimento e um eficiente sistema de transporte coletivo.

Quicksilver, de Thomas Michael Donelly (EUA, 1986, 106 minutos)
 



Kevin Bacon faz o papel de um corretor de ações bem-sucedido que, num golpe de azar, perde todas suas economias. Sua vida dá uma revira-volta e o ex-corretor encontra na bicicleta uma paixão e um novo estilo de vida. Fazendo entregas para uma companhia chamada Quicksilver, Bacon se envolve em vários dramas que irão mudar sua vida mais uma vez.

Impasse – As Manifestações Contra o Aumento da Tarifa e o Debate Sobre o Transporte Coletivo em Florianópolis, de Juliana Kroeger e Fernando Evangelista (Brasil, 2010, 52 minutos)

Documentário sobre as manifestações dos estudantes, ocorridas em Florianópolis em 2010, contra o aumento da tarifa do transporte coletivo. Além de cenas que não foram exibidas em nenhuma tevê, incluindo flagrantes de violência, o documentário revela o que pensam usuários, empresários e representantes dos governos estadual e municipal sobre o tema.

Sociedade do Automóvel, de Branca Nunes e Thiago Benicchio (Brasil, 2005, 40 minutos).
Documentário brasileiro que discorre sobre vários problemas causados pela utilização em massa de automóveis para os deslocamentos nas cidades. Numa criativa composição de entrevistas, imagens e músicas, os autores retratam o papel do automóvel na vida paulistana. São abordadas questões relativas aos aspectos sociais, ambientais e urbanos, além da própria saúde física e mental da população. Há também uma visita ao Salão do Automóvel de 2004, o tópico da segurança/blindagem e uma amostra de leis do Código Brasileiro de Trânsito que não são nem cumpridas nem fiscalizadas.

Massa Crítica, de Helena Krausz, (Brasil, 2010, 18 minutos).
Documentário realizado em São Paulo sobre o evento “Massa Crítica”, que acontece sempre na última sexta-feira do mês em várias cidades do mundo.
 
GRADE DE HORÁRIOS
Semana de 31 de maio a 05 de junho 2011
 
Terça-feira (31 de maio)
15:00 – Nós Somos o Trânsito / 45 minutos.
16:00 – Evento Fundação Luterana de Diaconia (sessão fechada para convidados)
19:00 – Sessão Vitrine (Estrada para Ythaca) / 70 minutos.

Quarta-feira (1º de junho)
15:00 – Sociedade do Automóvel (40 min.) + Return of the Scorcher (24 min) + Bogotá Change (58 min). Total: 122 minutos.
17:00 – Quicksilver (105 min)
19:00 – Sessão Vitrine (Estrada para Ythaca) 70 minutos.

Quinta-feira (2 de junho)
15:00 – Nós Somos o Trânsito (47 min) + Massa Crítica (18 min) + Critical Mass Budapest (04 min) + Caminhos de Sepé (21 min) + Fantasia (2 min e 40 seg). Total: 93 minutos.
17:00 – Quicksilver (105 min)
19:00 – Sessão Vitrine (Estrada para Ythaca) 70 minutos.

Sexta-feira (3 de junho)
14:00 – Usina da Educação (sessão fechada para alunos da rede municipal)
15:00 – Ciclo da Vida (76 min)
17:00 Sociedade do Automóvel (40 min.) + Return of the Scorcher (24 min) + Bogotá Change (58 min). Total: 122 minutos.
19:00 – Sessão Vitrine (Um Lugar ao Sol) 71 minutos.


Sábado (4 de junho)
15:00 – Impasse (52 min)+ Sociedade do Automóvel (40 min)
17:00 – Nós Somos o Trânsito (47 min) + Massa Crítica (18 min) + Critical Mass Budapest (04 min) + Caminhos de Sepé (21 min) + Fantasia (2 min e 40 seg). Total: 93 minutos
19:00 – Sessão Vitrine (Um Lugar ao Sol) 71 minutos.


Domingo (5 de junho)
15:00 – Sociedade do Automóvel (40 min) + Return of the Scorcher (24 min) + Déménagement Velo à Montreal (?) + Bogotá Change (58 min)
17:00 – Nós Somos o Trânsito (47 min) + Massa Crítica (18 min) + Critical Mass Budapest (04 min) + Caminhos de Sepé (21 min) + Fantasia (2 min e 40 seg). Total: 93 minutos
19:00 – Sessão Vitrine (Um Lugar ao Sol) 71 minutos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Um retrato sobre a vida dos muito ricos

A partir de sexta-feira, 3 de junho, a Sala P. F. Gastal  estreia com exclusividade o segundo título da SESSÃO VITRINE, o polêmico documentário Um Lugar ao Sol, de Gabriel Mascaro.

A SESSÃO VITRINE é uma iniciativa da nova distribuidora paulista Vitrine Filmes (capitaneada por Sílvia Cruz), que investe na divulgação de filmes brasileiros de produção independente. As outras cidades que fazem parte do projeto são Recife (Cinema da Fundação Joaquim Nabuco), São Paulo (Espaço Unibanco), Curitiba (Cinemateca de Curitiba), Salvador (Circuito Sala de Arte), Vitória (Cine Metrópolis) e Rio de Janeiro (Cine Jóia). Cada filme do projeto tem uma sessão diária com horário fixo, determinado pelo exibidor de cada cidade. Em Porto Alegre, a SESSÃO VITRINE acontece no horário das 19h.

Um Lugar ao Sol documenta o universo dos moradores de coberturas de prédios de luxo de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. O diretor obteve acesso a esses moradores através de um curioso livro que mapeia a elite e pessoas influentes da sociedade brasileira. No livro são catalogados 125 donos de coberturas. Destes, apenas 9 concordaram em conceder entrevistas ao filme. Através dos depoimentos dos moradores dessas luxuosas coberturas, Um Lugar ao Sol levanta um complexo debate sobre desejo, visibilidade, status, segurança e poder.

O filme participou de mais de 30 festivais no Brasil e no exterior, recebendo resenhas elogiosas de publicações de prestígio como a francesa Cahiers du Cinema e a norte-americana Variety.

Os próximos lançamentos da SESSÃO VITRINE são:

10/06 até 16/06 – Chantal Akerman, de Cá
17/06 até 23/06 – Estrada Real da Cachaça
24/06 até 30/06 – Morro do Céu
Mais informações no site http://www.sessaovitrine.com.br
Um Lugar ao Sol. Direção de Gabriel Mascaro. Brasil, 2009, 66 minutos. Documentário.

Porque ver Estrada para Ythaca

Publicamos esta carta do cineasta Gustavo Spolidoro, dirigida a seus alunos e ex-alunos, mas que pode servir de estímulo a qualquer espectador interessado por um cinema autoral e de exceção.

Caros alunos e ex-alunos,

Esta carta tem por objetivo, mais uma vez, tentar aproximá-los de um cinema que É o de vocês, da realidade de vocês agora e mesmo depois da faculdade. Pois a realidade de vocês é a mesma que a nossa, a grande maioria dos realizadores de cinema no Brasil.

Este cinema que falo pode ser traduzido por este filme cearense, ESTRADA PARA YTHACA, que está em cartaz aqui em POA até a próxima quinta, dentro do projeto nacional SESSÃO VITRINE, parceria da VITRINE FILMES (comandada pela paulista Sílvia Cruz) e de mais de duas dezenas de realizadores de todo o país, jovens, entre 20 e 40 anos, unidos em turmas, em COLETIVOS, na tentativa de realizar um cinema viável, brasileiro, ousado, autoral e verdadeiro.

O projeto da Vitrine exibe simultaneamente em 7 capitais, 1 filme por semana, durante 5 semanas. As cidades são: São Paulo (Espaço Unibanco), Recife (Fundação Joaquim Nabuco), Porto Alegre (PF Gastal), Curitiba (Cinemateca de Curitiba), Salvador (Circuito Sala de Arte), Vitória (Cine Metrópolis) e Rio de Janeiro (Cine Jóia). É uma proposta nova, que visa exibir filmes que, às vezes, nem passaram por leis, concursos, ancines etc, pois foram feitos de forma cooperativada, por coletivos, amigos, desdobramento de outros editais ou por universidades. São filmes que dialogam com uma idéia de contemporaneidade do cinema, que frequentam festivais internacionais, que ganham prêmios e fazem sucesso lá fora, mas que aqui ainda carecem de um maior conhecimento e valorização.

Os cinco primeiros filmes (de mais de 15 que serão exibidos) são ESTRADA PARA YTHACA, UM LUGAR AO SOL, CHANTAL AKERMAN, DE CÁ, ESTRADA REAL DA CACHAÇA e MORRO DO CÉU.

Mas os que chegaram até aqui nesta carta, vão entender os meus motivos para endereçá-la aos meus alunos e ex-alunos: quando damos aula, acabamos por passar aquele todo que é e faz o cinema, o todo que leva ao que chamo de EXCESSOS ACADÊMICOS, que faz com que muitas vezes queiramos entrar pela porta dos fundos (que aliás já está cheia). A impressão de um cinema rico, repleto de oportunidades, com dezenas de funções na equipe, cachês compatíveis com a publicidade e cheio de glamour. Mas não é esta a realidade.

Aqui no RS ainda temos a mentalidade do "vamos abrir uma produtora e resolver o nosso lado". Enquanto isso, no resto do país está cada vez mais disseminada a ideia de COLETIVO. Esses coletivos unem pessoas de diversas áreas artísticas, unem produtoras, entidades, empresas, universidades, a partir de diversas propostas (caixinha mensal, um filme por mês, interdisciplinaridade, oficinas...) mas com o objetivo de REALIZAR ALGO. E eles têm conseguido.

ESTRADA PARA YTHACA é um dos primeiros e principais exemplos disso. Um filme do coletivo ALUMBRAMENTO, um dos mais ativos, bem sucedidos e alegres (pois uma das coisas boas dos coletivos é juntar quem realmente tá a fim do negócio!). O filme é dirigido, escrito e protagonizado pelos próprios integrantes do coletivo (parte deles) e fala justamente deles, da geração deles, dos anseios deles, da ausência de um grande amigo deles e, por fim, está falando de e para todos nós.

ESTRADA PARA YTHACA deveria ser exibido curricularmente, ou no primeiro dia de aula, para mudar qualquer preceito básico de quem entra numa faculdade de cinema, ou então no último, para dizer: ok, vocês aprenderam tudo, agora se libertem e sigam o seu caminho.

Vão lá, até quinta-feira, na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro e em mais 6 capitais.
Maiores informações em www.vitrinefilmes.com.br

Abraços, Gustavo